cap-23

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Dominic

Com a ajuda da minha mãe levanto da minha maca e coloco meu pés no chão frio.

Fico um tempo parado pra não dar tontura, minha mãe se põe ao meu lado, agarra o ferro do meu suporte do meu soro e com o outro braço roda pela minha cintura me ajudando a andar.

Com passos devagar e leves começamos a andar pelo quarto até chegar na porta e sair do mesmo.

Caminhamos pelo corredor até chegar no elevador que era ali perto, ela o chama e não demora pra caixa de metal se abrir a nossa frente e podemos entrar, vejo minha mãe apertar no sétimo andar e assim o elevador se fechar e começar a subir.

Como era só dois andares acima do meu, logo o elevador está se abrindo e podemos sair.

Caminhamos lentamente pelo grande corredor, olho com atenção todos os quartos, mas não a a encontrei em nenhum.

- Ela está ali - minha mãe chama minha atenção.

Olho pra onde ela aponta e agora eu acho Marie, ela estava ao meu lado direito.

Me aproximo mais do vidro querendo ver ela melhor e minha mãe me acompanha.

Eu não estava acreditando que ela estava viva, mesmo vendo ela ali eu não acreditava.

- Porque ela mentiu pra mim, mãe? - pergunto baixo olhando a ruiva, que tinha seus cabelos pretos naturais novamente, que estava com uma máscara de oxigênio.

- Não sei, filho - ela toca meu ombro.

- Estou tão confuso - confesso.

- Imagino - ela diz baixo levando suas mãos aos meus cabelos.

Ela se afasta quando seu celular começa a tocar.

- É seu irmão - ela fala - Vou atender, já volto.

Assinto e vejo ela virar o corredor pra ter privacidade pra falar com meu irmão.

Volto meu olhar pra Marie e sinto meu coração acelerar.

Ela não estava muito diferente, pela camisola do hospital via seus braços que diferente da última vez que a vi estava cheio de tatuagens, assim como seu pescoço e mãos.

Dava pra perceber que seus cabelos estavam maiores e agora pretos iguais a noite sem estrelas.

Minha mente borbulhava querendo entender o porquê ela vez isso, eu me xingava pôr nao ter desconfiado disso e ficava feliz por ter ela de volta.

Arrastando o suporte do soro e dando passos leves, ando até a porta do seu quarto.

Dou uma parada no meio do caminho sentindo uma pontada forte nas minhas costelas e com isso respiro fundo e volto a andar em seguida ainda sentindo dor.

Chego na porta e a empurro, assim que ia entrar dou de cara com uma enfermeira.

- Não pode entrar - ela fala dando alguns passos que faz eu ir pra trás e ela fechar a porta.

- A mulher que está aí, eu preciso ver ela - falo rangendo meus dentes de dor - Ela me doou um de seu rim, eu preciso ver ela.

- Não pode - ela volta a falar.

Urro de dor sentindo minhas costelas latejar.

Parecia que meus pontos estavam sendo rasgados e aquilo vazia meus olhos encher de água.

- Você está bem, senhor? - sinto a enfermeira tocar meu ombro.

- Só uma dor chata - falo baixo, fecho meus olhos com força com a dor que só aumentava.

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