Dean

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Marrye Cullen
Miami . flórida
22.04.2024

termino de copiar oque havia no quadro de biologia e me ajeito na cadeira para prestar mais atenção na aula.

escuto alguns risinhos e cochichos, olho um pouco para trás para ver oque era, uma garota ruiva e a garota loira de hoje mais cedo estavam cochichando e olhando para mim, elas nem disfarçavam, ignoro e volto a prestar atenção na aula.

— bom, o sinal já vai tocar, então ant.. — o professor é interrompido pelo sinal — deixa pra lá— ela suspira.

arrumo minhas coisas e saio da sala, ando pelo pátio que estava cheio e esbarro em alguém.

— desculpe, não foi minha intenção — os dois garotos se viram para mim, eles usavam a camisa do time de lacrosse da escola, eles me olham de cima a baixo com um sorriso ladino.

— que nada, gatinha — um garoto de cabelos negros fala mas o outro cara da uma pequena cotovelada em seu braço fazendo o de cabelos pretos o olhar confuso.

— nossa, você tem que olhar por onde anda, agora meu braço está doendo — o loiro fala com um semblante de dor enquanto alisava seu braço.

que fingido, eu nem esbarrei tão forte assim, foi bem devagar na verdade.

— desculpe mesmo, não foi a minha intenção — peço mais uma vez.

— não, agora você tem que me pagar — o loiro rebate.

— você quer que eu te der dinheiro só porque eu esbarrei em você sem querer? — pergunto incrédula.

ele vem mais pra perto e segura meu queixo.

— não, docinho, estou falando que você tem que pagar outra coisa — ele fala com um sorriso malicioso.

do que ele está falando? eu não estou entendo.

— afaste-se dela, Kellan — ouço uma voz grossa e familiar atrás de mim. o loiro olha para trás de mim e se afasta.

— qual é, Dean? não se mete onde não é chamado — o loiro rebate.

— eu estou avisando — sinto o garoto que está atrás de mim vir para mais perto, ficando pouquíssimos centímetros longe do meu corpo — saia. de perto. dela — ele diz pausadamente.

o tal kellan revira os olhos e sai junto ao seu amigo. me viro rapidamente para ver quem era o garoto atrás de mim, ele era alto e forte.

pelo cabelo loiro, olhos claros, maxilar marcado e a voz familiar, não tinha como não o reconhecer, era ele, Dean.

— eae, pequena — ele diz sorridente, abro um grande sorriso e o abraço fortemente.

— Dean, eu estava com tanta saudade — digo com a voz abafada melo seu peitoral.

eu e Dean nos conhecemos desde meus 10 anos, eu sempre o via quando vinha visitar minha avó e ele também ia passar alguns finais de semana na minha casa, ele é o único amigo que eu tenho, somos como irmãos.

— eu também — a gente se solta do abraço — a gente não se ver desde o enterro... — ele fala cabisbaixo.

— sim... — olho pro chão — mas agora a gente vai se ver todos os dias — abro um sorriso enorme e ele também.

— porque não contou que vinha morar aqui? — ele perguntou segurando em minha mão e começando a andar até o refeitório.

— eu queria fazer uma surpresa — a gente entra no refeito rindo e todo mundo começa a olhar pra a gente, principalmente as garotas, a loira de hoje mais cedo ficou me olha fio com ódio, não sei porquê.

fico vermelha de vergonha por receber tantos olhares, uns de malícia, outros curiosos e de raiva, exclusivamente das meninas.

a gente continua andando até a cantina, ele pega a bandeja dele é assim que eu vou pegar a minha, lembro do que minha mãe falou "vai ficar mais gorda do que já está".

— não vou comer, estou sem fome — ele me olha confuso.

— você está sem fome? — ele repete — isso sim é novidade — dou uma pequena risada — pior que eu também, vou só pegar uma maçã — ele pega a maçã e a gente sai da cantina, sentando em uma mesa vazia um do lado do outro — quer um pedaço?

— não, estou bem — minto, na verdade minha barriga está doendo de fome, mas se eu continuar assim, vou engordar mais do que já estou.

nunca me achei gorda, nem ninguém nunca me falou isso, apenas minha mãe, ela me acha corda pelas minhas pernas serem grossas, quadril um pouco largo e a bunda grande, mas eu não entendo, eu nem tenho muita barriga, só porque eu tenho algumas coisas a mais não quer dizer que eu esteja acima do peso.

— você está estranha — ele diz me encarando com um semblante pensativo — está mentindo.

— oque, como assim? — pergunto confusa.

— cullen, você é praticamente minha irmã mais nova, eu te conheço muito bem para saber que você está mentindo — ele diz sério mordendo mais um pedaço de sua maçã.

— porque eu estaria mentindo? — pergunto mesmo sabendo a resposta — eu só estou sem fome, não é como se eu quisesse comer toda hora.

— o problema não é esse — ele rebate — eu sei quando está mentindo, você sorri apenas com os dentes, e faz uma cara estranha — ele diz e eu fico calada — você está querendo emagrecer marry? — ele pergunta e eu não respondo — sua mãe está fazendo aquelas coisas de novo? — olho para baixo — ela está, olha não liga para as coisas que ela fala, certo? você é a garota mais linda que eu já vi na minha vida, não se preocupa com o que Rory diz.

ele me abraça de lado e eu dou um sorrisinho, olho para sua maçã e me levanto o fazendo me olhar confuso.

— espere um minuto, volto rapidinho — ele assente com a cabeça e eu vou até a cantina — com licença — chamo atenção da mulher da cantina — a senhora pode me dar três pedaços de bolo, uma maçã, biscoitos de baunilha, suco de laranja e um brownie, por favor? — a mulher me olha assustada.

— claro, por esticar — ela diz e depois d rum tempinho ela me dá a bandeja com tudo que eu pedi — aqui estar.

agradeço e volto para a mesa, sentando ao lado do Dean, olho para o lado e vejo aquela loira me olhando com raiva de novo.

— senhor, deu para perceber que você não estava com fome — ele diz e rimos — mas eae, não vai me dar nem um pedacinho?

— sai daqui, garoto — bato na cabeça dele — você disse que não estava com fome.

— você também!

— tô nem aí — dou de ombros com a boca cheia de bolo e ele começa a rir, me fazendo revirar os olhos.

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