Where am I?

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Marrye Cullen
Miami . flórida
25.04.2024

minha respiração estava muito acelerada, eu estava com uma forte vontade de vomitar, agora eu sei o porque de eu sempre ficar desconfortável perto do meu pai, eu não lembrava, mas agora lembro, ele abusava de mim.

uma grande vontade de vomitar me corrói, ele tinha me drogado para que eu não percebesse que ele estava me tocando, faço força e consigo mexer meus braços, deve ser porque eu tomei só a metade do comprimido.

começo a me debater e ele percebe que eu estava acordada, seus olhos se arregalam e ele segura meus dois braços.

— porque está fazendo isso comigo — pergunto com uma voz de choro.

— porque você é minha — ele responde e da um sorriso malicioso — você é minha, somente eu posso tocar em você — ela acariciava e beijava meu rosto, fico enjoada e o empurro mas ele nem se mexia.

— EU SOU SUA FILHA— grito com ele — VOCÊ É MEU PAI — continuo gritando.

— não, você é minha, MINHA — ele sobe encima de mim e tenta tirar minhas roupas, começo a gritar e me debater — FICA QUIETA — sinto uma forte ardência em meu rosto, meu próprio pai havia me dado um tapa na cara, olho para ele decepcionada e começo a chorar — não, amor, não chora, perdoa o papai, perdoa, é tudo para o seu bem — ele diz enquanto beija meus lábios e meu pescoço.

vejo de canto de olho o vaso de flor no criado mudo e eu consigo o pegar, bato o vaso com força na cabeça dele quebrando-o, ele cai no chão e desmaia.

consigo me levantar e começo a descer as escadas rapidamente, mas estava difícil pois eu estava cambaleando, me segurava nas paredes mas finalmente consigo sair daquela casa.

saio andando rapidamente pela rua molhada pela chuva, estava chovendo e eu mal conseguia andar, mas eu já estava um pouco longe da minha casa, olho para trás e vejo um homem com um moletom preto de capuz e uma calça da mesma cor, olho para o tênis e vejo um air force, reconheço o tênis e percebo quem era, o homem de olhos puxados.

era só oque me faltava agora, ele começa a andar até mim e eu me desespero e começo a correr, na verdade eu tento, porque assim que eu corro eu caio no chão, comecei a me arrastar rapidamente, o chão estava me arranhando m, eu olhava para trás repetidas vezes, ele já estava perto.

consigo me levantar e olho para ele andando calmamente até mim, quer saber? eu estou cansada disso tudo, estou cansada de ser perseguida, cansada dos meus pais.

olho para ele e começo a andar até o mais alto, assim que ele me vê indo em sua direção, ele para e fica me encarando, cada vez que eu chegava mais perto, mais alto ele ficava, mas eu não estava nem aí.

paro na frente dele e finalmente consigo ver seu rosto, ele era lindo, muito lindo, seus rosto era bem definido, seus olhos eram asiáticos, seus cabelos negros e seu maxilar marcado.

e de repente ele é surpreendido com um tapa em seu rosto, sim, eu sei um tapa na cara do perigo, acho que estou afim de morrer.

ele olha pra mim com um olhar inacreditável é um sorrisinho.

— oque você quer de mim? — pergunto entre lágrimas, eu começo a chorar incontrolavelmente e ele fica sério — o que que você quer de mim? me fala — digo empurrando-o — para de me perseguir, eu não fiz nada para você, porque você faz isso comigo — eu gritava enquanto desabava de chorar, meu corpo fica mole e eu quase caio, mas ele me segura — eu não aguento mais, eu aguento mais a minha vida, se você que me matar, então tá, me mata logo, vai! — digo dando socos em seu abdômen — me mata, por favor.. — falo baixinho e tudo fica preto, totalmente preto.

...

abro os olhos aos poucos, minha cabeça fazia um som agudo exageradamente insuportável fazendo eu dar um gemido de dor, mas o som vai sumindo aos poucos enquanto aperto meus olhos com força.

sinto que estou em uma cama, uma cama muito macia, vou me espreguiçando e olhando para os lados, percebendo que eu não estava no meu quarto.

me sento rapidamente e olho para todos os lugares do local, era um quarto bem escuro, suas paredes pintadas por um tom de cinza bem escuro, a cama era enorme, havia meio que uma cabeceira de cama que vai parar até o teto com uma estrutura de madeira da mesma cor da parede só que em um tom um pouco mais escuro, aos lados dessa cabeceira havia ledes que estavam ligadas na cor vermelha, era a única fonte de luz ligada no quarto, embaixo da cama havia um grande tapete também cinza, o chão era de uma corre de madeira marrom bem escura, um criado mudo em cada lado da cama, uma poltrona na cor creme com uma almofada cinza e três prateleiras na parede a cada lado da cama também.

era enorme e muito luxuoso, estaria me sentindo uma milionária, se eu não estivesse em um lugar completamente desconhecido.

levanto da cama sem fazer barulho, vou bisbilhotando todos os lugares daquele enorme quarto, só aquele quarto é a minha casa inteira!

abro uma das portas e entro em um closet podre de chique, fico boquiaberta com o tamanho daquele cômodo, as paredes eram espelhos e havia muitas roupas, no teto, um lustre dourado chiquerrimo, havia o mesmo cheiro que o quarto, um cheiro de baunilha.

fecho a porta e abro outra, um banheiro, ligo a luz para ver melhor, me assustando com meu reflexo no espelho, estou acabada, olheiras embaixo dos meus olhos, eu estava toda descabelada, vejo que não estava com uma roupa minha, eu estava vestindo um vestidinho bem curto de dormir de ceda branca, era lindo mas extremamente vulgar, primeira vez que me vejo com esse tipo de roupa, me sinto completamente desconfortável, ajeito um pouco meu cabelo e saio do banheiro logo fechando a porta.

vejo que havia mais uma porta ali, provavelmente a porta para sair do quarto, quando ponho a mão na maçaneta...

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