Em um reino comandado por um rei tirano, o príncipe Hyunwoo é forçado a um casamento arranjado. Contudo, ele se apaixona pelo enigmático criado Kihyun. Com seus corações entrelaçados, suas vidas são atormentadas pelos segredos obscuros do castelo. E...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Não esqueça do voto! 💗
Ansiosa pra ver os comentários de vocês!
— 👑 —
Se legumes pudessem falar, era certeza que os que Kihyun misturava com força dentro da panela estariam gritando. Ele largou a colher de madeira no balcão e parou com uma mão na cintura, enxugando a testa com a outra. Trabalhar com a força do ódio era ainda mais cansativo que o normal. Para ajudar, alguns temperos estavam em falta, ele queimara o arroz e nem mesmo a chama do fogão a lenha estava colaborando com ele.
Ele voltou a bufar de frustração e murmurou um palavrão, apesar da vontade de gritar.
Ao mesmo tempo que uma pessoa surgiu na porta, Kihyun, distraído com sua raiva, acabou pegando no exterior da panela fervente com a mão, sentindo a dor e a ardência da queimadura de imediato.
— Merda — exclamou sem rodeios, sem nem se dar conta de quem se aproximava. Ele chacoalhou a mão e soltou um gemido de dor.
— Ei, tudo bem? — questionou uma voz preocupada. Ele a reconheceu, porém nem quis acreditar que era realmente quem ele pensava.
Kihyun se virou para ver quem falava com ele e quase xingou mais uma vez. De novo aquele ser, vulgo o príncipe, chegando sem ser chamado para o irritar ainda mais?
No entanto, uma parte dele reconhecia que a preocupação nos olhos do príncipe era genuína, o que o deixava um pouco desconcertado. Ele se esforçou para manter sua compostura, porém falhou.
— Claro que não! Acabei de me queimar, e é culpa sua — ele se queixou enquanto retorcia-se com a dor, ainda sacudindo a mão inutilmente.
Ignorando que o criado o culpara, Hyunwoo franziu a testa e se aproximou com certa cautela.
— Deixa eu te ajudar — solicitou com os pequenos olhos o encarando. Kihyun o xingou em pensamento com mil palavras diferentes.
— Eu posso me virar, obrigado — respondeu com sarcasmo, mas não conseguia esconder a expressão de dor e se contorcer de maneira ansiosa.
Hyunwoo apenas suspirou fundo e puxou o criado pelo braço com firmeza, assustando o mesmo que nem teve tempo de se defender. Ele o arrastou até a pia, enfiando a mão queimada dentro da água de um balde, o que logo trouxe alívio a ardência.
— Melhor? — perguntou, um sorriso brincalhão brotando em seus lábios. Kihyun fechou a cara e desviou o olhar.
— Será que dá para me largar?
A maneira como o príncipe ainda segurava seu braço com firmeza o deixava ansioso. Ele encarou Kihyun por breves segundos, e então o soltou.
— Desculpe. — O criado comprimia os olhos e os lábios, mexendo a mão dentro do balde com um olhar vazio. — Posso lhe fazer uma pergunta?
