Musiquinhas do capítulo:
⭑Reflections - The Neighbourhood
⭑Mindgames -Sickick
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Retirando os fones de ouvido e guardando aquele bolo de fios emaranhados no bolso direito de minha calça, me aproximo de Jimin.
- Como você está? - Ele me pergunta, com um meio sorriso.
- Meio cansado, mas tudo certo. - Ajeito a alça da mochila de Escanor sobre os ombros.
Com um menear de cabeça, Jimin me pede para segui-lo, silenciosamente, após acenar para o porteiro, numa despedida sucinta. Começamos a andar pelas ruas pouco iluminadas do condomínio chique do Park. Os nossos passos baixos, se misturando com o som dos grilos que começavam se agitar nas áreas de mata espalhadas por ali.
- Aliás, por qual motivo você estava aqui fora? - Perguntei procurando pelo pacote das balas azuis de Jimin dentro da sacola da lojinha de conveniência.
- Ah - ele emitiu um estalo com a boca e riu baixinho. - Os meninos queriam que eu ajudasse na faxina que estavam fazendo já que a moça que trabalha lá em casa ficou doente e tirou a semana de folga. Como os relaxados não fizeram nada durante os dias que se passaram sem a Amélia, foram limpar tudo hoje assim que disse que teríamos convidados. - Deu de ombros - Mas, como eu tenho rinite, quando eles menos esperavam eu saí e fiquei esperando aqui fora, mesmo tendo a possibilidade de que você viesse de carro, mas independente. Ensaiar fungando é uma merda.
- Eu entendo o seu lado - ri, as mãos ainda fazendo a sacola farfalhar, procurando - Fazer qualquer coisa com a rinite atacada é um inferno.
Meio puto, eu paro a caminhada e olho dentro da sacola, tentando achar as balinhas azuis.
- O que foi? - Jimin pergunta com o cenho franzido.
Minha mão finalmente alcança o pacote azul.
- Achei! - estendo para ele. - Eu estava com muita fome, passei numa lojinha, vi as balas e lembrei de você...
Disse num meio sorriso, notando minha atitude meio esquisita e decidi ignorar assim que Jimin abriu um sorriso largo, de dentes inteiros e alinhados.
- Não precisava, mas obrigado! - então, sem demora, enfiou um doce azul na boca, que logo tomou um espaço em sua bochecha direita, fazendo um montinho de carne em seu rosto.
O resto da caminhada foi silenciosa, com um farfalhar das folhas, do som de Jimin jogando a bala de um lado para o outro no interior de sua boca. E sabe de uma coisa? Ser rico é algo que pode ser comparado como um ouotro planeta. Não consigo engolir que o asfalto do condomínio consegue ser mais liso e uniforme que meu suvaco quando depilado. É de fuder. Até o cheiro daqui é diferente - o que eu sei que não é, só tem mais mata, mas meu cérebro jura que é o dinheiro voando em partículas microscópicas até o meu nariz.
Meu pai, metido a milionário, ia chorar apenas em pisar aqui. Espero que ele tenha uma hemorróida bem grande para parar de ser um otário.
Rio sozinho da minha própria besteira, da minha imaginação fértil vendo aquele velho sofrer pela bunda. Enfio um biscoito na boca e encerro o riso. Ao olhar para Jimin percebo que ele me olha com uma expressão esquisita, o cenho franzido ao mesmo tempo que uma sobrancelha quase alcança o meio da testa.
- Aí, não querendo acabar com a sua graça, mas essa risada por nada foi bastante esquisito. - Ele troca a bala de bochecha. - Você não envenenou essas balas e me deu para comer não, né? Aí agora você tá rindo por ter concluído seu plano maligno.
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Todas As Estrelas Que Eu Vi Em Seus Olhos
Fanfiction(EM ANDAMENTO) Música é algo que é feito para ser apreciado. Jeon Jungkook é movido pela paixão descomunal por rock e se esforça ao máximo para ser um prodígio na guitarra. Entre bandas de rock, Pandemonium conquista o coração do jovem guitarrista...