Capítulo 6

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— Quem diria que um dia estaríamos nos xingando e no outro eu estaria ajudando você a escolher um vestido

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— Quem diria que um dia estaríamos nos xingando e no outro eu estaria ajudando você a escolher um vestido. — zombou ao encostar na batente da porta, cruzando os braços ao observa as peças que Rhysand erguia com as mãos. Octavia avaliou as duas peças, o primeiro vestido era deslumbrante e provavelmente roubaria para si, mas o segundo, ela não saberia se poderia chamar as teias de tecido de vestido quando mal cobririam as partes íntimas de alguém. — Mas não sabia que o tão temido Rhysand gostava de vestidinhos.

— E um segredo que guardei em meu mais intimo, tente não estragar minha pose de malvado. — ironizou azedo quando gesticular banalmente, o que fez a fêmea bufar uma risada. —

— Que tipo de pessoa horrível eu seria se fizesse isso. — colocou a mão no peito de uma maneira dramática, os olhos em uma inocência ofendida quando suspirou exageradamente. — Matar pessoas, tudo bem, mas revelar que o Rhysand gosta de usar vestidos... isso ja é demais, ultrapassa meus limites, não me ofenda assim. — e a carranca que o tomava as feições do macho desde que ela chegará no quarto se desfez em diversão. Rhysand negou com a cabeça ao ainda manter um sorriso de canto nos lábios, fosse pela cara de pau da Grã-Feérica ou por não acreditar que realmente tinha achado graça do comentário. —

— O vestido é para Feyre usar essa noite.

— Vai levá-la? Por quê?

— Tenho que revelar o acordo antes de sua segunda tarefa, com grande exibicionismo de preferência se quiser que alguém acredite em minhas mentiras para ter feito um acordo com ela. — claro, não poderiam esperar revelar aquele acordo de qualquer maneira sem colocar Rhysand na mira de Amarantha. Precisavam fazer a rainha acreditar que tinha sido um ato de diversão, crueldade ao supostamente deixar a humana imaginar que seria capaz de sair dali; que Feyre não passava de um pedaço de lixo insignificante, assim como a barganha. Mas Octavia conseguia notar que Rhysand não estava muito feliz ao envolver Feyre nos seus jogos, principalmente quando obviamente a tornaria sua vadia perante todos. Para alguém que passou 49 anos sendo a vadia de alguém, tranformar outra em algo parecido deveria ser, no mínimo, horrível. —

— O segundo parece o que se esperaria que você colocasse alguém para usar — a cara do temido e malvado Rhysand. Ele fez careta com as palavras, mas não discordou. Não quando sabia que era verdade, ele, assim como ela, tinham construídos máscaras de pessoas terríveis e mesquinhos, que se importavam apenas consigo mesmo e poder, que gostavam da crueldade. Tinham se colocado naquelas opções, mesmo que para motivos maiores do que qualquer um pudesse compreender, e, por mais que odiassem, precisavam lidar com as consequências de suas escolhas. — pense que no vale a pena no final, por mais cruel que possa ser.

— É o que diz toda vez que precisa matar inocentes? — Octavia travou com a pergunta, desviando atenção para qualquer ponto do quarto que não fosse para os olhos de Rhysand, que finalmente tinha se erguido para ela. Octavia não queria ver o que tinham ali. No entanto ele não estava errado, era o que tinha repetindo para si mesma durante décadas... séculos. Não tinha ninguém para salva-la, era por si mesma, e se não lutasse, manipulasse, mentisse e fizesse o que era necessário não haveria ninguém para fazer.por ela. —

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