prólogo

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[Só quero me afundar em seu amor]

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[Só quero me afundar em seu amor]

11 Anos antes

Tudo começou a mudar na minha vida em um dia aleatório de passeio escolar. Eu tinha treze anos e estávamos na fila para um dos brinquedos mais radicais do parque de diversões. Eu tinha conseguido convencer meus amigos Dante e Charles a irem na montanha-russa acompanhados do nosso professor de matemática, e a excitação borbulhava dentro de mim enquanto esperávamos nossa vez.

Mas o calor estava insuportável, e eu achei que iria derreter se continuasse parado ali, aguentando a luz do sol que queimava a minha cabeça. Eu queria muito ir no brinquedo, mas meu maldito nariz tinha outros planos.

_ Dimitri, o seu nariz.-Dante avisou, apontando para ele, e senti o líquido escorregar.

_ Desculpa, pessoal, eu já volto.- murmurei para meus amigos, saindo apressadamente da fila. O parque estava cheio, e a fila para o banheiro era imensa. Eu não tinha papel para estancar o sangue que escorria pelo meu nariz.

MERDA.

MERDA.

MERDA.

Percorri os corredores lotados, buscando desesperadamente por algo para me ajudar. Quando já estava desistindo e querendo gritar de raiva, uma garota de cabelos ruivos e sardas no rosto me parou. Ela devia ter a minha idade, mas parecia tão segura de si, ao contrário de mim naquele momento.

Ela tinha um brilho lindo de se olhar.

_ Você está bem?.- ela perguntou, com um olhar gentil em seus grandes olhos verdes. Antes que eu pudesse responder, ela desamarrou um paninho azul amarrado em seu pulso e me entregou.

_ Pode usar isso.- disse ela, sorrindo de forma reconfortante.

Eu peguei o paninho, envergonhado, sem conseguir desviar meus olhos dela. Ela era linda de uma maneira que eu nunca tinha visto antes. As sardas em seu rosto pareciam constelações, e seu sorriso era como o sol iluminando meu dia.

_ O-obrigado.-consegui dizer, ainda fascinado pela sua presença.

Ela apenas acenou com a cabeça e se afastou, desaparecendo na multidão antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa. Fiquei ali parado por um momento, o paninho nas mãos, pensando em como uma simples garota poderia ter feito meu coração bater tão rápido.

Foi ali, naquele instante, que percebi que algo dentro de mim estava mudando. Desde então, faria qualquer coisa para encontrar aquela garota de novo, para fazê-la sorrir para mim mais
uma vez.

5 Anos antes

Eu observo ela todos os dias na escola, perdido em pensamentos enquanto ela passa pelos corredores.

Entre a multidão de alunos, seu cabelo ruivo brilhava como uma chama em meio à escuridão. Cada vez que seus olhos encontravam os meus, meu mundo parecia parar por um breve momento.

Mas ela não lembrava de mim, nem sequer me notava...

Seus cabelos ruivos dançavam suavemente ao vento, e seu sorriso ilumina o ambiente como o sol que estava brilhando lá fora hoje.
É como se eu estivesse preso em um silêncio doloroso, incapaz de expressar o que sinto.

Não posso arriscar revelar meus sentimentos, não quando o medo do julgamento e da rejeição me consomem.

É um segredo que guardo comigo, um fogo que arde silenciosamente em meu peito. Se ao menos ela soubesse, se ao menos eu tivesse coragem de me declarar. Mas, por enquanto, prefiro manter-me nas sombras, observando-a de longe, saboreando cada momento em que nossos olhares se cruzam, mesmo que ela não perceba a profundidade do meu afeto.

Mas ela não sabia quem eu era.

Valência, nome que gira em mimha cabeça como um murmúrio suave nos recantos mais profundos da minha mente.

Como descrever a sensação que tenho ao vê-la?

É como se o tempo se curvasse diante da sua presença, como se cada momento se estendesse em uma eternidade de êxtase e desespero.

Mas Valência, ah, Valência, é uma estrela distante em um firmamento inalcançável. Como posso expressar meu amor por ela, quando mal consigo formular as palavras em pensamentos silenciosos? Como posso me aproximar, quando o medo da rejeição consome até mesmo a coragem mais fervorosa que habita em meu peito?

Mas, apesar de todas as minhas tentativas de negar, de sufocar essa paixão proibida, ela persiste, cresce como uma flor selvagem em um terreno seco e sem vida.

Porque, no final das contas, talvez seja melhor que Valência nunca saiba quem eu sou. Talvez seja melhor que ela continue sendo apenas um sonho distante, uma paixão secreta que me faz sentir vivo.

 Talvez seja melhor que ela continue sendo apenas um sonho distante, uma paixão secreta que me faz sentir vivo

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