capítulo 6

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Desde criança, eu repúdio o amor

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Desde criança, eu repúdio o amor. Meu pai trazia mulheres para dormir na mesma casa aonde eu e minha mãe estávamos, eu o via a traindo todos os dias e de todos os jeitos, não conseguia olhar para os desenhos e acreditar em amor verdadeiro, e minha mãe apenas ressaltava isso na minha mente. Por fim, parecia que algo em mim havia sido bloqueado, como um botão de desligar — o engraçado era que os garotos sempre davam um jeito de se apaixonarem por mim, mas eu não conseguia amar nenhum deles.

O que resultou em uma Kelly,  de dezoito anos, que nunca havia beijado na vida. Mas aconteceu algo nesse meio, e foi a minha amizade com Kazutora.

O único garoto que se aproximou e não queria nada romântico, nossa conexão foi imediata, gostos, estilos, até a forma de pensar. Sempre confidentes um com o outro.

Keisuke e ele eram inseparáveis e Kazutora ganhou a confiança da tão difícil senhora Ryoko Baji, ele entrou nas nossas vidas tão rápido e agora saiu da mesma maneira que entrou.

Vejo Chifuyu sentado na moto no estacionamento da Faculdade, com alguns amigos ao lado dele, chego por trás e o abraço no mesmo instante, passando minha mão por sua cintura.

Cyan...

Eu passei a  chamar ele  assim, por conta da cor de seus olhos. Verde agua…A cor Ciano era a mais bela na tabela de cores. Chifuyu ficou surpreso com o abraço, mas não disse nada e continuou a olhar para a frente, depois virou para mim.

Ele é bem sério e frio, mas quando ouve minha voz se torna uma criança.

— Kelly!

Ryusei e Kojiro sorriram assim que eu abracei o Chifuyu. Agora faziam dois meses que Kazutora era um membro da valhalla, e eu dei uma chance pro Chifuyu de entrar na minha vida e na do Meu irmão.

Encosto minha cabeça em seu ombro, e fecho meus olhos por um momento.

—me atrasei um pouco.

De fato era verdade, cheguei vinte minutos atrasada, e eu sempre fui pontual.

—E eu estava aqui esperando — ele disse, com um sorrisinho. —O que aconteceu?

— Meu despertador não tocou, e Keisuke já tinha saído cedo — sussurrei baixinho e olho em seus olhos.

—E por que não me chamou? Podia ter me ligado —  ele perguntou, dando um sorriso travesso e virando seus olhos para mim. Ele era tão intenso que me deixava sem palavras, e minha face ficava toda vermelha quando ele me olhava assim.

Mas ainda assim, não era o mesmo olhar que me deixava sem ar…ele não era o Kazutora,  mas eu sabia que não era romântico, pois nossa amizade se tornou assim.

— Eu nem pensei nisso, só sai de casa correndo — sorrio um pouco nervosa.

—Hmm...— ele suspirou, com um sorriso sardônico. Ele sabia que eu estava nervosa, mas adorava ver minha reação. —Mas, você está aqui agora.

Dou um leve tapa em seu peito,  coisa extremamente leve parecia um pequeno empurrão do que um tapa —não de esses sorrisos assim do nada...

—Hmm...— Chifuyu ficou confuso, mas não resistiu a minha inocência e adorável trapalhadas. Ele sorriu para mim, mas tentou conter a risada. —Eu sempre vou sorrir para você, e você pode bater com mais força se quiser.

—Como se eu tivesse força pra bater em você —  acabo gargalhando, e olho para os garotos que estavam ali — olá meninos.

Ryusei e Kojiro acenaram, os membros da primeira divisão são sempre tão….belos né?

— Keisuke contou sobre a próxima reunião? — Kojiro contou

— Acho que não — sussurro, e em seguida me afasto do  braços de Chifuyu, massageando meu pescoço  —  vou pra sala de aula, vai ficar aqui ainda?

Ele parecia resolver algo sério, Chifuyu sempre resolvia algumas coisas no lugar do Keisuke, ou na ausência dele.

—Provavelmente...— ele disse, ainda com um sorriso no rosto. —Mas eu posso ir com você, se quiser.

—Não precisa, eu vou direto pra sala —sorrio e beijo sua bochecha — até depois Cyan.

—Ah...— Chifuyu me pareceu chateado, mas tentou parecer calmo. —Tá bom Kelly. — Ele acenou para mim com a mão enquanto eu ia embora, mas olhou  para os meninos com raiva. —Se mexerem com ela vou matar todos

Only for You - Kazutora Hanemiya Onde histórias criam vida. Descubra agora