Dominic
Abro meus olhos com a terrível dor de cabeça que estou sentindo, mas logo fecho eles com a claridade do quarto.
- Filho - sinto um toque no meu ombro - Abre os olhos.
- As luzes estão muito fortes - falo pra minha mãe ainda de olhos fechados.
Sinto ela se afastar e aos poucos a claridade que estava atravessando meus olhos fechados é abaixada.
Assim eu abro meus olhos devagar vendo as luzes mais baixas, mas continuavam ligadas.
- O que aconteceu? - pergunto pra dona Michelle, minha mãe.
- Te deu uma crise de pânico e você desmaiou - alisa meus cabelos - Como está se sentindo?
- Tonto e minha cabeça está latejando - faço uma careta com a dor - Quanto tempo eu fiquei desmaiado?
- Cinco horas. Não se mexe, vou chamar o médico.
Ela se vira, mas seguro sua mão e ela me olha.
- Marie? Como ela está? - pergunto.
Ela fecha os olhos, respira fundo e volta a me olhar.
- Conversamos depois, filho - me dá um sorriso de compaixão - O médico precisa te ver.
- Só me fala se ela está bem - insisto.
Ela puxa sua mão do meu aperto.
- Vou chamar o médico - diz simplesmente.
Volto a perguntar de Marie, mas ela me deixa falando sozinho e sai do quarto.
Tomara que Marie esteja bem.
Suspiro encarando o teto desejando que ela esteja bem.
Ela tem que estar bem.
Escuto a porta ser aberta e quando olho vejo minha mãe e um médico de meia idade, alto, dos cabelos grisalhos entrar.
- Como está se sentindo, Christof? - ele pergunta se aproximando.
- Tonto e com muita dor de cabeça.
- Normal, você ficou muito tempo desacordado - fala anotando algo na sua prancheta - Sentindo algo mais?
- Não.
- Vou te trazer um remédio e fazer exames.
- Exames? Eu estou bem - tento sentar apoiando na maca - Só estou com dor de cabeça, não precisa fazer exames.
- Precisa sim - minha mãe fala - Vamos sair daqui só quando tivemos cem porcento de certeza que você está bem.
- Eu estou bem - a olho.
- Não discute, Dominic - me olha séria.
Estalo minha língua bufando em seguida e assinto.
Assim o médico sai me deixando sozinho com a minha mãe.
- Vai, mãe, me fala.
- O quê?
- Como está a Marie?
- Filho... - ela suspira - Ela está mal - diz por fim.
- Ela está aqui? Posso ver ela?
Ela balança a cabeça negando e abaixa a cabeça soltando um suspiro fundo.
Abro minha boca pra falar mas a porta é aberta e por ela entra o médico novamente.
Parando ao meu lado me entrega um copo e um remédio.
VOCÊ ESTÁ LENDO
MY WORD
Loup-garouEsse livro é a maior prova de que você não pode acreditar em ninguém, nem mesmo em quem você mais ama. Ele um lobo Ela uma fênix Um amor quase impossível... Quase... Um passado difícil, um presente pior, talvez um futuro felizes? Marie White, uma a...