☆ oportunidade ☆

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Musiquinhas do capítulo: 

⭑ Eyes Without a Face - Billy Idol

⭑Have you ever seen the rain - Creedence Clearwater Revival.

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A semana passou rápido,  mais rápido do que imaginei. 

Aquele dia, na casa da Pandemonium, eu e Jimin passamos o dia quase todo jogando videogame e compartilhamos de diálogos amigáveis, tranquilos. Também fomos movidos ao longo das horas por energético de sabor manga... de embalagem azul. 

Nós compartilhamos risadas sinceras ao ver o resto da banda entrar na casa com os rostos queimados de Sol e as roupas imundas de areia. Taehyung ameaçou matar Jimin por sua insensibilidade em deixá-los lá na praia, em resposta, ele o dirigiu um sorriso presunçoso e disse que estava passando o dia comigo, o seu convidado. 

Todos os outros integrantes me cumprimentaram simpáticos, conversaramm brevemente comigo e saem, pouco a pouco, indo para seus quartos. Por último, Namjoon me entregou Escanor e o agradeci, feliz. 

Quando os energéticos pararam de fazer efeito e meus bocejos se tornaram bastante frequentes, Jimin se propôs a me levar em casa, que aceitei bastante relutante. 

Desde então eu e ele trocamos mensagens relativamente frequentes e temos bastante coisa em comum apesar do Park ser bastante misterioso e ter algumas ideias mais filosóficas. De qualquer maneira, Jimin é, indubitavelmente, uma pessoa encantadora e tento dizer isso ao máximo sem o meu surto de fã. 

Tirando minha nova "relação" com Jimin, as coisas continuam difíceis. Senhor Joo ainda se esforça para me tirar um sorriso durante meus turnos com ele e me conta grandes histórias de sua juventude. Dona Jina me levou biscoitos amanteigados na última sexta-feira, lá em casa. Jooheon me mandou um turbilhão de mensagens contando das fofocas e dos absurdos feitos durante os últimos tempos. E meus pais... Bom, não há nada de novo. Ainda as mesmas farpas ácidas de meu pai e o silêncio de minha mãe. 

Mas, a inspiração atípica foi o que mais me impressionou. Consegui produzir três músicas durante as madrugadas de insônia e nos tempos vagos que me apareciam.

É quando estou finalizando uma das minhas novas composições que sinto o celular vibrando em cima da escrivaninha. Observo o nome de Yuna aparecer no visor e um calafrio percorre a minha espinha. 

"Já é tarde, o que ela precisa me ligando uma hora dessas...?" 

- Alô? - Digo ao atender, as mãos já meio suadas. 

- Oi, Jungkook! - Sua voz sai num misto robótico, nervoso e animado. - Tudo bem com você? 

- Ah, tudo bem, sim. - Me recosto na cadeira. - E com você? 

- Estou bem - Ela pigarreia. - Bom, me desculpe por estar ligando tão tarde... Estou procurando alguém bom para fazer o couvert artístico do novo restaurante do meu pai que está para inaugurar. Parece que Calisto inteira está ocupada. - ela solta um suspiro cansado. - Pensei em você assim que ele me pediu ajuda para encontrar alguém, mas não sei como estão as coisas por aí... 

Ah, sim, faz sentido. Coço minha nuca meio sem jeito. É esquisito conversar com ela depois do nosso término mas, aparentemente, está tudo bem. Ela diz algumas coisas que não presto muita atenção e a interrompo: 

- Que dia vai ser? 

- Essa quinta pela noite, por volta das sete. - Consigo ouvir pela entonação da sua voz que ela está sorrindo. 

Todas As Estrelas Que Eu Vi Em Seus OlhosOnde histórias criam vida. Descubra agora