Capítulo IV

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  - Mingi... Mingi... acorda!

Sou acordado pela minha mãe me sacudindo desesperadamente.

    - Hã? O que? - pergunto meio sonolento.

    - levanta logo, você não disse que ia comprar os doces pra mim?-disse me sacudindo.

    - Nossa, bom dia pra senhora também. -digo me levantando.- A senhora me acordou desesperada desse jeito só pra eu ir comprar doces? -pergunto fingindo indignação.

    - Mas é claro, faz tempo que eu to esperando você acordar pra ir comprar, mas você parece um urso hibernando.

    - Eu não to acreditando nisso, a senhora é inacreditável mesmo.

    - Tá, eu sei que eu sou incrível, mas agora levanta logo e vai comprar meu doce.-disse me levantando do sofá.

    - Eu posso pelo menos ir no banheiro primeiro? -pergunto.

    - Vai, mas não demora.

    - Tá bom, chefe.-digo entrando no banheiro.

Depois de fazer minha higiene pessoal saio do banheiro encontrando minha mãe sentada na cama.

    - Finalmente, pensei que você ia morar lá dentro!

    - Que exagero, eu nem demorei tanto assim.

    - Demorou sim, uma eternidade, agora vai logo que eu to esperando.-disse fazendo sinal com a mão pra eu sair.

    - Já to indo.-digo saindo do quarto.-Tudo isso por causa de um doce...

[...]

O hospital estava cheio como Noona comentou, e dessa vez não tive a mesma sorte, tinha algumas pessoas sentadas na lanchonete, devia ser os familiares dos novos pacientes. Quando estava me aproximando do balcão acabo esbarrando em alguém novamente.

    - Desculp- Ah oi, é você de novo!-disse sorrindo.

    - Só pode ser brincadeira...-digo sarcasticamente.

Não dá pra acreditar que de todas essas pessoas que estão aqui, eu fui esbarrar justo nessa cara outra vez?? Quais são as chances disso acontecer duas vezes??

    - Que coincidência, a gente precisa parar de  se encontrar assim.- diferente de mim ele parecia muito contente.

    - Se dependesse da minha vontade a gente não se encontrava nunca mais.-digo pra mim mesmo.

    - Eu vou te pagar um café, se o destino fez a gente se encontrar é porque eu preciso mesmo te comprar outro café.

    - Eu disse que você não precisa me comprar nada.

    - É claro que eu preciso te comprar outro café, vem.-disse puxando o meu braço.

E mais uma vez aquele garoto saiu me arrastando contra a minha vontade.

    - Bom dia, o que desejam? -perguntou o atendente.

    - Bom dia, eu quero um Cappuccino, e pra ele um-

    - Eu disse que eu não quero nada.

    - Tsk, a gente já tá aqui, eu vou te comprar sim.

     - Não. -digo recebendo uma cara feia do garoto.

Pelo visto eu não ia conseguir recusar, esse garoto é muito insistente, mesmo eu dizendo várias vezes que não queria, ele continuava me perturbando.

Waiting For Us - Yungi Onde histórias criam vida. Descubra agora