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Oi! Obrigada a todos que estão lendo. É bem importante para mim, e para todos os autores, ter um feedback de quem nos lê. Posso pedir que você, que lê caladinho, deixe pelo menos um oi pra mim? E se não for pedir muito, diz se está gostando, ou aponta o que não gostou e no que posso melhorar? Isso me faria um bem danado! Se a timidez for muito, muito grande, deixa então uma estrelinha?? A autora aqui agradece!! =) Beijos e boa leitura!

Darcy

Devo confessar que achei que seria mais difícil conviver com a Dra. Bennet. Foram necessárias muitas reuniões de planejamento e muitas conversas, e embora eu ficasse tenso em todos os momentos que ela estava envolvida, seu comportamento foi inesperadamente exemplar.

Comecei a me sentir mal pelo meu comentário no primeiro dia. Agi de uma forma completamente desnecessária, e agora estou muito incomodado. Preciso pedir desculpas. Sei que preciso ser mais direto, exprimindo com todas as letras uma explicação plausível para aquele terrível incidente, afinal eu e aquela mulher vamos continuar trabalhando juntos diversas vezes, vamos nos encontrar e precisar discutir casos e resolver questões práticas em relação ao cuidado com os pacientes. Não posso conviver com esse peso na consciência, preciso dar um jeito de me retratar, e logo.

Lizzie

Quando penso que as coisas vão melhorar elas simplesmente estragam de vez. Não aguento mais fugir daquele homem arrogante e prepotente. E o pior de tudo é ser obrigada a conviver com esse sujeito. Não sei o que está acontecendo, ele só pode estar me perseguindo, para todo lugar que olho lá está ele, com aquele olhar de quem está julgando desde o sapato que eu calço até o cheiro do xampu que eu uso. Se vou ao refeitório, logo ele aparece! Vivo sendo chamada para avaliar pacientes que nada tem no coração, coincidentemente ou não, pacientes dele. Até na ala dos cardíacos ele deu para aparecer sem ser convidado. Sem contar as vezes que ele quer conversar sobre o projeto. Já ouvi tudo e falei o que tinha para falar! Está tudo pronto e a viagem já foi marcada, o que raios esse homem quer? Não sei mais o que fazer ou para onde correr. No começo acreditava que eram infelizes coincidências, mas agora, acho que ele fez de seu objetivo de vida estragar os meus dias, não há outra explicação.

Preciso fazer alguma coisa. Será que esse comportamento é passível de denúncia no RH? E se já não bastasse esse homem me assombrando, agora a Charlotte encasquetou que ele está interessado em mim, o que é óbvio desde a primeira vez que nos vimos, que essa é a maior mentira do século. Sou apenas tolerável e de competência duvidosa. Tolerável! Arg! Quando me lembro disso tenho vontade de socar aquela cara dele! Arrancar um a um aqueles dentes tão brancos e perfeitos! Pinçar cada pelo daquela barba! Ele que é intolerável, isso sim! Detesto esse Darcy! Detesto como nunca detestei alguém antes!

Darcy

Por Deus! Essa é a mulher mais escorregadia que já vi na minha vida! Ela simplesmente não me dá o espaço que preciso para me desculpar corretamente! Não aguento mais tentar cavar uma situação informal, ela sempre está fugindo ou se esquivando. Quando peço uma avaliação cardíaca exijo que seja feita por ela, e não por outro cirurgião, para que possamos discutir o caso e eu consiga inserir o assunto em seguida, mas ela sempre dá um jeito de ver os pacientes quando eu estou em cirurgia, e deixa apenas sua avaliação por escrito. Diálogo zero.

Quando a procuro em seu andar para exigir que conversemos sobre o paciente ela vem com a desculpa pronta de que tudo que ela poderia dizer já foi documentado no prontuário, e que está ocupada demais para falar comigo. Ocupada demais, olha só! Já a vi fazendo palavra cruzadas enquanto tomava café no refeitório! E foi só chegar perto que ela sai correndo, como se estivesse vendo uma assombração!

Já não posso mais usar a desculpa do projeto, uma vez que tudo está pronto! Não sei que estratégias usar. O Bingley disse que tenho que ser direto e abordá-la sem rodeios, eu o faria, se ela deixasse de praticamente correr sempre que me vê. Talvez na África, onde o nosso espaço será limitado e dormiremos todos na mesma casa alugada pelo hospital eu consiga pelo menos cinco minutos para me desculpar.

À primeira vistaOnde histórias criam vida. Descubra agora