29. Tempo perdido

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Não esqueça do voto! 💗

Pessoal, se puderem comentar, eu ficaria muuuito feliz! Vou responder todos comentários, e isso ajuda muito a me incentivar a continuar, além de fazer a fic ganhar mais visibilidade.

Obrigada desde já e bora pro cap <3

— 👑 —

Entre tentar acalmar Nari e a si mesmo, Hyunwoo se sentia cada vez mais distante da própria sanidade. Junto com a rainha, os dois passaram um bom tempo procurando por Dayoung no castelo, buscando informações entre os criados que lhe eram confiáveis, porém não havia qualquer rastro da garota que pudesse indicar a eles onde ela estava ou se estava viva. Nenhuma das pistas levou a algum lugar e não havia nem sinal de Dayoung em qualquer canto daquele lugar.

Nari já nem conseguia mais se desesperar tanto, entrando num estado mais deprimido do que qualquer outra coisa. Ela continuava procurando por sua namorada, mas sua esperança estava se esgotando e era muito doloroso continuar tentando se manter otimista quando tudo parecia dar tão errado. Hyunwoo a ouvia com paciência, quase tão preocupado e frustrado quanto ela.

Apesar disso, ele conseguia voltar a focar e a respirar normalmente quando pensava em Kihyun, no modo como ele cuidou de si quando mais precisou e em como queria que ele fosse feliz e sempre sorrisse daquele jeito adorável que conseguia derretê-lo todas as vezes.

Ele evitaria pensar no criado como fazia há muitos dias, porém, depois de receber aquela carta, era o que precisava fazer. Lembrar das palavras de Kihyun o enchia de esperança e motivação para sua tarefa nada simples; pelo bem de todos naquele castelo, inclusive de Kihyun e dele mesmo, precisava ser corajoso, de uma vez por todas.

Depois de rolar na cama por duas horas sem conseguir calar seus pensamentos, Hyunwoo por fim adormeceu, mas sua breve noite de sono não foi tranquila; em meio a sonhos aleatórios, houve uma cena específica que foi o que restou em sua mente quando ele despertou.

No sonho, estava nos jardins durante o crepúsculo, encarando os delfínios azuis. Eles brilhavam com uma luz própria, azulada e intensa. Hyunwoo não conseguia desviar o olhar das flores, até que ouviu uma voz estranha atrás de si.

A pessoa atrás dele não tinha identidade, ou seja, seu rosto era abstrato e ele não enxergava ninguém nela, e sim apenas um borrão. Sua voz parecia estar distante, por mais que estivesse tão perto.

"São flores lindas, não é?", foi o que o desconhecido disse. Talvez sua voz e aparência tão vaga pudessem ser material para um pesadelo, mas Hyunwoo se sentia bem e até mesmo seguro ao seu lado.

"Sim. São as minhas favoritas."

"Disso eu sei, é claro. São as minhas favoritas também", o outro respondeu com simplicidade. "Mas... você sabe sobre o perigo dos delfínios?"

Hyunwoo não respondeu. A outra pessoa se abaixou ao seu lado, puxando uma das flores da terra e a colocando em sua mão com delicadeza, passando os dedos pela sua palma sutilmente.

"É entre sua beleza estonteante que mora o perigo, assim como é com algumas pessoas. São flores tóxicas, inteiramente venenosas, especialmente suas sementes. Uma dose alta o suficiente é capaz de matar um ser humano adulto em poucas horas, ou o fazer definhar de maneira lenta e gradual... Você não pensaria isso delas olhando para o quão lindas elas são, não é?", o desconhecido questionou, arrancando mais um ramo da flor e a rodopiando entre seus dedos.

"Por que está me contando isso?", Hyunwoo perguntou, olhando fixamente para o delfínio em sua mão, sentindo como se a flor o atraísse ainda mais.

"Você sabe o que fazer. É mais um presente meu para você... Utilize essa informação com sabedoria. E lembre-se: vá além de sua primeira ideia. Seja perspicaz e utilize boas oportunidades."

O Segredo do Príncipe | ShowkiOnde histórias criam vida. Descubra agora