cap-21

1 1 0
                                    

Dominic

- Como assim papai? - pergunto com raiva - Você abusou de mim, Danna!

- Mas valeu a pena - ela tem a coragem de sorrir - Vamos ser pais, amor.

Sinto seu braço passando pela minha cintura e me apertando enquanto deitava a sua bochecha nas minhas costas.

Encaro aquele teste nas minhas mãos e os outros na pia.

Merda, isso não pode está acontecendo.

- Você vai ser um ótimo pai - ela diz.

Mordo meu lábio nervosamente, solto aquele teste no chão, pego suas mãos que estavam entrelaçadas em minha volta e a tiro de mim.

Viro pra ela vendo aquele seu sorriso nojento, desço meu olhar pra sua barriga não acreditando que ali estava um filho meu, um filho que eu não queria, um filho que foi fruto de estrupo que eu sofri.

- Não - falo depois de um tempo - Eu não quero saber dessa criança.

- Como assim? Você vai ser pai - ela ri.

- Contra a minha vontade! Você lembra o que fez ontem? - a encaro com ódio - Você teve a coragem de ir na minha casa me dar vodka com drogas e assim que fiquei inconsciente abusou de mim, tem noção disso, Danna!?

- O que importa agora? Estou esperando um filho seu - leva suas mãos a barriga - Vamos nos casar e ser uma boa família pra essa criança.

Meu corpo estremece e meu sangue ferve, sendo consumido pela raiva pego seus braços e vou a empurrando pra trás até o jogar na cama e ficar por cima do corpo.

- Sabia que você tinha um lado agressivo, querido - ela sorri.

- Eu quero te bater tanto, Danna, eu quero te matar! - aperto seus braços.

- Bate, a polícia vai amar saber disso.

- Sabe o que eu vou fazer? Eu vou te denunciar.

- E quem iria acreditar? - ela provoca levantando sua cabeça em minha direção - Francamente, você é homem, Dominic. Quem ia acreditar que você foi estrupado por uma mulher?

Fico quieto, ela está a certa.

Ninguém ia acreditar em mim.

- Entenda que esse jogo quem ganhou fui eu - ela sorriu - Querido.

- Eu não quero te ver nunca mais - continuo a apertar seus braços - Sai da minha vida.

Solto seus braços a jogando na cama e levanto a deixando jogada ali nos lençóis.

- Estamos ligados agora - ergue sua camiseta me mostrando sua barriga.

- Eu nunca vou querer saber dessa criança! Nem de você! Nem de ninguém!

- Você vai ser pai, não pode falar essas coisas.

- Eu não vou ser pai - falo lentamente - Essa criança não é minha.

- Vai me deixar cuidar dele sozinho?

- Se vira! - exclamo.

Ela me olha incrédula e me afasto indo pra porta, mas antes de abrir a porta a olho.

- Ah e me demito! - falo.

Assim abro a porta encontrando a senhora baixinha que deve ter escutado toda a nossa discussão.

- Bom dia - falo.

Bato a porta com força e passo por ela.

Refaço todo meu caminho, descendo as escadas, passando pela sala até sair da casa, passando pelo jardim e saindo pelo portão.

MY WORD Onde histórias criam vida. Descubra agora