cap-28

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Marie

Acordo pingando de suor e meus batimentos acelerados.

Tive mais um sonho, aquele concerteza foi um dos piores dia da minha vida.

Passo minha mão no rosto secando aquelas gotículas de suor e respiro fundo querendo que meu coração se acalme.

Aperto meu peito com a dor que começava, meus olhos se enchem dágua e não demora pras lágrimas descerem.

Minha cabeça roda e deixo meu corpo cair pra trás me fazendo deitar nos travesseiros.

Ao longe escuto meu celular tocando, mas nesse momento não me importo com ele.

Assim ele desliga, mas voltam a me ligar.

E ignoro novamente.

Logo em seguida escuto o telefone da casa tocar lá na sala.

Mas eu estava tendo uma crise ansiedade, não queria levantar da cama, só chorar.

Logo o telefone é desligado, minutos depois batem na minha porta.

- SOU EU! - escuto Samantha - DOMINIC QUER QUE VOCÊ ATENDA AS LIGAÇÕES DELE!

- O... QUE ELE FA-FALOU?! - grito segurando meu choro.

- QUE ESTÁ PREOCUPADO COM VOCÊ! VOCÊ ESTÁ BEM, MARY?!

- ESTOU! - minto.

Logo em seguida meu celular volta a tocar, então sento na cama limpando minhas lágrimas e tentando me acalmar.

- Alô - atendo com a voz chorosa.

- Meu deus! Você está bem? - ele fala.

Então fico quieta, queria entender como ele sabia que algo estava errado.

- Eu senti um aperto no peito e pensei que tinha acontecido algo com você - ele volta a falar - Eu só sinto esse aperto quando acontece algo com você. Porra isso é tão vergonhoso - suspira e sorrio.

- Estou bem sim - falo - Escutar sua voz me acalmou - confesso realmente me sentindo melhor.

- Me fala. O que aconteceu?

- Só uma crise de ansiedade, coisa boba.

- Certeza?

- Sim.

- E seus pontos, estão melhor? - arregalo os olhos.

- Nossa eu nem lembrei deles - levanto minha camiseta de dormir e vejo que estava cicatrizado - Penélope fez em um ótimo trabalho, está cicatrizado já.

- O meu também. Pode vir aqui em casa? - pergunta receoso - Pra ela tirar os nossos pontos.

- Ah sim - solto um riso - Posso, qual o horário que você vai estar em casa.

- O dia inteiro - enrugo a testa.

- Ué, não vai trabalhar?

- Pedi demissão.

- Porque? - pergunto.

- Uma história longa - suspira.

- Tenho todo o tempo do mundo para escutar.

- Quando você vier aqui em casa eu te conto.

Ficamos quieto por um tempo, escutando sua respiração pelo celular.

- Mary - ele me chama.

- Sim - respondo.

- Está bem mesmo?

- Estou - sorrio em falso.

- Eu te amo, ok?

Sorrio ao escutar essas palavras que vazia meu coração acelerar. Mas eu tinha dificuldade de falar.

- Eu... Eu... - gaguejo querendo falar que o amava também, porque eu realmente o amava - Eu...

- Não precisa - ele me corta - Tudo no seu tempo.

- Desculpa - peço baixo.

- Não precisa se desculpar. Só falei que te amava, não precisa falar de volta. Pelo menos não agora.

E mais uma vez ficamos em silêncio, eu me sentia constrangida por não conseguir retribuir o mesmo carinho que ele tem comigo.

- Que horas você vem então? - ele pergunta depois desse longo tempo só escutando a respiração um do outro.

- Que horas eu posso ir?

- Vem almoçar comigo - ele pede e sorrio.

- Eu vou - respondo.

- Vou estar te esperando.

Em seguida nos despedimos e desliguei meu celular vendo que era sete e dez da manhã.

Como sei que não vou conseguir dormir novamente, saio da cama e caminho até meu banheiro.

Ali eu tiro minha calça de moletom e minha camiseta - as únicas peças de roupa que eu estava - e entro debaixo do chuveiro, mesmo a água estando gelada, eu fico ali recebendo os pingos gelados até eles esquentarem.

Eu achava impressionante como Dominic me acalmava, eu estava caindo de um penhasco a alguns minutos. E ele apareceu de paraquedas e me salvou.

Eu gostava muito dele, eu era apaixonada por ele... Eu... O amava, amava tanto que chegava a doer, amava tanto, como nunca amei ninguém.

Literalmente.

E minha mente me xingava por eu não conseguir dizer isso a ele. Eu me odiava por ele não saber disso.

Mas hoje eu ia falar, bom pelo menos tentar.

Ele tinha que saber que eu o amava.

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