cap-11

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Marie

Quando percebo estamos nos aproximando.

Eu já sentia sua respiração bater no meu nariz.

Quanto mais perto ficamos mais meu coração acelerava e mais aumentava a vontade de o beijar.

- CHEGAMOS, DON! - escuto o grito de Daniel.

E com isso eu me afasto sentido meu coração acelerar e meu rosto esquentar.

- Desculpa - ele fala baixo.

- Não precisa se desculpar - falo encarando o chão - É... Tchau.

Não deixo ele responder e saio do banheiro deixando ele sozinho ali.

Chego na sala encontrando o casal ali.

- Marie! - Penélope exclama quando me vê - Que bom te ver.

Ela vem pra perto e me aperta em um abraço acolhedor.

Retribuo seu abraço e fecho meus olhos sentido seu perfume de amêndoas.

- Está bem? - se afasta e segura meus ombros - Você sumiu.

- Desculpa por isso - peço - Eu tenho que ir.

Quero sair o mais rápido possível dali e esquecer minutos atrás.

- Porque? Fica, está tarde.

- Verdade - Daniel fala - Fica aí, está bem tarde, é perigoso.

- Não, eu vou com cuidado - a olho - Vou ficar bem.

Dominic

Marie sai do banheiro e posso respirar normal tendo ela longe de mim, mas isso me faz sentir sua falta também.

Respiro sem sentir muita dor e sorrio lembrando que se não fosse por Dan iriamos nos beijar aqui nesse banheiro pequeno.

Coloco a caixa de primeiros socorros dentro da pia e saio do banheiro depois de respirar fundo várias vezes.

- Don - Lope aparece na minha frente assim que viro o corredor - Marie quer ir embora.

- Nessa hora da noite? - ela assente - Não, ela não pode. Cadê ela?

- Acabou de sair.

Passo por ela e com passos rápidos vou pra fora sentindo o vento gelado me fazendo arrepiar.

Marie não estava longe, conseguia ver seus cachos vermelhos perto do letreiro.

E vou atrás dela, corro pela floresta aonde moramos sentindo minha barriga doer a cada passo.

Mas mesmo assim corro até chegar nele.

Alcanço seu braço e a puxo fazendo ela me olhar.

- Não vai embora - peço ofegante - Está tarde, dorme aqui.

- Eu consigo ir embora sozinha - ela sorri - Vou com cuidado.

- Não, fica, amanhã cedo você vai - peço novamente.

Faço uma careta de dor sentindo o arranhado da minha barriga doer bastante e começar a latejar.

Levo minha mão até lá o sentindo molhado, quando ergo minha mão vejo que estou sangrando.

- Você está sangrando - Marie sussurra - Vamos, eu faço outro curativo.

Não queria esse tipo de ajuda novamente.

Mas ela iria voltar, e com isso ia ficar mais tarde ainda e ela ia ter que ficar.

Então assinto.

Começamos a andar devagar, eu apertando minha barriga e sentindo a dor piorar a cada passo que eu dava.

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