- O que você disse?
Durval franziu a testa, irritado. Além de esbarrar nele, a sujeita ainda tinha a audácia de ser rude.
A mulher resmungou:
- De que departamento você é? Qual é o seu nome?
- E você, de que departamento é? Qual é o seu nome? - Durval retrucou, friamente.
A mulher respondeu com arrogância:
- Sou Tábata, a vice-presidente do Consórcio do Cabo. Você trabalha para o Consórcio do Cabo?
- Mais ou menos. - Disse Durval, desinteressado.
Tábata resmungou novamente:
- Você está demitido. Vá embora agora mesmo.
Durval não pôde deixar de rir da audácia e falou calmamente:
- Vocês demitem as pessoas assim, de forma tão arbitrária?
- E o que você vai fazer? Se eu disser que você está demitido, você estará. - Tábata disse, com desdém.
Durval replicou lentamente:
- Você tem uma autoridade impressionante.
- Eu fui designado pela matriz internacional para ser a vice-presidente e a inspetora executiva na Província Q. Mesmo a Srta. Solange está sob a minha supervisão, quanto mais um insignificante como você. - Tábata olhou para Durval como se ele fosse inferior.
Nesse momento, Solange entrou na sala e perguntou:
- O que está acontecendo aqui?
- Srta. Solange, este sujeito me esbarrou e nem se desculpou. Decidi demitir este empregado sem classe. - Tábata falou, com confiança.
Solange se aproximou rapidamente e deu um tapa forte no rosto de Tábata.
O som do tapa reverberou, deixando Tábata atordoada.
- O que você está fazendo, Srta. Solange? - Tábata exclamou, furiosa.
Solange respondeu, friamente:
- Você está demitida. Saia agora.
- O quê? - Tábata olhou para Solange, incrédula.
- É isso mesmo. - Solange pegou o telefone e ligou para a matriz internacional. Depois de um breve momento, ela passou o telefone para Tábata. - Atenda.
Tábata começou a tremer enquanto falava ao telefone. Depois de alguns instantes, estava tão nervosa que mal conseguia falar.
Solange pegou o telefone de volta e falou friamente:
- Agora você pode ir embora?
- Espere, Srta. Solange, me deixe explicar. - Tábata estava assustada, as palavras da matriz foram extremamente duras. Eles não apenas a demitiram, mas também exigiram que ela voltasse para enfrentar a disciplina.
Ela sabia o quão brutais poderiam ser os responsáveis pela segurança e disciplina. Se não tivesse cuidado, poderia até perder a vida.
Mas Solange simplesmente disse:
- Se você tem algo a dizer, fale com a matriz. Agora saia imediatamente.
Ouvindo isso, Tábata soube que não havia mais esperança. Pensando nas consequências que a aguardavam, desmaiou de medo.
Durval franziu a testa e disse:
- Que tipo de pessoal eles estão contratando? Como pode uma sujeita dessas ter sido admitida?
- Peço desculpas, chefe. - Solange se curvou em um gesto de desculpas.
Durval soltou um suspiro e disse:
- Não é sua culpa. - Terminando sua fala, ele se retirou imediatamente.
Solange observou a silhueta de Durval se afastando e respirou profundamente, enxugando o suor da testa.
Ao sair, Durval almoçou rapidamente e pegou um táxi para casa.
Chegando em casa já era meio-dia. Na sala, Lorena e Murilo estavam abraçados, brincando um com o outro.
Olhando em volta, Durval notou que seus sogros haviam desaparecido, provavelmente se escondendo de propósito.
Sem dar atenção a eles, Durval se dirigiu diretamente para seu quarto.
- Pare aí. - Lorena ordenou em um tom alto.
Durval parou e olhou para ela.
Levantando-se, Lorena caminhou até Durval e disse com escárnio:
- Você realmente não é homem, hein? Sua esposa está nos braços de outro e você não faz nada?
- Vou provar que sou um homem. - Respondeu Durval calmamente. - Mas estou começando a duvidar se você é uma pessoa decente.
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TERRÍVEL SOMBRA
General FictionSobrevivendo através de coisas passadas em sua vida, ela deve decidir que rumo tomar. Suas decisões podem acarretar em muitas falhas em seu futuro, saber escolher e como decidir pode transformar sua vida por completo. Nem tudo que reluz é ouro, você...