Marie
Acordo pingando de suor e meus batimentos acelerados.
Tive mais um sonho, aquele concerteza foi um dos piores dia da minha vida.
Passo minha mão no rosto secando aquelas gotículas de suor e respiro fundo querendo que meu coração se acalme.
Aperto meu peito com a dor que começava, meus olhos se enchem dágua e não demora pras lágrimas descerem.
Minha cabeça roda e deixo meu corpo cair pra trás me fazendo deitar nos travesseiros.
Ao longe escuto meu celular tocando, mas nesse momento não me importo com ele.
Assim ele desliga, mas voltam a me ligar.
E ignoro novamente.
Logo em seguida escuto o telefone da casa tocar lá na sala.
Mas eu estava tendo uma crise ansiedade, não queria levantar da cama, só chorar.
Logo o telefone é desligado, minutos depois batem na minha porta.
- SOU EU! - escuto Samantha - DOMINIC QUER QUE VOCÊ ATENDA AS LIGAÇÕES DELE!
- O... QUE ELE FA-FALOU?! - grito segurando meu choro.
- QUE ESTÁ PREOCUPADO COM VOCÊ! VOCÊ ESTÁ BEM, MARY?!
- ESTOU! - minto.
Logo em seguida meu celular volta a tocar, então sento na cama limpando minhas lágrimas e tentando me acalmar.
- Alô - atendo com a voz chorosa.
- Meu deus! Você está bem? - ele fala.
Então fico quieta, queria entender como ele sabia que algo estava errado.
- Eu senti um aperto no peito e pensei que tinha acontecido algo com você - ele volta a falar - Eu só sinto esse aperto quando acontece algo com você. Porra isso é tão vergonhoso - suspira e sorrio.
- Estou bem sim - falo - Escutar sua voz me acalmou - confesso realmente me sentindo melhor.
- Me fala. O que aconteceu?
- Só uma crise de ansiedade, coisa boba.
- Certeza?
- Sim.
- E seus pontos, estão melhor? - arregalo os olhos.
- Nossa eu nem lembrei deles - levanto minha camiseta de dormir e vejo que estava cicatrizado - Penélope fez em um ótimo trabalho, está cicatrizado já.
- O meu também. Pode vir aqui em casa? - pergunta receoso - Pra ela tirar os nossos pontos.
- Ah sim - solto um riso - Posso, qual o horário que você vai estar em casa.
- O dia inteiro - enrugo a testa.
- Ué, não vai trabalhar?
- Pedi demissão.
- Porque? - pergunto.
- Uma história longa - suspira.
- Tenho todo o tempo do mundo para escutar.
- Quando você vier aqui em casa eu te conto.
Ficamos quieto por um tempo, escutando sua respiração pelo celular.
- Mary - ele me chama.
- Sim - respondo.
- Está bem mesmo?
- Estou - sorrio em falso.
- Eu te amo, ok?
Sorrio ao escutar essas palavras que vazia meu coração acelerar. Mas eu tinha dificuldade de falar.
- Eu... Eu... - gaguejo querendo falar que o amava também, porque eu realmente o amava - Eu...
- Não precisa - ele me corta - Tudo no seu tempo.
- Desculpa - peço baixo.
- Não precisa se desculpar. Só falei que te amava, não precisa falar de volta. Pelo menos não agora.
E mais uma vez ficamos em silêncio, eu me sentia constrangida por não conseguir retribuir o mesmo carinho que ele tem comigo.
- Que horas você vem então? - ele pergunta depois desse longo tempo só escutando a respiração um do outro.
- Que horas eu posso ir?
- Vem almoçar comigo - ele pede e sorrio.
- Eu vou - respondo.
- Vou estar te esperando.
Em seguida nos despedimos e desliguei meu celular vendo que era sete e dez da manhã.
Como sei que não vou conseguir dormir novamente, saio da cama e caminho até meu banheiro.
Ali eu tiro minha calça de moletom e minha camiseta - as únicas peças de roupa que eu estava - e entro debaixo do chuveiro, mesmo a água estando gelada, eu fico ali recebendo os pingos gelados até eles esquentarem.
Eu achava impressionante como Dominic me acalmava, eu estava caindo de um penhasco a alguns minutos. E ele apareceu de paraquedas e me salvou.
Eu gostava muito dele, eu era apaixonada por ele... Eu... O amava, amava tanto que chegava a doer, amava tanto, como nunca amei ninguém.
Literalmente.
E minha mente me xingava por eu não conseguir dizer isso a ele. Eu me odiava por ele não saber disso.
Mas hoje eu ia falar, bom pelo menos tentar.
Ele tinha que saber que eu o amava.
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MY WORD
WerewolfEsse livro é a maior prova de que você não pode acreditar em ninguém, nem mesmo em quem você mais ama. Ele um lobo Ela uma fênix Um amor quase impossível... Quase... Um passado difícil, um presente pior, talvez um futuro felizes? Marie White, uma a...