Tudo é muito mais fácil quando não se tem algo a perder,mas em um piscar de olhos tudo pode mudar!
Scarlett Caccini primeira e única filha do capo da Famiglia italiana. Ela foi treinada para ser fria, cruel e, talvez, a esposa troféu de alguém que s...
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Não dormi muito bem, não conseguia parar de pensar nas palavras do russo. Estou acordada a um tempo, mas continuo deitada, não quero levantar.
Tenho que levantar, quero saber o que mais o russo disse e depois do ataque de ontem, temos muito trabalho pela frente. Porém, meu corpo não compreende isso, pois me encolho mais no edredom.
Depois de fazer muito corpo mole, decidi levantar e tomar um banho. Me arrasto até o banheiro, tiro minha roupa, entro embaixo do chuveiro e sinto a água congelar até a minha alma.
Quando fecho meus olhos consigo ver o dia em que matei Dmitry, vi seu corpo ensanguentado, sentir seu pulso e ele não estava batendo. Não quero acreditar que ele está vivo, mas o russo parecia estar falando sério, só não queria enxergar naquele momento.
Não aguentando mais o peso das lembranças, termino meu banho e vou para o meu closet. Visto uma regata branca, uma legging preta e calço meu scarpin vermelho. Pego a minha bolsa da Gucci vermelha cereja, uma jaqueta de couro com o dobro do meu tamanho e saio do quarto.
Desço as escadas e caminho até a sala de jantar, onde encontro minha mãe e meu pai tomando café da manhã. Me sento ao lado do meu pai, que toma seu café preto enquanto lê o jornal.
— Bom dia, querida.— Mamãe me cumprimenta.— Dormiu bem?
— Nem tanto, mas estou bem.— Declaro.
— Seu pai me contou um pouco do que aconteceu, não deixe isso te desestabilizar.— Fala preocupada.
Não posso prometer que não deixarei isso acontecer, não quando nem consegui dormir direito pensando nele. Mas tenho que lembrar que não sou mais aquela garotinha e que não tenho mais medo dele, ou pelo menos tento me convencer que não tenho.
— Vou tentar.— Sussurro.— Ele falou mais alguma coisa?— Pergunto a papai.
— Sim, ele revelou que tem um traidor entre nós, alguém que está levando informações da Cosa Nostra para eles.— Responde largando o jornal.
— Alguma pista de quem seja?— Questiono e levo a xícara com café até meus lábios.
— Não, apenas que é um membro da Famiglia em uma posição boa.— Explica, deixando claro que não é um dos soldados.
— Análise a lista de convidados, o traidor deve ter comparecido ao evento. — Vittoria Sugere.
— Boa ideia, vou pegar as imagens da câmera de segurança.— Digo e meu pai concorda.
Lembro das imagens que podem ter nas câmeras de segurança e que preciso apagar. Comecei a tomar meu café da manhã, o banho gelado e o café me ajudou um pouco, mas o nome dele ainda fica se repetindo em minha cabeça.
Termino de tomar meu café da manhã, vou para a sala, pegar a minha jaqueta e a minha bolsa, não quero me atrasar, tenho que pegar as imagens das câmeras de segurança.
