Capítulo XXXII

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Eu sabia! Esse era meu templo, meu ambiente de paz, o lugar em que eu recarregava minhas forças, o meu refúgio contra o mundo, o lugar que eu tinha silêncio para descansar meus pensamentos, e agora tudo se foi! Eu não terei mais para onde correr, vou ser vigiado vinte e quatro horas por dia da minha pacata vida!

    - Bom dia!

    - Tsk.

Empurro a porta outra vez para fecha-lá na cara de Yunho.

    - Yunho??

    - N-não, mãe, não é ninguém não-

Yujin me empurra para o lado e sorri tanto que seus olhos se tornam dois riscos.

    - Bom dia, querido, entra. - Mais convidativa do que nunca ela segura na mão dele e o trás para dentro do nosso quarto.- Que ótima visita.

    - A senho- Você - se corrigi ao receber uma careta da mesma.- Disse que eu podia vir quando quisesse, então eu resolvi fazer uma pequena visita - sorri.

    - E eu espero que você venha cada vez mais vezes!

Olha só isso... Ela que é a amiga dele isso sim.

    - Você não sabe o prazer que será ter você aqui todos os dias - sorrio extremamente sarcástico.

    - Mingi?? - Yujin olha sorrindo orgulhosa de mim.

    - Assim eu fico sem graça - Yunho sorri para mim.

    - Eu estava sendo sarcástico - retruco.

Minha mãe olha feio para mim e bate em meu braço.

    - Ai - Passo a mão no lugar dolorido.

    - Não precisa bater nele não... Eu sei que no fundo foi verdade - Pisca convencido para mim.

    - Com certeza - respondo com um entusiasmo falso.

Ele sorri e se vira para minha mãe estendendo para ela o saco de padaria que eu nem havia percebido que ele estava nas mãos.

    - Eu trouxe um presentinho pra você - a olha sorrindo.

    - Pra mim?? - perguntou Yujin apontando para si mesma.

    - É, pode pegar.

Ela pega o pacote de suas mãos e o abre hesitando.

     - Oh meu deus... são mochis!?? - diz eufórica e olha para o matraca.- Eu adora mochi! Obrigado, querido! - Ela sempre fica eufórica com doces.

     - Não precisa agradecer - sorri com os olhos.

     - E... cadê o meu?? - pergunto chamando sua atenção.

    - O seu?? Eu não trouxe pra você, são apenas para sua mãe.

    - Ah, que injustiça é essa??? Por que só a minha mãe ganha e eu não?!

    - Porque ela é minha AmigA - destaca o amiga ao dizer.

    - Que bonito, fica a vida inteira me chamando de amigo e agora magicamente eu não sou mais?? - pergunto indignado.

    - Então... - Dá de ombros com um sorriso canalha.- E eu sou amigo da sua mãe muito antes de ser seu amigo, ela tem preferências.

    - Vá pra-

    - Mingi.

Minha mãe me chama como uma ameaça.

    - Não quero mais amizade nenhuma também - digo cruzando os braços.

Waiting For Us - Yungi Onde histórias criam vida. Descubra agora