cap-25

1 1 0
                                    

Marie

Abro meus olhos devagar sentindo eles arderem pela claridade, então os fecho com força.

- Mary - alguém toca meu braço - Acorda, Mary.

Atendendo o pedido da pessoa eu abro meus olhos de vagar ali posso ver me irmão que me olha e sorri.

- Porra, você acordou - ele diz sorrindo largo.

- Oi - digo baixo.

- Fiquei tão preocupado com você - Tanner fala apertando minha mão agora  - Pensei que ia te perder... Pela terceira vez - suspiro.

Abro minha boca pra falar e pedir desculpas por tudo isso, mas sou enterrompida pela porta se abrindo.

- Dominic- falo vendo o moreno entrar com um buquê de rosas vermelhas na mão.

- Você acordou - ele diz e solta um sorriso.

Fico encarando ele andar pelo quarto, parar do meu lado aonde tira outras rosas murchas que estavam em um vaso ali e coloca as rosas que trouxe ali na água.

- Tanner - ele olha pro meu irmão - Pode deixar eu conversar com ela?

Tanner me olha, olha pra Dominic que arrumava as flores no vaso, olha pra mim e assinto.

- Claro - ele diz por fim - Vou dar uma volta.

Assinto novamente, meu irmão se abaixa deixando um beijo na minha bochecha e sai em seguida.

Assim que a porta é fechada com uma batida, Dominic se afasta indo pro outro lado pegando uma cadeira e se sentando perto de mim.

- Estou muito confuso - ele começa e fecho meus olhos imaginando como ele deve estar - Então vou direto, porquê você mentiu?

Suspiro, forço meus punhos contra o colchão e devagar me sento na maca sentindo pontadas nas minhas costelas, puxo a coberta tampando minhas pernas que ficaram amostra pela pequena camisola.

- Me Desculpa por tudo isso - peço não tento coragem de o olhar - Mas eu fiz tudo isso, pensando em mim, no seu irmão, no meu irmão... Em você - digo baixo.

- Me explica por favor.

- Eu estando morta, foi o melhor jeito de Marcus e Ferrero te deixar em paz, eles vão ser procurados pela polícia e assim presos.

- Isso foi uma merda, Marie! - ele diz alto e estremeço - Você sabe como eu fiquei!? Porra, eu vi você tento uma hemorragia nos meus braços. Olha pra mim! - ele pede - OLHA PRA MIM, MARIE! - ele grita.

Fecho meus olhos com força, respiro fundo.

Finalmente ergo meu olhar indo direto com o dele, vendo seus olhos de mel brilhantes.

- Porra eu fiquei uma semana inteira, chorando achando que você morreu! Eu vi sua cremação pela televisão, milhares e milhares de vezes! - diz alterado - Eu passava todos os dias na frente do seu condomínio, eu fui lá! Eu fui lá e tinha uma doida com a porra de uma arma na mão! Eu olhei a droga daquele tapete e só lembrava de você sangrando!

- Don - tento o fazer parar.

- Eu fiquei três dias dormindo por causa da porra desse acidente! E quando eu acordo descubro que você foi minha doadora! - ele não para.

- Don - continuo.

- O pior de tudo foi que você morreu e me deixou um "eu te amo" intalado na garganta!

Paralizo escutando aquilo e vejo ele ficar ofegante e arregalar os olhos segundos depois.

- Dominic - digo baixo - Por... Por que você nunca me disse isso? - pergunto calma.

- Porque você morreu antes - ele abaixa seu tom voz - Quer saber eu vou embora - fala se levantando - Me humilhei demais hoje. Muito obrigado pelo seu rim, é isso e tchau.

Ele vira de costas, mas antes de dar algum passo eu o seguro pelo pulso, fazendo ele me olhar.

- Vem aqui - falo - Tenho que te falar um negócio, mas tem que se baixo.

- Vai falar o quê? Falar que eu sou um idiota e me mandar embora, eu já sei, não gaste sua saliva com isso.

Puxo seu pulso pra mim e com a minha outra mão o chamo.

Ele respira fundo, mas vem até mim com calma.

Aproveitando que ele está perto e sem força, o seguro pela nuca e o puxo pra mim fazendo ele soltar um murmuro e eu sorrir.

Com a puxada que eu dou na sua nuca ele vem com tudo fazendo um impacto com nossas bocas.

Te dou um selinho longo, que logo se transforma em um beijo que ele retribui.

Um beijo calmo, fazendo meu coração acelerar, meu corpo se arrepiar, minha barriga criar borboletas, e sua mão no meu rosto deixava o lugar quente.

Tombo minha cabeça pro lado sentindo sua boca inteira e sua língua começar uma procura com a minha.

Me sentindo ofegante e com falta de ar, começo a te dar um monte de selinhos até que nos afastamos.

Com as testas coladas e a respiração alta, fechamos os olhos enquanto aproveitamos a presença um do outro.

- Eu não vou mentir em dizer que te amo também - falo devagar - Mas eu sinto algo por você, não posso dizer que é amor já que eu nunca senti isso por ninguém. Mas é algo forte, muito forte.

- Eu posso te ensinar a amar - ele diz baixo.

- E eu quero te amar - respondo.

Ele sorri e ataca meus lábios novamente em um beijo longo e rápido, me arrepiando novamente e fazendo as borboletas no meu estômago.

Dominic

Corto nosso beijo com a porta sendo aberta, e sorrio por finalmente a ter beijado e ter falado que a amava.

- Desculpa - o enfermeiro fala - Não queria trapalhar o casal, mas eu preciso limpar seus pontos e te dar os remédios.

- Tudo bem - falo - Vou dar uma volta.

- Vai voltar né? - Marie pergunta.

- Claro que eu vou - sorrio.

Me abaixo te dando mais dois selinhos me fazendo sorrir que nem criança quando recebe doce.

Te dou um sorriso e uma piscada e assim saio do quarto deixando ela com o enfermeiro.

No corredor encontro Tanner e vou até ele sorrindo bobo.

- Que sorriso bizarro é esse? - ele pergunta.

- Cara, eu amo a sua irmã - digo deitando minha cabeça no seu ombro - E ela disse que quer me amar também.

Sorrio ali no seu ombro lembrando do seus lábios doces e macios, seus dentes mordendo meu lábio, suas unhas arranhando minha nuca e sua respiração quente batendo no meu rosto.

- Então você está a fim da minha irmã, cabra safado? - ele diz e ri.

- Afinzaso - continuo com meu sorriso bobo - Sabe quanto tempo fiquei esperando um beijo dela?

- Pior que eu sei, sei de toda essa história - sinto seus braços passando pelo meus ombros - Espero que dê certo.

- Eu também. Ah! - quase furto de felicidade - Eu amo a sua irmã e ela quer me amar também! Tem noção disso?

Me afasto dele comemorando que nem criança, eu pulava em Tanner e ele ria.

Mas ele riu mais alto ainda quando Diana passou por nós e me olhou estranho.

- Sem esforços, Dominic - ela repreende - Isso inclui sem pulos, danças, corridas ou até mesmo sexo.

- Eu sei, desculpa - falo - Só estou feliz.

- Eu percebi - ela diz sorrindo de lado - Eu vou dar uma olhada na nossa dama de vermelho e já deixo vocês entrarem.

Ela avisa e caminha pra dentro do quarto, logo em seguida o enfermeiro sai também e ficamos sozinhos novamente naquele corredor.

- Ela disse sem sexo? - falo depois de um tempo e Tayler ri alto.

MY WORD Onde histórias criam vida. Descubra agora