CAPITULO 01

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O local é Londres, uma grande marca de acessórios luxuosos contrata os rapazes do BTS pra serem garotos propaganda da marca.
O ano é 2026, final do verão Londres, o tempo já esta frio, porem ainda agradável, as folhas ja estão começando a cair e ficar laranjas, toda a atmosfera muda nessa época, as pessoas mudam, ficam mais calorosas, pelo menos nessa parte de Londres que moro.
Meu nome é Ninna, sou uma mistura de Coreana com Londrino, minha mão é de lá e meu pai daqui, em um intercambio da minha mãe em Londres eles se conheceram e se apaixonaram perdidamente, terminando com meu pai indo pedir a mão da minha em casamento pra os meus avós la na Coreia. Sim, sou fruto de um Dorama, daqueles bem clichê, não me envergonho disso, acho linda a história deles.
Meu pai era estudante de fotografia e minha mãe veio pra um intercâmbio de Artes, se conheceram em uma das visitas do meu pai ao Museu do Louvre em Paris, essa história deles é perfeita, foi um simples esbarrão e uma desculpa meio enrolada em inglês que fisgou o coração do meu pai. Ele diz que foi ali que caiu de amores pela minha mãe. Depois desse dia, eles nunca mais se separaram, de verdade mesmo. Ela veio pra Londres junto com intercâmbio e se instalou em uma pousada de estudantes a exatas 3 quadras da casa do meu pai.
Destino? Talvez! Não costumo acreditar nessas coisas, mas, essas coisas acontecem mesmo.
Mas, por fim, meu pai montou um studio fotográfico, que logo subiu no conceito das grandes marcas da Europa e de studio ele abriu a empresa, que hoje que administra sou eu. Ele foi pra Coreia curtir a melhor idade junto com minha mãe, nos vemos pelos menos 1 vez por ano.
Eu cresci nesse meio, as obras que minha mãe pintava ainda estão expostas em alguma galerias famosas aqui de Londres e outras em Paris. Uma delas foi vendida para um famoso lá da Coreia, não sei quem foi, mas ele participou de um leilão online durante a pandemia, e arrematou a obra por um valor quase 10 vezes maior, tudo foi revertido para os doentes e as vitimas da Covid-19. Meus pais são assim, acho que eles vieram pra fazer o bem sem olhar a quem. Me orgulho muito disso.
Eu tive a oportunidade de conhecer bastante lugares do mundo todo, viajei por vários países, conheci culturas novas e fiz um intercambio em Nova York, e foi lá que minha filha foi gerada, num rolo de intercambio.
Pensei que meus pais iriam surtar, falar que acabei com a minha vida e essas coisas que os pais falam. Mas não, eles ficaram super felizes e animados com a ideia de serem avós, mas isso me assustou, eu tinha apenas 23 anos quando tudo aconteceu, não precisei parar a minha vida por causa da gravidez, minha mãe viajou pra Nova York e ficou comigo até a minha pequena Lisa nascer.
Meu intercambio que duraria apenas 1 ano, se estendeu por mais 1 e meio.
Lisa nasceu saudável, esperta e era um bebe muito calmo. Mathew, o pai dela, era um rapaz exemplar, filho de uma família tradicional, porem não era tão bitolada, que aceitou tranquilamente essa bebê fora de hora.
Eu e Mathew não tivemos um relacionamento duradouro, foi um lance que sabíamos que duraria o tempo do nosso intercâmbio, mas sim numa festa, ficamos bêbados e a Lisa veio no susto, porem não menos amada, como se tivesse sido planejada.
Fiquei com ela até os 2 anos, que foi quando meu pai decidiu se aposentar e me deixar responsável pelo studio/empresa de fotografia, comecei a não ter mais tempo, vivia na ponte aera NY/Londes. Isso me sugava e quase não tinha tempo pra mais nada em relação a minha filha, tudo passava rápido, e ela sentia a minha falta. Em uma conversa civilizada com o pai dela decidimos que seria melhor que ela ficasse de vez com ela, e não mais nesse vai e vem toda as vezes que precisava me ausentar.
A partida foi dolorosa, mas como era o melhor pra ela, resolvi ir embora e deixá-la com o pai. Alguns anos depois Mathew se casou com uma mulher maravilhosa que adotou minha filha com uma mãe de verdade, me deixava mais tranquila
Lisa vinha em suas ferias escolares, que era quando tirava uns dias para nós duas, com 10 anos ela ja conhece toda a Europa, e, é louca pra ir conhecer a casa dos Avós maternos.
E assim é a minha vida.
Sou Ninna, fotografa, mãe e empresária, descente de um londrino que se apaixonou por uma coreana, e eu nasci, olhos levemente puxados, castanho claro, cabelo liso e claro. Exótica, sim, porem um ser humano comum, que só quer ser feliz, com as mínimas coisas, exigente e perfeccionista, quem gosta de mim, me ama,  mas pra não gostar é um pulo.

 Exótica, sim, porem um ser humano comum, que só quer ser feliz, com as mínimas coisas, exigente e perfeccionista, quem gosta de mim, me ama,  mas pra não gostar é um pulo

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