CAPÍTULO III - SÓ QUERIA

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O único pedido de seu avô em seu leito de morte era para que ele entrasse para a família Silva e retribuísse o favor de anos atrás, algo que já havia sido combinado pelos avôs de ambas as famílias.

Ele cumpriu sua parte, mas agora a família Silva o rejeitava.

"Deixe estar, se é assim, vou me retirar e não haverá mais preocupações. Vou me perder na natureza e focar em meu aprimoramento pessoal, não seria isso ainda melhor?" Pensou ele.

Após tomar sua decisão, Durval saiu do banheiro, prestes a se vestir, quando a porta se abriu e Aurora entrou.

- Ah, o que você está fazendo? Vista-se logo! - Aurora exclamou, fechando rapidamente a porta.

Durval rapidamente se vestiu, seu rosto ficando vermelho. Ser pego por Aurora assim era extremamente embaraçoso.

- Estou vestido, pode entrar. - Disse Durval, tentando manter a calma.

Aurora abriu cuidadosamente a porta e, ao confirmar que Durval estava vestido, entrou.

Ambos se sentaram no sofá, Aurora com o rosto levemente corado, dizendo apenas:

- Cunhado, sei que você está chateado, mas não se preocupe, não vou permitir que vocês se divorciem. Sem você, a família Silva não seria o que é hoje, não podemos ser ingratos.

- Não seja tola, minha querida, nem tudo pode ser forçado. Não interfira nisso.

Entre toda a família Silva, só Aurora ainda mantinha sua inocência e era capaz de lhe dar algum conforto.

- Vou interferir sim, não ligue para eles. Eles não podem te forçar ao divórcio se você não concordar, acredite em mim.

- Está bem, eu entendi. - Durval sorriu. - Agora vá trabalhar.

TERRÍVEL SOMBRAOnde histórias criam vida. Descubra agora