Liza

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Marrye Cullen
miami . flórida
25.04.2024

nesses 3 dias não aconteceram muitas coisas, na escola, Dean sempre me salva de sofrer bullying das meninas, eu vivo com ele toda hora, eu descobri o nome daquela tal loira, é Julia, ela e suas amigas tem ódio de mim, eu descobri que a maioria dos alunos acham que eu e Dean nos gostamos, a maior mentira do mundo, meu Deus.

em casa está sendo um inferno, muitas brigas entre eu e meus pais, acho que só essa semana eu devo ter apanhado umas três vezes por nenhum motivo.

estou indo a igreja quase todos os dias, algumas pessoas me olham torto depois daquele ocorrido, e eu nunca mais vi aquela senhora de novo.

ah, e o homem de olhos puxados, vejo ele me observando pela janela todos os dias, e de noite eu fecho as janelas sempre antes de dormir, mas eleas sempre amanhecem abertas.

desço as escadas segurando as alças de minha mochila, vejo que meus pais estão na cozinha, não passo por lá.

— estou indo para a escola — grito e saio logo depois fechando a porta.

vou caminhando até a escola, pois os pinéus da minha bicicleta foram furados, não sei como, vou caminhando enquanto vou cantarolando uma música.

chego na escola e já vou logo para meu armário, percebo um olhar queimando em minhas costas, olho para trás encontrando júlia e duas cachorrinhas me encarando.

— perdeu alguma coisa na minha cara? — pergunto já de saco cheio das piadinhas dela.

— a santinha tá com raiva é? — ela pergunta se aproximando.

— quer ouvir a verdade, Julia? — pergunto e ela assente com a cabeça, as pessoas estavam se aproximando da gente, eu não vou brigar, não sou desse tipo, só quero falar uma verdade para ela — é melhor ser santinha, do que ser uma puta vulgar e barata, que sai por aí atrás de homem para preencher o vazio que seu pai ausente não preencheu — ela fica completamente sem graça e suas amigas arregalam os olhos, as pessoas estavam assobiando e fazendo uns barulho, ela fica vermelha e sai com raiva.

volto a olhar para o meu armário e depois de fechar minha bolsa, o fecho, as pessoas saíram de lá e eu andei até a minha sala.

...

já estávamos na terceira aula, eu estava tentando focar no professor, mas Julia e suas cobras ficavam me enchendo a paciência.

escuto uns risinhos perto da minha cadeira, olho para a cadeira de júlia, ela estava com bella, ela tem olhos castanhos claros e um cabelo preto, jessie, cabelos ruivos e olhos verdes e com seu cachorrinho, vitorio, ele é gay, cabelos e olhos castanhos escuro.

eles estavam rindo e cochichando enquanto olhava para mim.

— quer uma foto — julia pergunta com aquela voz forçadamente fina.

— deixa a garota em paz, julia — escuto uma voz feminina do meu lado, olho para a garota, seus cabelos e olhos castanho claro, um rosto bem definido, seu cabelo liso estava solto e ela estava com uma maquiagem bem marcante. pelo sotaque, ela com certeza não era daqui.

eu a reconheço, a alguns dias atrás júlia foi confronta-la e ela deu um tava em seu rosto, júlia ficou furiosa, mas eu não sei o seu nome.

— não se mete, liza — júlia fala olhando para a garota.

— deixe-a em paz, sua loira oxigenada — ela fala com um tom firme.

— porque? — ela debocha — você também quer uma foto?

— quer outro tapa?

imediatamente ela fecha a cara e muda de assunto com os amigos.

olho para a tal Liza ao meu lado, ela me parece muito familiar, principalmente sua voz.

— brigada — falo com um pouco envergonhada para a garota ao meu lado.

— nada, essa vagabunda está merecendo uma surra de novo — ela diz olhando para júlia de canto de olho.

— olha o palavrão — resmungo fechando meu caderno após o sinal tocar. ela da uma risada nasal e me olha com um sorriso.

— bem que eu percebi que você era certinha, mas não ao ponto de não falar palavrão.

— qual o problema? — coloco minha mochila nas costas — não está no meu vocabulário palavreados de baixo calão — ela me olha incrédula — até porque é pecado.

— nossa, você fala tão certo que me dá agonia — ela diz saindo ao meu lado da sala — "pecado"? — ela repete — você é da igreja?

— sim, é meu segundo lar — falo com um leve sorriso sem mostrar os dentes.

— bom, estava meio na cara, não sei nem porque perguntei — ela percebe que eu estou parada — está esperando alguém?

— sim, Dean — ela fica um pouco sem graça e vem para mais perto de mim.

— vocês namoram? — olho para ela incrédula.

— eca, não — falo quase como um berro — Dean é praticamente meu irmão, apenas isso.

— ufa — ela suspira — subserviente, desde que você chegou aqui, está rolando boatos que você é Dean namoram, ir que vocês não se desgrudam.

— que blasfêmia! — digo boquiaberta — bem que eu imaginava que estavam inventando essas coisas, as garotas me olham feio quando estou com ele.

— de verdade, ainda bem que vocês não tem nada — olho para a garota mais alta que eu, ela não era alta, eu que sou muito baixa, nunca conheci ninguém com a minha idade que seja tão baixa — é que eu meio que gosto dele, sabe?

a olho incrédula.

— você está gostando do Dean? — aponto para ela que afirma com a cabeça — estamos falando do mesmo Dean? Dean Hacker? — pergunto novamente.

— sim, estamos, porque?

— como você pode gostar do Dean? ele não penteia o cabelo, não toma banho quando volta da escola, assiste pornô asiático até na frente dos outros e ele usa a mesma cueca por três dias seguidos com preguiça de lavar!

— qual é, eu até entendo que isso seja nojento e tals, mas eu gosto muito dele, mas ele não dá bola para mim — levanto uma sobrancelha.

como ele não olha para liza? a garota é uma deusa grega, perfeitamente linda, todos querem ficar com ela.

— certo.. — olho para baixo com um pouco de receio — Dean pode até ser estressante, chato, irritante e bagunceiro, mas ele é um bom garoto — ela levanta uma sobrancelha.

- "bom garoto"? — ela repete — ele literalmente já ficou com quase todas as garotas da escola, ele é um galinha!

— não o deixe a enganar, eu conheço muito bem o Hacker, ele pode até ser galinha, mas quando ele se apaixona por alguém, ele se entrega completamente, ele não pensa mais em ninguém a não ser a pessoa.

ela me olha meio recebida.

— acredito em você — ela sorri — vamos comer antes que toque!

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