Capítulo 23

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Josh

Já se passaram dois dias e não tivemos nenhum avanço na busca pela minha mulher e os meus filhos, agora a polícia está envolvida e está nos ajudando a procurar eles. Kate também desapareceu , eu estou a cada dia mais desesperado, eu não estou comendo, dormindo, eu só consigo pensar em como vou encontrá-los.

Como nos últimos dias eu já estou de pé antes do sol nascer, estão todos hospedados aqui em casa. É engraçado que eu não me sinta em casa, sem a Aly e as crianças eu não estou vendo sentido nas coisas, nesse pouco tempo em que eu conhece a Aly ela se tornou minha vida e eu não posso perder ela. Tomo banho no automático e arreparo na minha barba que começou a crescer . Saio do banho e visto uma calça jeans escura e uma blusa preta. Quando chego no andar de baixo está tudo silêncioso , vou até a cozinha e Dalton sentado em uma das banquetas bebendo alguma coisa.
- Não consegue dormir? - pergunta quando me vê e vejo seus olhos vermelhos indicando que chorou.
Balanço a cabeça e procuro alguma coisa na geladeira, não estou com fome mas me forço a comer alguma coisa. Aos poucos todos vão acordando, a manhã passa e nada de diferente acontece. Minha mãe, e a mãe de Aly ficam na cozinha ajudando Rose a preparar o almoço, elas fazem isso porque não aguentam ficar paradas pensando no que está acontecendo então fazem qualquer coisa para se manter ocupadas. Eu e os outros estamos sentados na sala olhando para o telefone em cima da mesa . Quando ele finalmente toca minhas mãos voam até ele e eu atendo. Era Denis.
- Alguma novidade? - pergunto desesperado.
- Na verdade sim. - diz fazendo meu coração disparar.
- O que aconteceu?
- Achamos seus filhos. - diz e sinto um alívio no peito .
Pego o endereço de onde eles estão e em minutos estamos todos na delegacia, minha mãe, minha sogra e Rose ficaram em casa. Assim que cheguei a delegacia avistei Denis conversando com uma senhora e com o delegado.
- Denis . - digo me aproximando.
- Josh. - diz quando me vê - Essa é a senhora Lenin , Josh foi ela que achou seus filhos.
- Obrigada senhora Lenin. - digo e me viro para Denis - Onde eles estão? Eu preciso vê-los .
- Claro. Delegado?
- Por aqui. - diz e nós o seguimos .
Ele para na frente de uma porta meu coração dispara, quando a porta se abre vejo a cabecinha pequena de Aidan inclinada sobre o baby conforto onde Amanda está.
- Filho. - digo com os olhos cheios de lágrimas.
- Papai. - ele grita e se joga nos meus braços.
Beijo sua cabeça e o abraço apertado, tentando parar as lágrimas que teimam em descer.
- Eu cuidei dela pai, eu cuidei da Amanda e não deixei ela sozinha, igual o senhor mandou. - diz e eu sinto orgulho.
- Você fez bem meu filho.
- Porque você demorou tanto? Nem você, nem a mamãe ,nem meu outro papai foram nos buscar. - pergunta chorando.
- A gente estava procurando vocês, mas não sabíamos onde estavam. - digo e ele se joga nos meus braços.
- Eu fiquei com medo, quando a tia Kate não voltou eu fiquei com medo. - diz.
- Não se preocupa eu estou aqui agora.
Tive que deixar eles um minuto para conversar com o delegado e a senhora, Jamie e Dalton ficaram com eles.
Quando voltamos para casa , Aidan correu para cozinha e Rose, minha mãe e minha sogra choram de tanta emoção, quando minha mãe vê Amanda chora ainda mais mas fica encantada com a menina. Estava dando banho nele quando ele fez a pergunta que eu temia.
- Onde está a mamãe, pai? - pergunta me olhando nos olhos.
- Aidan, sua mãe está desaparecida. Igual a você e a Amanda, a sua mãe sumiu e nós estamos procurando ela. - digo.
- Você vai encontrar a mamãe pai?
- Vou.
- Promete?
- Prometo.

Alicia

Eu já perdi a conta dos dias que estou presa aqui. Eu me sinto mais fraca a cada dia, os bandidos que me rapitaram estão me matando de fome , o quarto em que estou é frio de mais e eu estou praticamente deitada no chão já que o colchão que me deram é muito fino. Desde que o primeiro bandido veio falar comigo eu não vi mais ele, eu ouço eles mas em nenhum momento voltaram a falar comigo.
Eu não sinto mais fome, tudo que eu sinto é cansaço e por mais que eu só fique deitada aqui por vários dias eu sinto meu corpo extremamente cansado. Me perco em meus pensamentos e acabo dormindo, estava sonhando com Aidan, Amanda e Josh e era um sonho lindo que se transformou em pesadelo quando eu acordei sufocando como estivesse afogando. Antes que eu possa me recuperar alguém puxa meu cabelo me erguendo .
- Vamos princesinha, a diversão vai começar. - diz me erguendo.
Ele me puxa para fora e eu vejo seu colega me olhando com um sorriso irônico.
- Será que ela vai aguentar ficar em pé ? - seu colega pergunta sem muita preocupação - Ela tá parecendo meio mal.
- Aguenta sim. - diz desinteressado.
Ele me puxa para fora da casa e me faz andar até uma certa distância , depois me venda, ouço seus passos se afastando e rindo .
- Não se mexe. - ele grita de algum lugar.
Não sei o que pensar , ele vai me deixar aqui? Não que eu esteja reclamando , isso ia ser ótimo, mas eu estou venda da e minhas mãos estão amarradas o que não me ajuda muito. Subitamente um som de tiro ecoa e eu pulo com o susto então ouço os dois bandidos rirem , fico irritada mas não posso fazer nada então só me encolhida no meu lugar. Eles disparam mais duas vezes então param.
- Quem é você? - um deles pergunta.
- Fique parado aí. - ele tenta de novo mas seja lá quem for não fala nada.
Tiros são disparados e eu sinto minha orelha esquerda queimar, por instinto me abaixo já que é tudo que eu posso fazer. Mais alguns tiros são disparados e então tudo para e fica silencioso. Estou prestes a levantar e tentar a sorte fugindo que alguém me levanta puxando meus braços, mas me surpreendo quando solta minhas mãos.
- Não tire as vendas. - diz e essa voz não é a de nenhum dos bandidos mas ainda assim me soa familiar . Concordo com a cabeça - Eu vou te tirar daqui.
O estranho me puxa pela mão por algum caminha até que para e percebo que chegamos em um carro. Ele me faz sentar no banco de trás e começa a dirigir.
- Quem é você? - tomo coragem e pergunto.
- Na hora certa você vai saber. - ele responde depois de um tempo.
- Para onde você esta me levando? - tento de novo.
Ele me ignora e paro de perguntar , minha cabeça dói e minha orelha parece estar pegando fogo e eu estou escutando um zumbido constante.
Acabei dormindo em algum momento e só acordei quando o carro parou, ele abriu a porta e depois abriu a minha , me ajudou a descer e me soltou. Esperei que me ocupasse para algum lugar ou me mandasse andar mas tudo que ouvi foi o barulho do carro arrancando. Esperei por alguns segundos antes de acreditar que ele realmente tinha ido embora então finalmente tirei a venda e não acreditei no que estava vendo. Eu estava na minha casa.

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