CAPÍTULO II - DURVAL

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Durval balançou a cabeça. Três anos se passaram e, exceto por Aurora, todos na família Silva o haviam desapontado profundamente.

- Vou pensar a respeito. - Disse Durval, antes de se retirar para o seu quarto.

Despiu-se e entrou no banheiro, revelando uma tatuagem aterrorizante de um dragão vermelho que ocupava toda as suas costas.

Mas aquilo não era uma tatuagem, e sim uma marca com a qual ele nasceu. E dessa marca, ele obteve um poder misterioso.

A partir de então, sob o nome de Félix Bezerra, ele mergulhou em um mundo de violência e sangue, no exterior, formando os temíveis "Os Mercenários Abissais".

Anos depois, cansado da matança e já com riqueza acumulada, dissolveu a tropa mercenária. Mantendo apenas alguns subordinados de confiança, usou toda a sua fortuna para estabelecer o "Consórcio do Cabo" no exterior. Contratou uma equipe de primeira classe da Wall Street para gerir o negócio, que rapidamente se tornou um dos consórcios líderes do mundo.

E ele mesmo, que voltou para a Cidade X, acabou assumindo novamente seu nome de batismo, Durval, optando por se casar com sua noiva Lorena Silva e preparando-se para uma vida tranquila no campo.

A princípio, a família Silva recebeu os cinquenta milhões de reais que ele deu, como se tivessem ganhado na loteria, tratando-o como um convidado de honra.

No entanto, à medida que o tempo passava, a fortuna da família Silva crescia e sua atitude em relação a ele mudava, chegando a ponto de não lhe deixar um único centavo em caso de divórcio.

Saindo de um banho frio, o semblante de Durval tornou-se sombrio.

Não era que ele não pudesse viver sem a família Silva, mas sim que o avô de Durval devia um favor ao avô de Lorena.

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