Dominic
Sinto o ar me faltando pelos pulmões e tento puxar o ar querendo respirar.
Mas não era possível, e isso me desesperava.
Não tanto quanto souber que Marie não estava mais aqui.
- Filho, filho - minha mãe se afasta - Respira comigo - me faz a encarar - Puxa e solta....
Tento acompanhar sua respiração, mas eu não conseguia.
Nego com a cabeça com minha respiração ofegante e ela passa a mão no meu rosto secando as gotinhas de suor que saia da minha testa.
Sinto um aperto no meu ombro e olhando ali reconheço a mão de Dylan, que começa a massagear ali.
- Mãe... Eu... Eu estou apaixonado por ela... - sussurro - Ela não pode ter morrido sem saber que eu a amo... Não, ela não pode...
- Se acalma, filho - ela pede novamente - Tudo vai ficar bem.
- Não! - exclamo - Não vai, a mulher que eu eu amo acabou de morrer, como vou ficar calmo? Tanner, meu Deus - falo rápido - Eu preciso ver meu amigo, ele deve estar péssimo.
- Não pense nele, mano - Dan fala - Tenta se acalmar.
Não adiantava nada mandarem eu me acalmar, eu não conseguia.
Meu coração estava acelerado, minhas veias pulsavam, minha cabeça rodava e meu corpo tremia.
Fecho meus olhos liberando mais lágrimas e aos poucos vou deixando meu corpo relaxar até ele cair pra frente me deixando cair nos braços da minha mãe.
[...]
Sinto algo gelado tocando meu rosto e isso me faz abrir os olhos aos poucos.
- Ele está acordando - vejo minha mãe ali passando um pano com água fria na minha testa.
Pisco algumas vezes vendo meus irmãos e minha cunhada ficarem em minha volta.
- O que está sentindo, filho? - minha mãe pergunta com a voz baixa.
- Estou bem - digo simplesmente.
Ergo meu corpo fazendo ela se afastar e assim me deixar sentar no sofá.
- Quer conversar? - Daniel pergunta atrás de mim.
- Não - nego - Quero tomar um banho e falar com Tanner.
- Tanner está preso, Dom - meu irmão caçula fala - Ele matou Marcus no elevador.
Merda, meu amigo deve estar péssimo.
Só suspiro e deito minha cabeça no encosto do sofá.
- Vai tomar um banho - minha mãe aperta meu joelho - Vou fazer uma sopinha pra você.
- Não estou com fome.
- Mas um pouquinho você vai comer, sim - insiste.
Não respondo.
Sinto minha mãe se afastar e isso me permite levantar do sofá.
Com a cabeça baixa olhando meus pés descalços, caminho até o banheiro e me tranco lá dentro.
Tiro aquela roupa que eu estava o dia inteiro, jogo ela no cesto de roupa suja e vou pra dentro do box ligando o chuveiro. Espero alguns segundos e a água esquenta me fazendo entrar debaixo da água quente.
Minha mente gritava que Marie não morreu e tudo era mentira.
Mas essa era face de negação.
- Eu devia ter falado que te amava, Marie - sussurro deitando minha testa na parede gelada.
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MY WORD
Manusia SerigalaEsse livro é a maior prova de que você não pode acreditar em ninguém, nem mesmo em quem você mais ama. Ele um lobo Ela uma fênix Um amor quase impossível... Quase... Um passado difícil, um presente pior, talvez um futuro felizes? Marie White, uma a...