O horário vai se aproximando e ambos estão nervosos e tensos, Nam sai do hotel e, discretamente pede um taxi até o apartamento dela, antes de chegar manda mensagem dizendo estar próximo, Ninna sente o coração bater mais forte e a respiração ficar mais pesada.
O interfone toca e ela corre pra atender, o janter chegou e ela organizou tudo da melhor maneira possível, o vinho, cortesia de Charles, a carne, os acompanhamentos, tudo perfeitamente distribuido em uma mesa redonda posta proximo a uma janela que dava pra ver ao fundo a copa alaranjadas das arvores.
Antes de abrir a porta, Ninna se olha no grande espelho redondo que tem no hall, esta tudo ok para seu grande encontro, ela esta nervosa, como um adolescente em seu primeiro contato com um homem, não entendia pq Nam fazia isso com ela, mas fazia e ela adorava a sensação.
Ele do outro lado da porta pressionava os labios, com as mãos nos bolsos, apertava os dedos com imenso nervosismo, sensação de adolescencia, o primeiro encontro, antes do primeiro beijo, esse mixto de sensações o faz sorrir.
Ninna abre a porta e os olhos deles se encontram, se perdem, não sabem como agir, ficam parados, em pé na porta alguns segundos, até que Ninna o chama pra entrar e ele aceita.
Como é custume na Coreia, ambos deixam o sapato na entrada da porta e colocam pantufas nos pés.
- Minha mãe manteve esse costuma por aqui, já não consigo mais entrar com sapatos da rua em casa, as vezes me vejo fazendo na casa de alguns amigos, mesmo depois de tantos anos morando sozinha, ainda mantenho esse pequeno gostinho da Coreia.
- Isso é bem dificil de manter com descendentes coreanos, sua mãe acertou em manter
- Ela tambem manteve o uso dos talheres, consigo comer de forma oriental e ocidental, garfo e faca não me assustam e nem Cheot-garak, como naturalmente com os dois. - ela dá uma pausa e continua com um olhar nostalgico - Minha mãe quis manter um pouquinho da Coreia aqui, o jeitonho meigo e forte dela, a forma com que tratava os mais velhos, toda a educação rígida que teve dos meus avós, trouxe tudo e passou pra mim. - ela para e olha para um porta retrato com a foto de uma criança brincando, onde parecia ser o Central Park, - Pena que não consegui passar todos esses costumes pra ela.
- Quem é essa menina? Sua irmâ? Ela é linda e parece com você, os olhinhos puxadinhos.
Ela sorri e responde a pergunta curiosa do lider.
- Não, minha filha, mora com o pai dela em Nova York, e hoje ela tem 10 anos, nessa foto, que tirei dela, estava com 6 ou 7 anos, não me recordo. Só lembro que foi a última vez que fui a Nova York ficar com ela. Depois disso ela que vem me visitar em Londres.
- Você é casada? - o brilho dele se apaga instantaneamnete com a hipotese de Ninna ser casada - Ainda estão juntos? Relacionamento a distância talvez?
- Não - ela ri da reação dele - Nos separamos quando Lisa tinha 2 anos, e, algum tempo depois ele se casou de novo, e a esposa dele é uma ótima madrastra pra ela, e ele um pai maravilhoso. - ela suspira - Foi melhor assim, Lisa veio de uma relacionamento sem intenções, era muito nova na época, sem maturidade nenhuma, mas ele tinha a cabeça no lugar, se continuassemos viveria na ponte aérea, e me cansaria bastante, então ficou decidido assim. Lá pra ela é melhor, vou pra lá em algumas datas comemorativas e ela vem pra cá nas férias. E temos um relacionamento de mãe e filha muito bom mesmo com a distância.
- Entendi - o sorriso volta aos labios carnudos dele e fica nítido a retirada do peso da duvida de seus ombros. - Você não sente falta dela?
- Muita, mas, como disse, foi melhor assim pra ela, antes de assumir todo o studio, viajava muito, e isso me deixaria longe dela do mesmo jeito, e prenderia o Mathew a mim, não seria justo, então resolvemos assim..
- Ótima solução, te deixar livre, pra ser o que quiser.
O olhar dele escurece pra ela, que automaticamente reconhece o jeito predador dele, o mesmo que esteve sobre ela na noite anterior.
- Melhor jantarmos, depois podemos conversar mais e conhecer melhor nossas vidas.
- Concordo, melhor jantarmos, pra termos energia pra conversar.
O duplo sentido dessa frase foi entendido por ela, que no mesmo instante sorri e deixa claro com isso, que sua intenção tambem era de "conversar".
O jantar acontece entre varias provocações e flertes. Ninna se encanta com o jeito timido que Nam investe sobre ela, a vontade de sentar no colo dele a terminar o que começaram na noite anterior é bem grande, mas ela se contem, e não faz o que seu corpo e sua mente estão implorando.
Eles terminam e ela pega o vinho na adega, e ele, educadamente pega o abridor das mãos dela abrindo a garrafa, por incrível que pareça ele não quebra nada.
Com o vinho nas taças, Ninna o convida para subir no terraço do apartamento, que seria um tipo de cobertura, e teria um acesso privativo. Eles sobem e, mesmo frio, o céu esta limpo e estrelado permitindo ver cada constelação e tendo uma visão perfeita da lua cheia e enorme.
- A noite está perfeita, não acha? - Ela pergunta e vira em direção dele que admira a beleza dela sob a luz da lua - O que houve? Alguma coisa estranha em mim?
- Não - ele passa a lingua nos lábios e prende o inferior com os dentes - Você está linda, sexy, e tenho medo de não conseguir me controlar e acabar estragando todo esse clima gostoso que esta se formando entre nós.
- Quem disse que esta noite precisamos nos controlar, Nam? - Ninna da um passo a frente e ele faz o mesmo, encurtando a distância entre eles - Estamos na minha casa, nada nem ninguém vai atrapalhar o que quisermos fazer. Somos adultos, uma mulher e um homem, o que pode dar errado hj?
Ele chega mais perto, segura o rosto dela com umas das mãos, examina cada detalhe de seu rosto, Ninna segura a cintura dele e diminui ainda mais a distância. O beijo começa calmo e suave, suas bocas conectadas, se acariciando, as línguas pedindo passagem, as mãos começam a explorar os corpos tensos deles.
Um gemido suave soa no ar. Sem perceber Ninna leva Nam até um sofá branco que fica no terraço, suavemente o faz sentar e senta no colo dele.
Eles se olham e entendem que dali pra frente, se continuarem, não vão conseguir parar.
- Ninna, se eu passar daqui, não vou parar, é isso mesmo que você quer? - Ele pergunta a ela enquanto passeia com suas mãos grandes entre as coxas e as costas dela, fazendo cada pedaço do corpo da fotografa se arrepiar.
- Não quero e não vou parar por aqui, Nam. Só acho melhor continuarmos lá dentro, aqui fora é privativo, mas arriscado.
Ele acente, Ninna tenta sair do colo dele pra levantar, mas ele a trava, ela se surpreende com a sua atitude , mas gosta, envolvendo as pernas na citura firme do Idol
- Eu disse que: "Se passarmos daqui, eu não vou parar". E isso tambem quer dizer que não vou de soltar, não vou mesmo.
Ninna morde os lábios e o beija com vontade, fazendo o corpo do moreno se irrigecer, espalmando as mãos na bunda dela apertando logo depois. Ninna reage mordendo os lábios dele.
- Agora preciso prestar atenção nas escadas, senão vamos cair e iremos parar no hospital, e não é pra uma cama de hospital que quero te levar.
Ela so responde um sim com a cabeça e para as mãos entre os cabelos da nuca dele. Ninna mordica suavemente o pescoço dele, tirando suspiros d seus pulmões .
Nam desce as escadas e vai em direção ao sofá da sala dela, olhando bem no fundo em seus olhos, fala:
- Quero você em cima de mim, Ninna. - Ela puxa o ar com força que inconscientemente um gemido sai de sua garganta. - Adoro ouvir esses sons que saem de você.

VOCÊ ESTÁ LENDO
LONDON
FanfictionNinna Collins cresceu cercada por arte, beleza e intensidade. Filha de um fotógrafo britânico e de uma artista plástica coreana, ela herdou não só o talento dos pais, mas também a coragem para recomeçar - mesmo depois de um amor que virou lembrança...