já tinha dado mais o menos duas horas que eu estava sozinha naquela casa.
eu também não fui burra, comi tudo que eu aguentava, baguncei a casa inteira, tive leves surtos que me levaram a quebrar alguns espelho e cogitei em fugir milhares de vezes.
mas eu não fugir, porque? porque ele simplesmente deixou uma carta dizendo "seus pais estão em minha mira, nem cogite fugir".
eu estava vivendo o inferno na terra só naquele dia, eu mereço isso, jesus?
o pior de tudo é que eu não sei como eu vim parar aqui, como ele conseguiu me pegar e o porque de eu estar cheia de hematomas no corpo.
eu não lembro de nada, e uma coisa que ele me perguntou me chamou a atenção " porque saiu chorando de sua casa na chuva?".
será que eu briguei com meus pais? será que meus pais estão me procurando? será que Dean está sabendo que eu desapareci? meu deus, minha cabeça está uma confusão.
será que ele vai demorar mais? já faz um tempão que ele saiu, eu já explorei aquela casa inteira, não estou com ânimo para assistir televisão, bom, ele disse que eu não podia fugir, não que eu não podia sair.
eu posso dar uma passada na casa do dean só para dizer que eu estou bem, e não estou morta, pelo menos não ainda.
olho para a enorme janela que havia na sala ao lado do sofá, vou até ela e vejo que estamos no sexto andar, droga, como é que eu vou descer?
já sei!
entro em um quarto, acho que é quarto de hóspedes, mas estava bagunçado demais para ser um quarto de hóspedes, será que ele mora com mais alguém?
entro no mesmo e vou procurando lençóis no closet, acho um canto cheio, pego vários lençóis e volto para sala.
vou amarrando lençol com lençol bem firme até formar uma "corda" grande o bastante para eu poder descer.
acho que essa foi a ideia mais louca que tive em minha vida, mas eu vou morrer de qualquer jeito mesmo.
amarro um dos lençóis no sofá e jogo para fora da janela, pulo a janela devagar enquanto me seguro firme no lençol, vou descendo aos poucos, mas levo um susto após eu descer bem rápido e depois parar, olho para cima e vejo que o sofá foi arrastado até a janela, o sofá está colado com a janela, meu medo é que ele faça tanta força que acabe quebrando a janela e eu caia no chão.
vou descendo lentamente, olho para baixo e eu ainda estava no quarto andar, o sofá estava cada vez mais imprensando a janela, mas continuo descendo como se estivesse tudo sob controle.
enquanto eu vou descendo eu escuto um barulho, percebo que os lençóis estão se rasgando, entro em desespero e começo a descer mais rápido.
quando eu já estava no segundo andar eu escuto um barulho, o lençol se rasgou, e eu caio, foi tão rápido que não deu pra entender nada do que tinha acontecido.
minha cabeça, que bateu forte no chão, estava doendo muito, eu estava tonta e minha vista escurecendo, coloco a mão em minha cabeça e sinto algo molhado, olho para minha mão que estava encharcada por algo vermelho com o cheiro metálico, minha vista fica preta e eu desmaio.
...
abro os olhos e eu estou em um lugar estranho, era uma floresta escura, estava de noite, minha cabeça estava doendo, eu estava com uma agonia na garganta, como se tivesse sendo enforcada, como espinhos em minha garganta.
olho para trás e vejo um nevoeiro se aproximando, eu começo a correr na direção oposta ao nevoeiro, não sei porque eu estava correndo, mas eu não conseguia parar, eu estava ofegante e minhas pernas cansadas, eu tentava parar, mas não conseguia, de que eu estava correndo?
o nevoeiro chegava cada vez mais perto, até que me alcança, sou tomada por toda aquela fumaça, começo a tossir, mas minha tosse começa a sair molhada, começo a tossir em minha mão, vendo algo vermelho na mesma, era sangue, oque estava acontecendo comigo?
eu paro de correr e escuto algumas vozes, uma voz roca, era como um eco.
"não adianta fugir, eu sempre estarei por perto, mesmo sem você saber, você é apenas minha, anjinha"
essa frase soou como um eco, me arrepio por todo o corpo, minha respiração começa a falhar, até que uma hora ela para, sufocada por muito tempo, acabo desmaiando.
...
acordo em um pulo e com uma grande falta de ar, percebo que não se passava de um sonho, meu peito subia e descia rapidamente, eu estava sentada na cama, na mesma cama em que acordei da última vez.
minha cabeça latejava, e minha perna estava arranhada.
me levanto com muita dificuldade e entro na suíte, me olho no espelho vendo o meu reflexo, eu estava acabada, um corte em minha sobrancelha, também no ombro, braços e pernas.
oque aconteceu depois de que eu cair? oque mais quero saber é o contexto daquele maldito sonho, meu deus, nada mais faz sentido na minha vida, eu estou são assustada com tudo isso.
céus, eu fui sequestrada por um maníaco que está me perseguindo depois de eu ter a brilhante ideia de testemunhar ele assassinando alguém, agora ele diz que eu jamais vou sair daqui é que eu sou dele, como assim "dele"?
vejo que minha camisola estava rasgada e suja, preciso de um banho e de alguma roupa descente.
entro no closet que havia naquele enorme quarto, procuro alguma roupa que talvez caiba em mim, mas nenhuma serve, aquele cara é o triplo do meu tamanho, eu com meus míseros 1,60 enquanto ele tem oque? 1,83?
fora que ele parece duas geladeiras Eletrolux, com aqueles braços enormes, que dar até para ver as veias pulsando, seu tanquinho trincado, aquele pescoço... espera, oque é que estou pensando?
balanço a cabeça para espantar esses pensamentos.
continuo procurando até que tenho uma conclusão, peguei um camisetão que fica como um vestido em mim e pego uma cueca que ainda estava na etiqueta, obviamente ele não usou, quase que não cabia em mim, mas por sorte minha bunda é bem grande.
pego uma toalha e entro no banheiro, entro naquela água gelada em abundância, fazendo meus músculos desincharem e pararem de doer um pouco, lavo meus cabelos que estavam precisando e saio do banheiro.
tiro o excesso de água dos cabelos com a toalha e me enrolo na mesma, abro a porta para pegar as roupas que esqueci encima da cama.
ando até a cama e assim que vou pegar as roupas, sinto uma mão enorme puxando os cabelos da minha nuca e outra apertando a minha cintura, um corpo quente cola ao meu me fazendo arfar.
sua mão puxa meus cabelos torcendo minha cabeça cuidadosamente para o lado, sinto uma respiração quente em meu pescoço que estava gelado, fazendo ter meio que um choque, fecho meus olhos e mordo meu lábio inferior quando sinto leves beijos e mordiscadas em meu pescoço.
empurro ele rapidamente quando percebo oque estava acontecendo, ele sorri de lado e da uma risada nasal.
— não toca em mim garoto — faço uma posição de ataque, se qualquer coisa ele vir para cima de mim, eu dou um soco no mesmo, (como se isso fosse da certo já que ele é o TRIPLO do meu tamanho) — ou eu acabo com a sua raça.
— eu tentaria a sorte só para vê se você acabava com a minha raça mesmo — ele me olha de cima a baixo — mas infelizmente ou felizmente, você está sem nada por baixo dessa toalha, e sinceramente eu não iria me controlar — ele fala com um sorriso malicioso fazendo-me olhá-lo com uma cara enojada.
— saia daqui, tenho que me trocar — falo autoritária.
— o quarto é meu, se quiser se trocar vá para o banheiro — o olho incrédula e levanto uma de minhas sobrancelhas, pego as peças de roupa que estavam encima da cama e vou em direção ao banheiro — quer ajuda? — ele pergunta antes de eu entrar.
— vai pro inferno — grito e bato a porta com força, escutando uma risada do lado de fora. estúpido.
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OUR SIN
FanfictionMarrye e seus pais completamente rígidos e religiosos se mudam para a casa de sua avó após 1 ano de sua falência, em uma noite, a garota presencia um assassinato, oque ela não esperava era que ela virasse o maior alvo e maior obsessão do assassino...