9- Presos (Dimitri)

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"A gente fica mordido, não fica?"Zero- Liniker e os Caramelows

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"A gente fica mordido, não fica?"
Zero- Liniker e os Caramelows

Eu parei de dançar, sentindo o calor da música ainda pulsando em meu corpo. Valência me olhou com os olhos brilhando sob as luzes da boate, claramente confusa com a minha súbita interrupção.

Ah, eu amo essa mulher.

Eu amo esses olhos - olhos dos quais eu não consigo esquecer nem parar de admirar.

Havia algo naquele momento que eu queria prolongar, algo que a pista de dança não poderia oferecer. Desviei o olhar para nossos amigos, que estavam conversando e rindo mais ao fundo, aparentemente alheios à intensidade que crescia entre nós. Eles não perceberam, mas eu estava determinado a mudar o rumo daquela noite.

Eu precisava tê-la.

Sem dizer uma palavra, peguei a mão de Valência, sentindo a conexão entre nós crescer com aquele simples toque. Ela não resistiu, seguindo-me sem questionar enquanto eu a conduzia pela multidão até as portas do fundo da boate. O ar noturno nos envolveu assim que atravessamos para a parte de trás. O frio era um alívio bem-vindo após o calor da dança e da bebida, mas, ao mesmo tempo, não conseguia dissipar o fogo que ardia dentro de mim. Eu não sabia se era o efeito da bebida, mas meu corpo clamava por ela, por mais que a razão tentasse intervir.

Eu não soltei a mão de Valência, mantendo-a próxima enquanto a guiava até uma parede mais afastada. E então, sem aviso, a pressionei contra a superfície fria, sentindo seu corpo colidir suavemente com o concreto. Ela soltou um leve gemido de surpresa, que ecoou em meus ouvidos como uma melodia hipnotizante. Sorri para ela, encantado com o contraste entre sua delicadeza e a intensidade daquele momento.

_ Vai ficar sorrindo ou vai me beijar?- ela desafiou, com um tom que misturava provocação e desejo.

Aquela pergunta ressoou dentro de mim, trazendo à tona uma luta interna.

Eu quero tê-la, mas será que não estou indo rápido demais? Porra, Dimitri, você está com uma deusa na sua frente que quer te beijar, e você fica com esses pensamentos.

Eu podia sentir a tensão nos olhos dela, a expectativa de algo que ambos sabíamos que estava prestes a acontecer.

Minhas mãos tremiam levemente quando deslizei uma delas até sua nuca, sentindo a suavidade de sua pele. Inclinei-me para ela, permitindo que nossos lábios se encontrassem, inicialmente com delicadeza, mas logo se tornando algo muito mais voraz.

Os lábios de Valência eram quentes, e o beijo rapidamente evoluiu, tomando uma intensidade que eu não esperava. As mãos dela deslizaram para a minha cintura, puxando-me para mais perto, enquanto minhas mãos subiam para o seu rosto, segurando-a como se eu temesse que ela escapasse. Nossas línguas se encontraram, dançando em um ritmo próprio, uma mistura de urgência e desejo que quase nos consumia.

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