Capítulo 20

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Nem mesmo o álcool afastara as lembranças da sua mente, pareciam ter piorado. Octavia não sairá do quarto durante o dia seguinte, não saiu da cama para comer, beber ou se quer ir ao banheiro, não quando a imagem dos ossos de Orion se partirando ecoavam como se estivesse novamente daquela cela, assentindo ser quebrado, cortado e abusando varias e varias vezes até que não restasse mais nada dele para Amarantha destruir, quando ja não passava amontoado de carne com batimentos fracos demais, deixando para morrer lentamente. Ela não conseguia levantar da cama quando ainda sentia os chutos e socos dados por Amarantha e Dagdan, principalmente em seu ventre, na garantia que seu bebê, seu tão precioso e amado bebê, morresse.

Ali, na escuridão e proteção das paredes, onde ninguém poderia vê-la, chorou como se fosse uma criança, desejando ter o colo de sua mãe para ampara-la.

Na manhã seguinte ela não se permitiu mais sofrer tudo que acreditava ser idiota pelo tempo que se passara depois dos acontecimentos. A ansiedade corria sua carne como vermes faziam com corpos na decomposição, então voou até o ringue de luta na Casa dos Ventos para tirar parte daquela agonia. Octavia deixou seu poder tomar formatos, deixou toda sua raiva e dor sair em cada golpe.

Não fazia ideia de quanto tempo passou ali, algumas horas, supôs. Suor escorria por todo seu corpo, o peito subido e descendo enquanto puxava a magia de volta para si. Octavia puxou a camisa para cima, limpado o suor da testa enquanto escutava os passos alguns metros dela. Seus olhos se fecharam por um momento, jogando algumas maldições aos deuses antes de baixar a blusa e virar-se para a dupla parada alguns passos. Cassian e Mor a encaravam em expressões que reconheceu rapidamente, e as odiou. Ela tombou a cabeça para o lado, dando um sorriso vespertino para esconder suas emoções.

— O que foi, estavam gostando de ver minhas cicatrizes?

Cassian arregalou os olhos.

— Que tipo de pessoa acha que somos? — ela abriu a boca, mas apenas soltou um riso cheia de escárnio. Octavia olhou para o céu quando houve um minuto de silêncio, e desejou que tivesse continuando, por quê a pergunta baixinha feita por Mor fez seu sangue ferver: —

— O que fez para merecê-las? — a palavra soou em sua cabeça. —

— Merecê-las? — repetiu baixo, olhando furiosa para a loira. Octavia não percebeu quando quebrou a distância e empurrou a prima de Rhys cim força. — Merecê-las? — gritou enfurecida. — Você acha que alguém merece ser açoitado como a porra de um animal? Você gostaria que alguém perguntasse o que fez para merecer ter pregos em seu ventre?

Bastava; bastava daquelas merdas, ja as tinha aguentando o suficiente devolvendo apenas em palavras, ela demonstraria com suas garras como tinha conseguido virar historia de terror pelos continentes. Octavia avançou em direção Morrigan, pronta para jogar sua fúria sobre a loira. No entanto, uma mão agarrou seu corpo, um que estranhamente tinha familiaridade.

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