cap-16

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Dominic

Sinto o ar me faltando pelos pulmões e tento puxar o ar querendo respirar.

Mas não era possível, e isso me desesperava.

Não tanto quanto souber que Marie não estava mais aqui.

- Filho, filho - minha mãe se afasta - Respira comigo - me faz a encarar - Puxa e solta....

Tento acompanhar sua respiração, mas eu não conseguia.

Nego com a cabeça com minha respiração ofegante e ela passa a mão no meu rosto secando as gotinhas de suor que saia da minha testa.

Sinto um aperto no meu ombro e olhando ali reconheço a mão de Dylan, que começa a massagear ali.

- Mãe... Eu... Eu estou apaixonado por ela... - sussurro - Ela não pode ter morrido sem saber que eu a amo... Não, ela não pode...

- Se acalma, filho - ela pede novamente - Tudo vai ficar bem.

- Não! - exclamo - Não vai, a mulher que eu eu amo acabou de morrer, como vou ficar calmo? Tanner, meu Deus - falo rápido - Eu preciso ver meu amigo, ele deve estar péssimo.

- Não pense nele, mano - Dan fala - Tenta se acalmar.

Não adiantava nada mandarem eu me acalmar, eu não conseguia.

Meu coração estava acelerado, minhas veias pulsavam, minha cabeça rodava e meu corpo tremia.

Fecho meus olhos liberando mais lágrimas e aos poucos vou deixando meu corpo relaxar até ele cair pra frente me deixando cair nos braços da minha mãe.

[...]

Sinto algo gelado tocando meu rosto e isso me faz abrir os olhos aos poucos.

- Ele está acordando - vejo minha mãe ali passando um pano com água fria na minha testa.

Pisco algumas vezes vendo meus irmãos e minha cunhada ficarem em minha volta.

- O que está sentindo, filho? - minha mãe pergunta com a voz baixa.

- Estou bem - digo simplesmente.

Ergo meu corpo fazendo ela se afastar e assim me deixar sentar no sofá.

- Quer conversar? - Daniel pergunta atrás de mim.

- Não - nego - Quero tomar um banho e falar com Tanner.

- Tanner está preso, Dom - meu irmão caçula fala - Ele matou Marcus no elevador.

Merda, meu amigo deve estar péssimo.

Só suspiro e deito minha cabeça no encosto do sofá.

- Vai tomar um banho - minha mãe aperta meu joelho - Vou fazer uma sopinha pra você.

- Não estou com fome.

- Mas um pouquinho você vai comer, sim - insiste.

Não respondo.

Sinto minha mãe se afastar e isso me permite levantar do sofá.

Com a cabeça baixa olhando meus pés descalços, caminho até o banheiro e me tranco lá dentro.

Tiro aquela roupa que eu estava o dia inteiro, jogo ela no cesto de roupa suja e vou pra dentro do box ligando o chuveiro. Espero alguns segundos e a água esquenta me fazendo entrar debaixo da água quente.

Minha mente gritava que Marie não morreu e tudo era mentira.

Mas essa era face de negação.

- Eu devia ter falado que te amava, Marie - sussurro deitando minha testa na parede gelada.

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