Acordei com um pouco de dor de cabeça, mas logo isso passa com remédio e um copo de café.
— Depois da faculdade, passe no Estúdio — Mamãe diz pra mim e eu a olho — vamos tirar suas medidas pro vestido do Evento.
— tá bom, vai acontecer esse final de semana? — pergunto ao abraçar ela
— Sim, por isso vamos terminar seu vestido.
A porta de casa abre em um baque, vejo Keisuke e Chifuyu entrando completamente feridos, e me dou conta que são meio dia.
— Meu Deus, o que aconteceu? — pergunto preocupada ao ver o estado do meu irmão, e olho para Chifuyu em busca de alguma informação.
— Kazutora fez isso! — Meu irmão diz — ele atacou a gente com a porra da Valhalla.
Olhei para Chifuyu, Ele está mais machucado do que o Keisuke, Fuyu ainda está sangrando.
— Não se preocupe com nós, estamos bem — ele diz secamente.
— bem? Ambos estão feridos, como podem dizer que estão bem? —pergunto preocupada
— eu avisei que o Kazutora era a porra do inimigo! — meu irmão diz
— Olha a boca, Keisuke! — Mamãe diz com uma expressão séria e meu irmão se cala.
Chifuyu se aproxima de mim, e se inclinou pra frente, colocando as mãos no eu ombro para me acalmar.
— Escuta, não fique nervosa. Está tudo bem, eu só tenho algumas escoriações e cortes superficial — ele disse, parecendo mais preocupado comigo do que com ele mesmo.
— Foi o kazutora? — sussurrei para ele — me diz Chifuyu…foi o kazutora?
Ele se vira para mim, com os olhos marejados de dor, com um olhar penetrante nos meus.
— Sim.
Meu mundo desabou, apoiei minha mão no balcão da cozinha e minha mãe me olhou no mesmo instante, sem nem perceber eu já estava chorando.
— Escute, olhe bem pra mim e me escute — Keisuke diz com raiva — Olhe pra mim e veja o que Kazutora se tornou, ele é a porra de um animal selvagem naquela maldita gangue.
— Já chega Keisuke Baji! — Mamãe diz autoritária — vão cuidar desses machucados, não vão morrer por conta de algo assim!
Eu não conseguia ouvir mais nada…
— Filha…— Ryoko diz baixinho, mas eu subo pro meu quarto e troco de roupa, pegando a chave da casa e em seguida saindo no mesmo instante.
Eu prometi que nada iria ficar a cima da minha família, prometi que jamais iria colocar alguém acima deles, não como meu pai fez. E mesmo se fosse Kazutora, eu não o perdoaria.
[…]
Sabia que Kazutora gostava de ficar perto do parque, e foi nessa direção que eu fui, vendo ele encostado na sua moto, com dois homens ao lado dele, pareciam ser da Valhalla, estavam conversando, mas não me importei.
Avancei e em seguida ergui a mão dando um tapa em seu rosto.
— Por que…porquê você bateu no meu irmão e no Chifuyu? Seu…marginal arrogante
O tapa o surpreende, mas ele não mostra nenhuma expressão. Ele apenas estava esperando por uma desculpa para se aproximar.
Ele olha para mim por alguns segundos, e seu ar de desafio não parece ter diminuído.
Kazutora dá um passo na minha direção, e fica tão perto que eu conseguia sentir seu hálito.
— Quem te disse que eu bati nos seus amiguinhos?
Acabo rindo com sua pergunta, estava ao ponto de chorar de raiva, quando fecho a mão novamente e dou um tapa em seu peito no mesmo instante.
— os dois chegaram agora em casa, estão feridos, completamente arrebentado, Chifuyu está sangrando…e os dois disseram que foi você e a porra da Valhalla! Meus parabéns kazutora
— E onde estão suas provas, que foi por minha culpa?
Ele continua a ficar mais perto, ele está tão perto que eu posso praticamente sentir o contato de seu corpo contra o meu.
— Você está aqui, com alguns homens da Valhalla, me diga Kazutora, as provas estão bem na minha frente, não se faça de idiota — Digo com raiva e uma lágrima escorre — meu irmão…e o Chifuyu…Sério? Você desceu nesse nível de bater por bater? EU TE ODEIO HANEMIYA
— Se você não pode me provar que foi a Valhalla, eu posso negar!… você vai acabar dando errado assim... você não me odeia o suficiente, para mostrar esse ódio contra mim...
Olho em seus olhos com descrença.
— Eu o odeio, Você se tornou um monstro, e eu espero que se afogue na sua própria arrogância. Nunca mais, está me ouvindo? Nunca mais chegue perto de mim, nunca mais pense em me tocar, se você chegar a um raio de dois metros, eu vou avisar o Mikey que a valhalla tá causando problemas.
Me afasto novamente, dessa vez indo embora
Ele dá uma risada debochada...
— Eu vou te tocar quando eu quiser, Kelly. Você apenas vai ficar nervosa como está agora. Você não tem idéia do quão fácil eu vou conseguir fazer você se soltar e ceder para mim de novo.
Ele fica parado, assistindo eu me afastar, mas ele não faz nenhuma tentativa de me segurar ou impedir que eu saia.
— Eu vou te encontrar de novo, eu sempre faço isso.
Ele apenas fica olhando para mim indo embora...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Only for You - Kazutora Hanemiya
Fanfiction"Eu sei que deveria te odiar, mas eu não consigo"