Capítulo X

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Estava totalmente arrependido de ter contado para a Noona sobre o tagarela, agora sou obrigado a ir falar com ele ou ela vai falar pra minha mãe, e última coisa que eu quero é ter que aguentar Song Yujin no meu pé.

     - Vai sair, filho?

     - Vou sim, a Noona pediu pra que eu procurasse ela hoje, ela quer que eu faça um favor pra ela.-minti.

     - Que favor? -pergunta curiosa.

     -  Não sei, ela não me disse.

    - Entendi...

     - Eu não vou demorar.- digo dando um beijo no topo de sua cabeça.

    - Tá bom.-sorriu.

[...]

Depois de me despedir dela saio do quarto e caminho até o elevador. Assim que coloco o pé pra fora do elevador, estranho o movimento que estava no corredor, havia muitos enfermeiros correndo para todos os lados, não estava entendendo o que estava acontecendo.

    - Parece que um avião comercial caiu um pouco depois que decolou, tem muitos passageiros feridos.-disse um dos enfermeiros que passou perto de mim.Então era esse o motivo de todo esse caos.

Caminho com cuidado me esquivando para não esbarrar nas pessoas que estavam passando pelo corredor.

A todo momento os enfermeiros entravam correndo empurrando as macas com os pacientes, era uma cena horrível de ver, o grito de dor de alguns pacientes era ouvido por todo o corredor. Os parentes dos feridos também estavam chegando a todo momento, era possível ver o desespero estampado no rosto deles, o medo de perder o seu ente querido, agradecia pelo fato de minha mãe não estar aqui pra presenciar essa cena lamentável.

Passo por algumas pessoas que estavam deitadas em macas no corredor devido a falta de lugar, e um som acaba chamando a minha atenção, eu não fazia ideia de onde estava vindo, parecia um choro de criança. Olho para os lados em busca de onde estava vindo o som, quando estava prestes a desistir vejo algo se movendo no canto da parede ao lado de uma máquina de refrigerante, me aproximo e fico em choque ao ver que era um garotinho, o que ele estava fazendo aqui sozinho? Ele estava todo encolhido no canto da parede escondendo o rostinho. Estava com um pouco de receio de me aproximar dele e ele se assustar, mas eu precisava saber por que ele estava ali.

    - Oi, o que você está fazendo aqui sozinho? -pergunto me ajoelhando ao seu lado, ele apenas me olha, mas não diz nada. Seu rostinho estava todo vermelho devido ao choro recente, e havia também alguns pequenos machucados no rosto e nos bracinhos, eu me pergunto se ele era uma das vítimas. - Você sabe onde estão os seus pais? -pergunto recebendo um movimento de não com a cabeça.

Não fazia a mínima ideia do que eu ia fazer, não podia deixar o garoto aqui sozinho. Me levanto e olho em volta vendo se encontrava alguém que pudesse ajudar ele, mas não vejo ninguém disponível, todos pareciam estar ocupados com algum paciente.

     - Droga. -sussurro. Ainda estava olhando ao redor quando sinto algo segurar na minha mão.

    - T-tio você me ajuda a achar a minha mamãe? -pergunta passando a mão livre no rostinho molhado pelas lágrimas.

Confesso que fiquei com dó do garoto ao
vê-lo chorando assim.

    - Como você se chama? -pergunto ainda segurando sua mãozinha.

    - Junghoon.

    - Ok, Junghoon, eu sou o Mingi, vou te ajudar, mas primeiro a gente precisa achar alguém pra ver os seus machucados e depois a gente procura a sua mãe, tá bom? -pergunto o olhando.

Waiting For Us - Yungi Onde histórias criam vida. Descubra agora