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Lizzie

Não posso me deixar pressionar por quem ela é. Não posso ter medo. O medo leva ao erro, e não quero errar, não vou errar. Vou rever mais uma vez o vídeo da última cirurgia semelhante e depois vou dormir.

Darcy

A cirurgia foi marcada para quarta, bem cedo. Minha tia finge não estar nervosa. Anne, ao contrário, não disfarça a apreensão. Não posso passar muito tempo com elas, por causa dos meus pacientes, mas Richard conseguiu umas folgas e está dando todo apoio possível.

Só gostaria de ver Elizabeth antes da cirurgia, queria dizer-lhe que nós confiamos nela, e que sabemos da gravidade da situação. Sei o quanto é ruim ser pressionado por um paciente, não deve ser fácil para ela, mesmo com toda sua competência, estar sendo testada dessa forma, sendo a responsável pela vida de um dos donos do hospital, que por acaso é minha tia, mãe da diretora geral. Preciso dizer-lhe que nós a escolhemos porque ela é a melhor, e não porque esperamos que ela faça um milagre, quer dizer, minha tia espera. Mas o resto de nós compreende as limitações e sabe o que esperar.

Lizzie

Ele veio tentar me tranquilizar antes que abrisse o peito de sua tia. Disse-me que não esperavam milagres, e me senti mais confortável e menos pressionada. Essas palavras não mudam o que farei no centro cirúrgico, mas, com certeza influenciam de forma positiva meu estado emocional. Ele também se ofereceu para assistir, mas neguei. Precisava de concentração total, e não queria perto de mim os olhos azuis intensos que me lembram aqueles beijos quentes. Agora mais do que nunca, preciso me manter distante dele. Não quero que nada me afaste do meu objetivo.

Darcy

Ela não me aceitou no centro cirúrgico, no entanto minha tia exige minha presença. Fico numa condição nada fácil.

Lizzie

Ele não entende que só vai me deixar nervosa? Inicio uma pequena discussão, mas isso só me desestabiliza. Digo para ele fazer o que quiser, e entro no banheiro. Lavo meu rosto e tento me tranquilizar. Um a um vou ignorando o que me deixa nervosa, e me visto de indiferença. Preciso desligar as minhas emoções para poder pensar com clareza e frieza.

Darcy

Ela parece outra. Já a vi operar outras vezes, e hoje é visível a pressão que ela carrega nos ombros. Quando tento tranquilizá-la escuto uma sonora ameaça: "Não posso te obrigar a sair, mas você não pode me obrigar a ouvi-lo. Ou você se cala ou nada de cirurgia". Calo-me. Não tenho opções. A equipe está em completo silêncio. Ninguém conversa. As poucas palavras são dela pedindo material pro instrumentador e do anestesista colocando-a a par dos sinais vitais da minha tia. Seu corte é rápido e preciso. Logo consigo ver o coração da minha tia, não sou cardiologista, mas sei que a situação não é nada boa. Ela age com precisão, mas o maior risco acontece, hemorragias, mais de uma. Pergunto se ela quer ajuda e ela manda eu me calar de novo. Um a um os buracos das paredes frágeis do coração da minha tia são fechados. Mas sobra um, e ela não consegue encontrar. Vejo-a respirar fundo e pedir total silêncio. Vejo Elizabeth mandar apagar as luzes, o que para mim é uma loucura. As outras pessoas parecem achar aquilo normal. A pouca luminosidade que vem das luzinhas dos aparelhos me deixam enxergá-la. Ela fecha os olhos e direciona o ouvido para o peito da minha tia. Suas mãos envolvem o coração. De olhos fechados ela acha o último vazamento, avisa a equipe e as luzes imediatamente são acesas. Ela clampeia e começa a focar sua atenção ali. Quando não há mais vazamentos vejo-a respirar. Ela é muito, muito melhor do que seu currículo diz. Um papel não relata o que acabei de ver ali. Um papel não passa para o leitor a habilidade e a técnica daquela mulher da forma como acabara de ver. Se tinha alguma dúvida que aquela era a mulher da minha vida, todas foram por terra agora.

À primeira vistaOnde histórias criam vida. Descubra agora