ME DIGAM OQ ACHARAM DISSO AQUI!
eu estava fazendo aquilo, depois de muito tempo pensando em como faria, hansei mantinha o caos lá fora para que ninguém entrasse no convento e de fato acreditassem que estava pegando fogo, disse as pessoas que voltaria pra me procurar e alimentou a chama que causamos com cobertores enrolados no corredor, literalmente colocamos fogo em um convento.- hansei, vamos pro inferno!
- eu já tinha certeza disso baixinho, eu já tinha certeza disso. - ela disse enquanto jogava mais álcool na fogueira, ao mesmo tempo que água pra conter o fogo.
- tá quase lá! - falei alto. - taehyung você tá aí? você tá bem? a fumaça tá te atrapalhando a respirar? - perguntei.
- fale meu nome de novo. - ouvi a voz baixa pedir.
sorri, sem conseguir evitar.
- kim taehyung. - falei e logo depois a furadeira finalmente furou a parede, e depois foi fácil alargar o buraco o suficiente pra que eu pudesse enxergar lá dentro, só espaço o suficiente para dois pares de olhos.
- soa como música. - sussurrou e eu pude ouvir ele respirar fundo, puxando todo ar que conseguia, e repetindo por alguns momentos.
- hansei, apaga o fogo. - falei e ela sorriu pra mim e fez.
- você é completamente pirado. - a loira falou e eu ri pra ela.
- não diga.
ela apagou o fogo, e saiu dizendo que eu e ela tínhamos contido, que a culpa era de alguma freira que jogou uma guimba de cigarro acesa em cima de cobertores que estavam pra lavar.
quem seria a freira culpada?
demorei um pouco pra olhar pra dentro do buraco, mas quando olhei, vi um anjo, de bochechas mais gordas agora e olhos vermelhos, sorrindo pra mim encostado em uma parede oposta.
- obrigado amarelinho, você me fez respirar de novo.
- quando lhe faltar ar, eu te darei o meu. - sussurrei antes de ouvir passos e empurrar o guarda roupa de forma que tampasse o buraco. minha última visão do quarto foi um sorriso ladino, sacana, completamente viciante, meu quarto agora cheirava a rosas.
o resto do dia foi caótico, todos estavam assustados mas agradeciam a mim e a hansei por salvar o convento, engrandeciam nossa coragem e o fato de estarmos dispostos a nos sacrificar por elas como jesus se sacrificou por nós.
ri em alguns momentos pra minha nova amiga e ela também fazia diariamente.
o tempo passou rápido e aquele dia finalmente tinha acabado, conseguimos ligar uma furadeira em um convento silencioso sem que ninguém desconfiasse; minha auto estima estava -literalmente- nos céus.
tomei um banho morno, molhando os cabelos e os jogando pra trás, coloquei uma blusa cinza e uma calça de moletom também cinza, só sequei o cabelo com a toalha, os deixando úmidos.
arrastei devagar o armário para poder vê-lo e ele tinha colocado uma cadeira perto do buraco. ri pela ansiedade do outro, ignorando a minha.
- finalmente posso te ver. - ele disse, me fitando inteiro com aqueles olhos vermelhos viciantes. droga.
- eu que deveria falar isso
- você foi brilhante, quem liga uma furadeira em um convento. - riu pra mim, eu não conseguia parar de olhá-lo.
- a hansei me ajudou, uma noviça qual fiz amizade. - finalmente depois de segundos, pisquei. - ela não me acha maluco por conversar com você, na realidade ela acha emocionante.
- talvez ela também tenha o demônio dela para conversar. - a voz estava rouca. - me preocupei quando ouvi sobre fogo mas não te vi lá embaixo.
- sabe que não te deixaria aqui com o lugar em chamas, não é?
- você não teria escolha, amarelinho. - a voz soou diferente. - fogo humano não me queima, não se preocupe com essa parte. - colocou um dedo no buraco, apoiando a mão do lado dele.
- posso te tocar? - ele riu.
- não vou te morder se você não pedir. - suspirei antes de levar meu dedo ao seu.
- você é mais gelado quando eu to acordado. - confessei.
- vim de um lugar muito quente, precisa de muito para me aquecer. - soprou no buraco, o vento gelado bateu na minha mão.
- você veio do inferno? - ele riu, um pouco alto demais.
- eu vim do céu, o céu é completamente quente, já o inferno é gelado, abandonado de tal forma que nem as chamas acendem lá. - circulava seu dedo em volta do meu.
- ouvimos histórias ao contrário sabe, desde criança. - tive um pequeno flashback de todas as vezes que meus pais me fizeram escutar sobre o inferno por ser gay.
- o inferno depende pra cada pessoa, cada um vai ver de um jeito, entende? ele se torna como você acredita que ele vai ser. - abaixou os olhos para que eu pudesse vê-los, sem tirar o toque dos meus dedos. - eu ainda vou te levar lá, jungkook, ao céu e ao inferno, vou te levar pra conhecer cada parte do mundo e depois do meu mundo.
- eu vou esperar por isso, dimitri.
ele me fitou.
- sua boca foi feita pra falar meu nome. - sussurrou. - alguém acordou, vá, amarelinho, amanhã nos veremos mais.
me alertou e então se levantou, arrastei o guarda roupa e corri pra minha cama, deitando e fingindo dormir.
alguns minutos depois acabei dormindo de verdade, me entregando de tal forma que acredito que nessa madrugada eu tenha até babado, estava exausto.
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Olhos carmesim.
FanfictionQuando o recém convertido Jeon jungkook é mandado pro convento pelos seus pais pra limpar sua alma pecadora, ele aprende que o maior pecado mora no quarto ao lado, trancado a 7 chaves e algumas freiras e noviças rezando terço. Oque fazer quando um i...