cap-29

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Dominic

Coloco a travessa de lasanha na mesa sentindo o cheiro de queijo.

Arrumo os pratos deixando eles centralizados, vou pra geladeira e balanço o prato do pudim vendo se ele estava realmente consistente, e sim, ele estava ótimo.

Assim que fecho a porta metalizada escuto batidas na porta de madeira, e sei que Marie chegou.

Passo pela mesa endireitando os talheres, respirando fundo caminho até a porta.

Sentindo meu coração batendo um pouco mais rápido, abro a porta.

Mas perco meu sorriso, Danna estava ali.

- O que foi? - pergunto.

- Olá, querido - dá alguns passos ficando entre o batente e a porta - Estou com desejo, deixa eu entrar.

Assim ela empurra meu ombro e passa por mim.

Antes de fechar a porta olho em volta pra ver se Marie não estava vindo, mas a única coisa que vejo é o carro da Danna e o sol forte.

- Estou doida pra comer sorvete de chocolate com calda de menta - ela diz.

- O que eu eu tenho a ver com isso? - ergo minha sobrancelha pra ela - Eu já te disse que você sair da minha vida!

Ela sorri e se aproxima ficando apenas um passo longe de mim.

- Querido - como eu odiava esse apelido - Estamos ligados - segura minha mão, a que eu tento puxar, mas ela consegue colocar sobre sua barriga - Tem um filho seu aqui.

- Um filho que eu não quero - aperto minha mão, essa que está na sua barriga, esmagando sua camiseta nos meus dedos - Um filho que você fez contra a minha vontade.

A empurro de leve puxando minha mão e me afasto indo pro outro lado da sala.

Eu estava com raiva, me arrepiei inteiro vendo que seu sorriso só aumentava assim que ela viu a mesa posta pra dois.

- Vai receber alguém? - pergunta indo até a cozinha - Uma amante?

- Que amante? Eu não tenho amante, eu tenho uma namorada, é diferente.

- É amante sim, você está comigo...

- Eu não estou com você! - a interrompo -  Nunca vou estar!

- Sim, você está comigo - ela me enfrenta - Desde o momento que você se entregou pra mim.

- EU NÃO!... - respiro fundo se não iria explodir ali - Eu não me entreguei para você, você me dopou e abusou de mim, Danna!

- Mesma coisa - dá de ombros - Isso não muda o fato de termos um resultado da nossa noite de amor - solto um riso com a estupidez dessa mulher.

- Não tivemos uma noite de amor, sua doida! - me afasto novamente, já que ela se aproximou - Você... - fecho meus olhos sentindo um mal estar - Vai embora, Danna - peço.

- Não, aquela lasanha me abriu a apetite. Vamos almoçar?

- Essa lasanha não é pra você - falo.

- É pra sua amante, né? Quem é a vagabunda?

- Não fala assim dela! - aponto meu dedo na sua cara me sentindo com mais raiva - A única vagabunda aqui é você!

Meu corpo treme de raiva e ela percebe isso se afastando com os olhos arregalados.

- Como você tem coragem de xingar a mãe do seu filho?

- EU NÃO TENHO FILHO! - grito.

- Não negue seu primogênito, querido...

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