Eu não podia estar mais feliz.
Meu namoro com o Tom estava cada vez melhor, estávamos nos adaptando as mudanças, acertando as diferenças e cada dia mais próximos, depois que completei 17anos, minha mãe deixou que ele dormisse lá em casa nos dias que ele tivesse de folga ou que eu ficasse na casa dele.
Bill e Louise estavam super bem também, sem falar em Minna e Ivan que estavam de vento em polpa.
A banda estava cada vez mais reconhecida, estava concorrendo em vários prêmios diferentes, suas músicas estavam nas paradas de sucesso e eram reconhecidos em cada local que íam.
Minha irmã estava na reta final da gravidez, em seu oitavo mês e minha sobrinha Sofia estava a caminho.
Minha mãe estava em um relacionamento sério com aquele cara do trabalho que havia mencionado antes, pareciam felizes, ainda estavam morando em casas separadas, segundo minha mãe queriam ir devagar, sem pressa.
O ano letivo acabou, eu e as meninas passamos sem nenhum problema, estávamos rumo ao último ano do ensino médio.
Tom e Bill passaram de série também por meio dos estudos em casa.
Sofia nasceu logo em seguida, voltamos ao Brasil para conhecer a nova integrante da família, dessa vez Tom me acompanhou, a banda tinha tirado alguns dias de pausa e ele aproveitou para conhecer o Brasil e o restante da família.
Consegui um emprego de meio período em uma loja de artigos esportivos, eu gostava do trabalho e de ter meu próprio dinheiro. Quando as aulas voltassem, eu continuaria a estudar de manhã e no trabalho a tarde.
Eu e Lou enfrentamos um pouco de hate das fãs no início, no momento havia diminuido, mas ainda sentia uma certa tensão e implicância por parte delas, não digo todas, algumas até apoiavam os casais, o empresário disse que seria uma questão de tempo até que elas se acostumassem.
A respeito do meu pai, com a repercussão da banda e os vídeos do Youtube que eu apareço com o Tom e o pessoal, ele me procurou na saída do trabalho.
-Laura
Ouvi uma voz conhecida me chamando, quando me virei lá estava ele, um pouco mais velho do que me lembrava
-Oi pai, o que faz aqui?
-Vim ver você, precisava rever pessoalmente
-Depois de tanto tempo? Já tem mais de um ano que estou aqui na Alemanha e só agora que meu namorado está famoso vem atrás de mim? Estou muito incomodada com sua presença, não deveria ter vindo me cercar na saída do trabalho, sua presença não faz falta, por favor vá embora.
Eu disparei que nem uma metralhadora incontrolável
-Filha, me deixa explicar...depois do divórcio, sua mãe voltou ao Brasil e...
- Sua relação COM ELA foi rompida, não comigo e minha irmã, existe ex cônjuge, não ex filha, foi falta de interesse mesmo na verdade
- Quero me reaproximar, recuperar o tempo perdido
-Pra mim não tem tempo perdido, minha mãe fez os dois papéis muito bem, não perdi nada, só você que perdeu a grande oportunidade de conviver com suas filhas e partilhar da vida delas, agora não venha com esse papo de cachorro arrependido, não quero seu mal nem desejo nada de ruim, só não quero aproximação e espero que me respeite.
Não esperei resposta dele, simplesmente peguei um taxi de volta pra casa e deixei ele para trás como o mesmo já havia me deixado há tempos atrás.
Não era egoísmo, simplesmente não era obrigada a ser próxima de uma pessoa que não via desde criança e que me negligenciou a vida toda, afeto é construído e não é mágica.
EU NÃO ESTAVA DISPOSTA A CONTRUIR, PASSAR BEM
Depois ele tentou contato de novo de outras formas mas não correspondi, expliquei com calma novamente meu posicionamento, minha mãe pediu para que ele me desse o espaço que era meu por direito.
Se minha irmã iria aceitar ou não contato com o mesmo, já era com ela.
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UM ANO DEPOIS
Era o nosso último dia na escola, nossa formatura, o último ano tinha voado...já tinha completado 18 anos, estava bem no trabalho, e estava apreensiva com as respostas das faculdades que me escrevi.
Tom me acompanhou na festa de formatura, estava orgulhoso do meu sucesso, assim como eu estava por ele.
Depois das solenidades, entrega dos diplomas e discursos etc, ele me levou novamente ao local onde demos nosso primeiro beijo.
Ele havia me dado outro buquê, um dos muitos que ganhei ao longo do nosso namoro, eu amava, esse era de girassóis, como o primeiro que comprou pra mim e me recebeu no aeroporto.
-Sabe de uma coisa que nunca disse sobre o buquê de girassóis gatinha?
Questionou Tom quando estávamos sentados no banco
- O que?
- O buquê de girassóis significa que você é meu sol e que meus olhos sempre estarão voltados pra você, a mulher da minha vida.
-Gente, como ele é romântico
Risos
-Obrigada meu amor por tudo
- Eu que sou grato por todos os momentos juntos e que venham muitos outros
Ficamos mais um tempo ali, aproveitando o momento.
Agora eu entendia o motivo da minha vida ter mudado tanto e de forma tão brusca lá atrás.
Tudo fazia sentido, as mudanças, decepções e escolhas, tudo me trouxe de volta pra cá, para o meu país, para cidade que eu nasci, onde eu encontraria meu Tom, o qual seria a melhor escolha e companhia que eu poderia pedir, não me arrependia de nenhuma de minhas escolhas que me trouxeram até ele e às surpresas que o futuro me reservava, eu não tinha medo delas, ao contrário disso, algo me dizia que a vida só estava começando...
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Don't Hurt Me
FanfictionLaura, uma adolescente de 16 anos acaba de se mudar para Alemanha, tendo que se habituar a várias mudanças radicais em sua vida e abandonar tudo que tinha no Brasil, além de conciliar um relacionamento a distância. Em meio ao turbilhão de acontecim...