IVRESSE;

4.0

"Estou tendo sentimentos que não tinha antes...
Tudo que quero é ficar com ela,
mas eu sei que tudo que tenho é só mais um dia com ela."
- her, chase atlantic.

5 anos atrás...

kenji's pov;
Avisto Marie virando a esquina de sua casa para me encontrar como sempre fazemos. Com um casaco grande se protegendo do frio noturno de novembro.

Hoje ela me pediu para buscá-la de moto, então assim o fiz. Marie abre um sorriso assim que ascendo o farol da moto e da uma corridinha até mim.

— Demorei? Não achava um casaco que realmente esquentasse. — Diz ela. Enlaço meu braço em seu pescoço a puxando para perto e a dando um beijo.

— Seu rosto tá vermelho, tá parecendo uma coelhinha com esse nariz. — Sussurro sorrindo. Ela desvia o olhar com um sorriso tímido.

— Onde vamos hoje? — Pergunta.

— Sobe aí, você vai ver. — Entrego um capacete para ela. Marie pula na garupa da moto afivelando o capacete e enrolando os braços na minha cintura.

Dou partida em direção a Camarillo, uma cidade a 20 minutos de Thousand Oaks. Apesar de já ser madrugada, ainda não temos coragem o suficiente para sair pela cidade dando as caras a tapa.

É estranho pensar que depois da noite no santuário não se afastamos mais, foi indo, indo... Até chegarmos onde estamos agora.

É exatamente anormal e fora da minha zona de conforto ter alguém fixo como Marie é, mas com ela parece ser tão natural e bom.

Com a velocidade e a falta de trânsito chegamos em cerca de 15 minutos. Eu estava me divertindo com Marie gritando quando eu passava por um quebra-mola com medo de voar, ou com ela socando minhas costas quando eu fazia alguma gracinha com a moto.

Estaciono na frente de um restaurante 24 horas. Nós descemos e adentramos no estabelecimento.

— Onde achou esse lugar? — Pergunta curiosa, agarrando minha mão e entrelaçando nossos dedos, o toque quente dela aquece minhas mãos frias.

— Vim aqui com minha mãe uma vez, quando era pequeno. — Explico. — Gostou?

— Sim, é uma graça. — Responde olhando ao redor.

Sentamos em uma mesa do lado de uma grande janela de vidro, não demora muito até uma atendente vir até nosso encontro.

— Qual será o pedido de vocês nessa madrugada? — Questiona com uma animação esquisita para uma garçonete trabalhando em plena madrugada.

Fazemos nossos respectivos pedidos e ela se retira. Me viro para Marie, um sorriso escapa dos meus lábios quando vejo seu rosto vermelho e ela se encolhendo para se esquentar.

— Frio? — Pergunto e ela assente rindo. Retiro minha jaqueta e a entrego.

— Obrigada, parece ser mais quente que meu casaco. — Marie veste a peça e fecha dando uma olhada. — Combina mais comigo.

— Você deve ter uns quatro casacos meus na sua casa Marie, sempre diz a mesma coisa. — Falo e ela da uma risadinha.

— São ótimos pijamas. — Ela revira os olhos.

Após uns 10 minutos, a atendente chega com nossos pedidos. Com o restaurante praticamente vazio - com motivo já que é uma da madrugada - os lanches chegaram com rapidez.

— Com licença. — Marie diz se levantando sobre a mesa e pegando meu milkshake dando uma golada.

— Porque não pediu um? — Pergunto rindo levando uma batata frita até a minha boca.