Marie
Quando percebo estamos nos aproximando.
Eu já sentia sua respiração bater no meu nariz.
Quanto mais perto ficamos mais meu coração acelerava e mais aumentava a vontade de o beijar.
- CHEGAMOS, DON! - escuto o grito de Daniel.
E com isso eu me afasto sentido meu coração acelerar e meu rosto esquentar.
- Desculpa - ele fala baixo.
- Não precisa se desculpar - falo encarando o chão - É... Tchau.
Não deixo ele responder e saio do banheiro deixando ele sozinho ali.
Chego na sala encontrando o casal ali.
- Marie! - Penélope exclama quando me vê - Que bom te ver.
Ela vem pra perto e me aperta em um abraço acolhedor.
Retribuo seu abraço e fecho meus olhos sentido seu perfume de amêndoas.
- Está bem? - se afasta e segura meus ombros - Você sumiu.
- Desculpa por isso - peço - Eu tenho que ir.
Quero sair o mais rápido possível dali e esquecer minutos atrás.
- Porque? Fica, está tarde.
- Verdade - Daniel fala - Fica aí, está bem tarde, é perigoso.
- Não, eu vou com cuidado - a olho - Vou ficar bem.
Dominic
Marie sai do banheiro e posso respirar normal tendo ela longe de mim, mas isso me faz sentir sua falta também.
Respiro sem sentir muita dor e sorrio lembrando que se não fosse por Dan iriamos nos beijar aqui nesse banheiro pequeno.
Coloco a caixa de primeiros socorros dentro da pia e saio do banheiro depois de respirar fundo várias vezes.
- Don - Lope aparece na minha frente assim que viro o corredor - Marie quer ir embora.
- Nessa hora da noite? - ela assente - Não, ela não pode. Cadê ela?
- Acabou de sair.
Passo por ela e com passos rápidos vou pra fora sentindo o vento gelado me fazendo arrepiar.
Marie não estava longe, conseguia ver seus cachos vermelhos perto do letreiro.
E vou atrás dela, corro pela floresta aonde moramos sentindo minha barriga doer a cada passo.
Mas mesmo assim corro até chegar nele.
Alcanço seu braço e a puxo fazendo ela me olhar.
- Não vai embora - peço ofegante - Está tarde, dorme aqui.
- Eu consigo ir embora sozinha - ela sorri - Vou com cuidado.
- Não, fica, amanhã cedo você vai - peço novamente.
Faço uma careta de dor sentindo o arranhado da minha barriga doer bastante e começar a latejar.
Levo minha mão até lá o sentindo molhado, quando ergo minha mão vejo que estou sangrando.
- Você está sangrando - Marie sussurra - Vamos, eu faço outro curativo.
Não queria esse tipo de ajuda novamente.
Mas ela iria voltar, e com isso ia ficar mais tarde ainda e ela ia ter que ficar.
Então assinto.
Começamos a andar devagar, eu apertando minha barriga e sentindo a dor piorar a cada passo que eu dava.
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MY WORD
Manusia SerigalaEsse livro é a maior prova de que você não pode acreditar em ninguém, nem mesmo em quem você mais ama. Ele um lobo Ela uma fênix Um amor quase impossível... Quase... Um passado difícil, um presente pior, talvez um futuro felizes? Marie White, uma a...