capítulo dez

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oi oi gente, boa noite! Trago mais um capítulo aqui pra vocês

Queria dar boas vindas aos leitores novos e deixar claro que essa é uma leitura leve (com alguns gatilhos), mas não são capítulos imensos e nada disso. Mas de todo jeito eu espero que vocês curtam

Tive uma pequena ajuda da minha amiga baiana, amandita (alô jurídico qzverso) e do Google também. Então salve para Bahia aí viu. Se tiver leitores baianos, me desculpem se falei alguma besteira KKKKKK

No mais é isso, comentem e votem e me desculpem os erros

Boa leitura...
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NARRADOR POV

:- Eu te amo abuela, pode descansar que eu vou ficar aqui com a senhora - Lauren sussurrou enquanto fazia carinho nos fios de cabelo da mais velha, enquanto tinha a cabeça dela em seu colo. Sentia vontade de chorar, mas tinha que demonstrar força naquele momento.

Era Quinta-feira à noite e Angélica tinha voltado de mais uma sessão de quimioterapia. Ela voltava fraca, enjoada e muito indisposta e era horrível vê alguém que normalmente era cheio de energia ficar tão mal quanto ela ficava. Às vezes tinha que ser forçada a comer, porque ficava tão enjoada que vomitava o pouco que tinha no estômago. Olívia não entendia muito, mas Lauren e Clara ficavam com o coração apertado ao vê a matriarca da família tão mal

:- Ela dormiu? - Clara colocou a cabeça dentro do quarto e viu a cena que acontecia sempre depois de uma sessão. Lauren assentiu e limpou algumas lágrimas silenciosas que escorriam sem que ela tivesse controle - Vem cá meu amor - ela chamou, e a mais nova cuidadosamente se desvencilhou de Angélica, colocando sua cabeça no travesseiro e saindo do quarto, indo diretamente até os braços da mãe que estavam abertos para recebê-la

:- É tão difícil mãe, dói tanto ver ela assim - fungou e escondeu o rosto em seu pescoço, procurando o apoio que as duas cultivavam naquelas horas. Uma era a força da outra e as duas juntas eram a força que Angélica precisava para lutar.

:- Eu sei filha, mas sua avó é forte. Vai ficar tudo bem, sim? - Clara beijou o topo da cabeça de sua filha mais velha com o coração dolorido. Não gostava de falsas promessas, ainda mais quando tudo era incerto e ela não tinha controle sobre aquilo, mas ela precisava ser o pilar da família quando tudo parecia desandar. Aquilo também era bom para ela, porque se agarrava em suas próprias palavras acreditando fielmente nelas.

O câncer de Angélica tinha sido descoberto fazia pouco tempo. Câncer no colo do útero com metástase no períneo. Seriam longas sessões de quimioterapia, até ela estar preparada para a cirurgia, então aquele sofrimento iria durar por meses. Angélica tentava ser forte e mostrar para suas meninas que iria ficar tudo bem e que aquilo era sua uma fase ruim de suas vidas, assim como acontecia muitas vezes em qualquer família. Mas que elas iam vencer os obstáculos juntas e chegar na linha de chegada com a vitória.

Clara levou Lauren até o seu quarto e lhe deu um beijo de boa noite, indo em seguida até o seu, que era o último do corredor, e finalmente desabando. Tinha que demonstrar uma força a qual às vezes ela não tinha e era difícil se manter firme diante de tudo aquilo. Tinha medo por sua mãe, que era a base daquela família, não queria pensar que, se tudo desse errado, ela não estaria mais ali.

No quarto da adolescente, a morena se virava de um lado para o outro na cama e o sono não chegava. Pensou em mandar uma mensagem para Camila ou Normani, mas não queria atrapalhar as duas meninas. Se levantou agoniada e mirou a última porta do corredor. Sabia que sua mãe estaria acordada e que seu colo seria muito bem vindo, mas mudou a rota e caminhou na outra direção.

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