Capítulos 20

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Esse barulho que eu ouço sempre ouço quando vou na casa da minha irmã. O choro de um bebê. Olho para os lados procurando o bebê que está chorando mas não vejo bebê nenhum.

- Papai, está vindo da lixeira. - Aidan diz.

Fico olhando para a lixeira em choque, não pode ser, levanto a tampa da lixeira e lá está, um bebê enroladinho em uma toalha rosa chorando. Pego o bebê e ele se acalma e olha para mim com os olhos cheios de lágrimas, seus olhos são verdes e sua cabeça é cheia de cabelo preto. Ele começa a chupar o dedo com força e percebo que está com fome e provavelmente com frio já que a única coisa que está espantando seu frio é a toalha.

- Vem Aidan vamos para casa. - digo.

- Nossa é mesmo um bebê. - ouço ele dizer.

Quando chego no carro coloco o bebê na cadeirinha e passo o cinto bem apertado em Aidan, a cadela vai na janela. Ao mesmo tempo que quero dirigir para casa o mais rápido que eu puder eu tenho que dirigir com cuidado porque tem duas crianças no carro. Quando chegamos em casa, Aidan corre para dentro e Bela vai atrás, tiro o bebê do carro e entro em casa mas assim que passo pela porta vejo Aly vindo em minha direção mas para quando vê o bebê.

- Vocês realmente acharam o bebê no lixo? - pergunta em choque e eu só consigo balançar a cabeça - Meu Deus, como ele está?

Ela corre até mim e pega o bebê que está dormindo. Subimos até nosso quarto e Kate aparece.

- O que aconteceu? - pergunta entrando no quarto - De quem é esse bebê?

Estamos tão concentrados no bebê que não respondemos.

- Eu e o papai achamos ele no lixo. A gente vai ficar com ele papai? - Aidan pergunta.

- Meu bem eu não sei. - digo.

- Amor ,vai em alguma farmácia e compra um pacote de fraldas. Aly diz desenrolando o bebê da toalha.

- Ta bom. - digo pegando as chaves do carro.

- É menina. - Aly diz entrando no banheiro.

Vou a farmácia super rápido e quando volto Aly está na sala dando mamadeira ao bebê, Aidan está na frente dela olhando tudo, Kate está calada no outro sofá observando.

- Onde você arranjou essa mamadeira? - pergunto entrando na sala.

- Era do Aidan. Estava em uma caixa com as coisas antigas dele mas estava lacrada.

A bebê também está com um macacãozinho branco com ursinhos.

- Me conta de novo como você achou ela , o Aidan me contou um pouco mas me explica direito. - ela pede.

Conto como foi que encontrei o bebê desde o sorvete até eu ter chegado aqui em casa.

- Será que foi essa menina que colocou o bebê na lixeira? - ela pergunta.

- Pode ser. O que vamos fazer? - pergunto me sentando ao seu lado.

- Temos que levar ela para o hospital e ver se está tudo bem. Ela é muito novinha, o umbigo ainda nem caio.

Ela começa a falar de um jeito tão materno que eu me perco em meus pensamentos até que ela me chama.

- Você liga para minha mãe e pede para ela preparar as coisas para nós irmos para lá?

- Claro.

Faço a ligação enquanto Aly faz o bebê arrotar e coloca um fralda nela.

- Esta tudo pronto? - pergunto.

- Sim ,nós já podemos ir. - responde, ela está com uma bolsa de bebê em um dos ombros e a bebê nos braços, tiro a bolsa de seu ombro e pego as chaves do carro e a carteira.

- Vamos. - digo e seguimos para a porta mas paro quando vejo que Aidan está vindo atrás de nós - Onde você pensa que vai, rapaz?

- Eu quero ir também.

- Filho nós vamos demorar, é melhor você ficar aqui. Porque você não pede a Rosie para te ajudar e arrumar a casinha da Bela?

- Tudo bem. - diz meio cabisbaixo.

Quando chegamos no hospital a mãe dela está lá nos esperando. Ela não pergunta nada e nos leva para uma sala , pede para deitarmos a bebê na cama e começa a fazer vários exames. Depois de todos os exames feitos a bebê está dormindo e a mãe de Aly finalmente fala alguma coisa.

- Então, me contém o que aconteceu. - ela diz com o bebê no colo.

Conto tudo desde meu passeio com Aidan até o momento em que eu liguei para ela. Quando termino de falar ela me olha triste.

- Pobre bebê, ela poderia ter pego uma doença naquele lixeira. O que vocês estão pensando em fazer com ela?

- Eu não sei. - digo e Aly confirma.

Ela nos olha por um instante e depois fecha a porta.

- Eu vou dar uma ideia para vocês. Esse bebê já sofreu demais e no momento o melhor é ela receber amor e carinho, os bebês sentem quando ao está errado. Depois de ter sido jogada na lixeira o que ela precisa é de uma família cheia de amor e carinho. - diz entregando o bebê a Aly - E se eu me lembro bem, o Aidan está querendo um irmão ou uma irmã.

Ela termina de falar e fica nos olhando, eu entendi o que ela está sugerindo e eu gostei da ideia. Olho para Aly e ela está pensativa.

- O que você acha amor? - pergunto olhando para ela.

- Eu acho que... - ela olha para o bebê - acho que é o melhor para ela.

Saio do hospital sorrindo. Colocamos a bebê no carro e começo a dirigir.

- Temos que escolher um nome para ela. - digo e ela fica pensativa.

- O que você acha de Amanda? Quer diz aquela que é amada. - diz.

- Eu acho perfeito.

Sigo em direção ao shopping . Eu , Aly e Amanda vamos para uma loja de bebê. Escolhemos algumas roupas, mamadeiras e coisas que vamos precisar para a Amanda.

Quando chegamos em casa já estava quase anoite, Aidan estava brincando na sala junto com Bela , quando nos vê levanta correndo.

- Vocês voltaram. - diz nos abraçando - O bebê está bem?

- Sim ,meu bem o bebê está bem. - Aly diz lhe fazendo carinho.

- Vem cá campeão, vamos conversar. - digo carregando ele até o sofá.

Aly senta ao seu lado com Amanda no colo e eu sento do outro lado.

- Aidan, já faz um tempo que você está nos pedindo um irmãozinho. - digo e ele balança a cabeça - O que você acha de ganhar uma irmãzinha?

- Eu quero uma irmãzinha. - diz contente - Eu vou cuidar da minha irmãzinha e vou proteger ela e vou ensinar ela a brincar.

- Filho, o bebê está precisando de uma família cheia de amor para ela ficar, ela precisa de um irmão para proteger ela e ensinar ela a brincar. - digo e ele olha para o bebê.

- Ela pode ficar na nossa família, e eu posso ser o irmão dela e ensinar ela a brincar.

- Então você quer ela como irmã?

- Quero.

- Então diz ,oi para Amanda, sua nova irmã. - Aly diz e como se percebesse nossa presença Amada abre os olhos e sorri.


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