o filho de baji keisuke - tokyo revengers

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Bom...Faz umas duas semanas desde que eu disse isso. Nesse meio tempo, minha cabeça esteve ocupada por mil e uma paranóias. Ja mudei de ideia umas 6 vezes, ouvi sermões do meu irmão, ja pensei que seria melhor se nunca tivéssemos saído de Los Angeles, já até pensei em mudar nossos nomes, mas...Não fazer o que eu disse que decidi, significaria que eu estava fugindo novamente e acho que 7 anos me desgastando com isso tudo já foi tempo mais que o suficiente fugindo.

Depois daquele dia no festival, eu soube: Preciso acabar com isso. Agora.
Nunca estive fugindo de Keisuke, sempre estive fugindo de Kisaki e ele já está por tempo demais tendo influência na minha vida ou, nas nossas vidas.

Neste momento, o meu carro está estacionado em frente ao Petshop de Keisuke. Encaro as minhas mãos suando, me olho no retrovisor como se precisasse ser encorajada pelo espelho.

Ao me observar, não deixo de me achar uma maluca, estou prestes a por em risco o meu filho, o pai dele, o meu irmão e de bônus, à mim mesma.

Quando percebo, já estou fora do carro, parada segurando a maçaneta de vidro do Petshop. É como se eu estivesse me deixando levar pelas emoções antes que a razão tome o controle da minha cabeça e me faça dar meia volta.

Olhei para a minha mão segurando a maçaneta. Se eu hesitar por mais um segundo vou desistir, pensei, então, logo empurrei a porta e adentrei ao Petshop.

Olhei para frente, caminhando alguns passos e inclinando a cabeça para os lados, verificando que pessoas haviam ali entre as prateleiras. Vi de relance que Kazutora atendia uma moça que estava junto de duas crianças, pareciam um pouco mais novas que Izumi, brigando pra ver quem ia ficar segurando um filhotinho de cachorro.

Andei mais um pouco, Chifuyu atendia um cara acompanhado de um cachorro lindamente grande e peludo. Haviam outras pessoas aleatoriamente andando entre as prateleiras, algumas segurando bichinhos. Sem sinal de Keisuke...Cogitei a possibilidade dele estar no balcão, mas quando me aproximei, ninguém estava ali, com a exceção de um gato de olhar bem debochado deitado preguiçosamente sobre o balcão. Parei por alguns segundos em frente o balcão, na expectativa de que alguém fosse aparecer. Respirei fundo, soltando um suspiro para tentar acalmar os meus nervos, arrastando minhas mãos trêmulas e suandas pela roupa.

Até ouvir alguém se aproximar atrás de mim. "Oi, posso ajudar?", me virei para ver a pessoa de voz familiar e vi suas sobrancelhas se levantarem de surpresa.

Chifuyu- Ah! Olha só quem não sumiu

Ele falou com um sorrisinho se formando em seu rosto, estava acompanhado do grande e peludo golden retriever, quase sedi a tentação de me abaixar para abraçar aquele cachorro. Chifuyu cruzou os braços parecendo interessado no porque de eu ter voltado ali.

Chifuyu- Bom te ver de novo, oque veio procurar dessa vez?

Encolhi os ombros e forçei o melhor sorriso de despreocupação que pude.

Sn- É bom te ver também...É...Eu vim aqui pra...

Eu desviei de seu olhar, observado o cão. De alguma forma, a presença daquele lindo cachorro gigante ao seu lado tornava toda a situação menos pavorosa. Mordi o lábio e cerrei os punhos tentando juntar coragem.

Chifuyu- Você parece meio...Ta tudo bem?

Voltei os meus olhos para as pupilas verdes que me encaravam com um pouco de aflição.

Sn- O Baji ta aqui?

Parece que esta pergunta prendia o meu fôlego, assim que consegui fazê-la, me deixei soltar um suspiro de alívio. Ao ouvir minha pergunta, a feição que Chifuyu fazia parecia tentar esconder um leve sorrisinho.