entrevistas

23 6 3
                                    

Uma empregada aproximou-se.

– Alteza, a Sra deve comparecer hoje, às 9 em ponto, em frente ao Palácio de Buckingham. Alguns entrevistadores estarão lá para entrevistá-la.

Georgina franziu a testa com a notícia e soltou um suspiro frustrado. Ela se sentia exasperada com a falta de consideração dos entrevistadores, que pareciam ignorar completamente sua necessidade de espaço e privacidade durante esse período de luto.

– Mas que diabos! Eles não sabem mesmo respeitar uma mulher de luto? – desabafou ela, sua voz carregada de irritação e tristeza.

A empregada abaixou os olhos em sinal de respeito, compreendendo a frustração de Georgina.

– Sinto muito, Alteza. Eu apenas estou repassando as ordens que recebi.

Georgina assentiu, consciente de que a empregada não tinha culpa pela situação. Ela se esforçou para manter a compostura, apesar da indignação que fervilhava dentro dela. Com um aceno de cabeça, ela dispensou a empregada, decidida a enfrentar mais esse desafio com a mesma dignidade que sempre mostrava ao lidar com as adversidades da vida na realeza.

Jack, hoje, 9 horas, Palácio Buckingham, entrevista.

– Por quê?

– Os jornalistas querem falar comigo sobre a tia Diana.

– Isso parece difícil pra você.

– Sim, é difícil, mas uma vez juntos, sempre juntos. – sorriu.

Sim, juntos. Eu sempre estarei aqui pra você, mamãe.

– Obrigada pelo seu apoio, Jack. Você é um garotinho muito esperto e especial.

Georgina se levantou da mesa e fez um gesto para Jack, indicando que era hora de se preparar para a escola. Eles se levantaram juntos e começaram a se locomover pela casa, enquanto Georgina pegava a mochila de Jack e o ajudava a se arrumar para o dia de aula. Ela seguia cuidadosamente cada passo, garantindo que Jack estivesse pronto para enfrentar o dia.

Eu te buscarei dez minutos antes, tá bom? – Georgina gesticulou, enquanto Jack assentiu, sorridente.

Jacob se sentara à mesa da cozinha, desfrutando de seu café da manhã enquanto Georgina preparava algumas torradas e frutas para ele. Ela observara com ternura enquanto ele comia, sentindo um orgulho silencioso por seu filho.

Depois de terminar o café da manhã, Georgina ajudara Jacob a se preparar para sair, certificando-se de que ele tivesse tudo o que precisava para o dia na escola. Eles se despediram dos empregados do palácio e saíram juntos em direção ao carro real que os esperava do lado de fora.

Ao chegarem ao carro, foram recebidos pelos motoristas reais, que os cumprimentaram com respeito e abriram a porta para que entrassem. Georgina e Jacob se acomodaram confortavelmente no banco traseiro do carro, e o veículo partiu suavemente.

Após aproximadamente 45 minutos, o carro finalmente chegou à escola de Jacob. Os motoristas reais abriram a porta e os ajudaram a sair, desejando-lhes um bom dia. Inúmeros flashes começaram a iluminar o rosto da princesa incansavelmente enquanto ela saía do carro real e acompanhava Jacob até a entrada da escola. Georgina tentava manter a compostura diante dos fotógrafos que capturavam cada momento, mas por dentro, sentia-se invadida pela intrusão em sua vida privada. Ela segurava firmemente a mão de Jacob, buscando conforto na presença do filho enquanto enfrentava o tumulto dos paparazzi. Determinada a protegê-lo do frenesi da mídia, ela o abraçou com força antes de finalmente entrarem no prédio da escola, deixando para trás os flashes e a agitação temporariamente.

Dentro da escola, Georgina e Jacob foram recebidos pelo diretor, que os cumprimentou calorosamente e os conduziu até a sala de aula de Jacob. Enquanto caminhavam pelos corredores tranquilos, Georgina sentiu um alívio ao deixar para trás a agitação do lado de fora.

A escola era um ambiente acolhedor e inclusivo, projetado especificamente para atender às necessidades dos alunos surdos. Os professores eram fluentes em linguagem de sinais e adaptavam o currículo para garantir que cada aluno pudesse alcançar seu pleno potencial.

Georgina observava com admiração enquanto Jacob interagia com seus colegas de classe, todos se comunicando através da linguagem de sinais com facilidade e fluidez. Ela sentia-se grata por ter encontrado um ambiente onde seu filho pudesse se sentir verdadeiramente incluído e compreendido.

Após se despedir de Jacob, Georgina saiu da escola e foi recebida pelo carro real, que a esperava pacientemente. Enquanto o carro se afastava da escola, Georgina olhou pela janela, refletindo sobre a importância de proporcionar a Jacob uma educação que respeitasse e valorizasse sua identidade.

ATRAVÉS DO BRILHO DAS ESTRELAS | MJOnde histórias criam vida. Descubra agora