cap-15

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Dominic

Abro meus olhos com a terrível dor de cabeça que estou sentindo, mas logo fecho eles com a claridade do quarto.

- Filho - sinto um toque no meu ombro - Abre os olhos.

- As luzes estão muito fortes - falo pra minha mãe ainda de olhos fechados.

Sinto ela se afastar e aos poucos a claridade que estava atravessando meus olhos fechados é abaixada.

Assim eu abro meus olhos devagar vendo as luzes mais baixas, mas continuavam ligadas.

- O que aconteceu? - pergunto pra dona Michelle, minha mãe.

- Te deu uma crise de pânico e você desmaiou - alisa meus cabelos - Como está se sentindo?

- Tonto e minha cabeça está latejando - faço uma careta com a dor - Quanto tempo eu fiquei desmaiado?

- Cinco horas. Não se mexe, vou chamar o médico.

Ela se vira, mas seguro sua mão e ela me olha.

- Marie? Como ela está? - pergunto.

Ela fecha os olhos, respira fundo e volta a me olhar.

- Conversamos depois, filho - me dá um sorriso de compaixão - O médico precisa te ver.

- Só me fala se ela está bem - insisto.

Ela puxa sua mão do meu aperto.

- Vou chamar o médico - diz simplesmente.

Volto a perguntar de Marie, mas ela me deixa falando sozinho e sai do quarto.

Tomara que Marie esteja bem.

Suspiro encarando o teto desejando que ela esteja bem.

Ela tem que estar bem.

Escuto a porta ser aberta e quando olho vejo minha mãe e um médico de meia idade, alto, dos cabelos grisalhos entrar.

- Como está se sentindo, Christof? - ele pergunta se aproximando.

- Tonto e com muita dor de cabeça.

- Normal, você ficou muito tempo desacordado - fala anotando algo na sua prancheta - Sentindo algo mais?

- Não.

- Vou te trazer um remédio e fazer exames.

- Exames? Eu estou bem - tento sentar apoiando na maca - Só estou com dor de cabeça, não precisa fazer exames.

- Precisa sim - minha mãe fala - Vamos sair daqui só quando tivemos cem porcento de certeza que você está bem.

- Eu estou bem - a olho.

- Não discute, Dominic - me olha séria.

Estalo minha língua bufando em seguida e assinto.

Assim o médico sai me deixando sozinho com a minha mãe.

- Vai, mãe, me fala.

- O quê?

- Como está a Marie?

- Filho... - ela suspira - Ela está mal - diz por fim.

- Ela está aqui? Posso ver ela?

Ela balança a cabeça negando e abaixa a cabeça soltando um suspiro fundo.

Abro minha boca pra falar mas a porta é aberta e por ela entra o médico novamente.

Parando ao meu lado me entrega um copo e um remédio.

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