Capítulo 31

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Que o Caldeirão o fervesse por inteiro pois Octavia o mataria naquele momento.

Azriel precisou usar toda sua força para não cair de joelhos perante Octavia quando a encontrou parada ao lado do trono, assim que entrara no salão e seus olhos encontraram aquele mar carmim... Ele precisou se lembrar qual papel estava interpretando ali.

O encantador não prestava mais atenção em nada ao redor, não sentia nada, não existia mais ninguém, além de Octavia. Octavia era uma deusa de ira e pecado, sua presença era uma força da natureza e ele podia jurar que o chão tremia levemente com o poder que exalava dela. Azriel tinha se esquecido porque ficara dias chateado com ela, nada importava; Octavia era a única coisa que ocupava sua mente naquele momento, e era ela que ele sentia fluir por todo seu corpo, aquele poder que emanar dos seus poros cantava junto as sua escuridão em uma canção de amantes eternos entre suas almas e além daquele mundo.

Suas sombras dançaram em volta de seus sifões, querendo fluir até a assassina. Quando Azriel se curvou ao escutar vagamente a voz de seu irmão, ele sabia, sabia que pela primeira vez naquele salão não estava se ajoelhando para seu Grão-Senhor, mas para ela, seus olhos permaneciam nela quando sua cabeça quase encostou o chão. O encantador não conseguia desviar os olhos dela nem por um segundo. Azriel observou cada movimento de Octavia, com não se curvou um centímetro, mesmo que em respeito, para Rhysand, seu olhar cheio de desprezo e zombaria, como se aquilo fosse um circo de horrores que ela estivesse muito feliz em desdenhar. Aquela era a Octavia que o mundo tinha conhecimento, a Princesa da Montanha, a Filha da Ursupadora e que mesmo destronada continuava com a sorberba e arrogância firme. Aquela era a fêmea quem Azriel odiou por anos, mas agora... Ele sentia muitas coisas e nenhuma era ódio.

— De pé. — Rhysand ordenou usando aquele tom de autoridade e poder sombrio. Azriel se ergueu assim como todos. Ele, assim como Cassian e Morrigan, permaneceram ao lado do trono. — Octavia, bem-vinda de volta ao meu lar.

— Voltar aos velhos tempos é sempre bom, não é? — os olhos carmim finalmente desviaram dela para a multidão, que se escolhia e escondia com medo daquele olhar mortal. — Alguém para eu brincar? — uma lobo em um celeiro cheio de ovelhas. —

— Keir — falou Rhys, com a voz perfurando o salão como relâmpago em uma noite de tempestade. Era tudo o que seu irmão precisava fazer para convocar o pai de Mor ao pé do altar. Keir fez nova reverência, o rosto estampando ressentimento gélido ao observar Rhys, e, depois, a Feyre... olhando uma vez para Mor e ele e Cassian. illyrianos. Cassian deu a Keir um aceno lento que disse a ele que o
illyriano se lembrava — e jamais se esqueceria — do que o administrador da Cidade Escavada tinha feito com a própria filha. Mas era de Azriel que Keir se esquivava. Da visão da Reveladora da Verdade. O administrador não se arriscou a olhar para Octavia. —

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