LA MORT EST SEULEMENT LE DÉBUT part.2

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Nota da Autora

Perdoa eu (ler com a voz do Ramiro)
Gente tive alguns problemas e por riso não tinha conseguindo posta mais voltamos e vou terminar essa história linda. Já peço desculpas por algum erro que tiver não consegui revisar esse capítulo. Vou tentar revisar no futuro.

Bjs gente.
Boa leitura.

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Pov. Ramiro


Logo estávamos todos ao redor da ilha da cozinha onde Kelvin tentava nervosamente passar um café.

- Sua casa e muito bonita irmão-Maria Carla fala olhado ao redor - Parece bem aconchegante. Me lembra a casa do seu José e da dona Emília. Aí como eu amava ir lá comer pé de moça e paçoca caseira. Você lembra dela batendo a paçoca no pilão Ramirinho? - ela pergunta para mim, sorrindo.

- Maria ocê num tá aqui pra mo Di fala de paçoca. Quero saber oque ocê tá fazendo aqui? Como encontraram um corpo com as suas roupas? Como ocê conseguiu ficar tanto tempo, fugida? - vou perguntado tudo de uma vez.

- Calma gafanhoto-ela fala calmamente-Uma pergunta de cada vez - fala olhado para mim, é dando risada.

- MARIA EU NÃO TO PRA BRINCADEIRA-falo um pouco mais alto. Mar que diacho tá acontecendo aqui. Uma vorta pedindo um dinheiro que eu nem lembrava mais. A outra ressurgiu dos mortos pra mo de atentar minhas ideias.
Num tive 24 horas de paz com meu Kelvin. Pobre não tem paz mesmo. E por riso que ser pobre é um problema. É um problema se pobre.

- você como um bom assassino, filho de outro assassino deve saber muito bem como forjar uma morte. Não sabe? - ela fala em tom de deboche que me faz ter que respirar fundo para não gritar com ela.


- Ele nunca foi assassino. Fez tudo aquilo por conta daquela diabo do Antônio lá selva. Ele não tinha escolha-Kelvin fala se virado para ela com uma cara de poucos amigos. Me aproximo dele segurado em sua cintura. Viro meu rosto para Maria novamente ainda segurado kevinho pela cintura. E continuo a falar.

- Maria ocê tinha 12 anos. Nem peito tinha ainda. Como ocê fez isso? Alguém ajudou ocê? - pergunto tentado ficar calmo nesta conversa e vendo a cara de deboche dela.

- Ajudou em qual parte? - ela pergunta com um olhar que me faz lembrar nosso pai antes de dar uma surra na gente ou em nossa mãe. -A parte que botei fogo daquele pedófilo filha da puta do nosso tio e o filho racista e abusador? A parte que dei um tiro na cabeça daquele desgraçado do nosso pai porque ele sabia tudo oque estava acontecendo e se vendeu e me vendeu por mil reais e uma cabeça de boi? A parte que nossa mãe me ajudou a fugir antes de se pega pela polícia e ela mesma matou uma moça desfigurou a cara dela colocou as minhas roupas e jogou no rio?
Qual parte você quer saber?-ela joga tudo de uma vez e sinto minha cabeça girar e eu começar a perder o ar, mas tento manter meu foco na conversa.

- Q..... Que..... história é essa Maria? - pergunto sentido minha vista ficar preta e tudo começar a rodar.

- Nosso pai era um porco nojento. Nosso tio um infeliz, filho de uma puta mal parida, nojento, o capeta em pessoa. O resto um bando de filhos da puta, cretinos. Porque você acha que a mãe mandou você pra cá com 9 anos? Aquele velho maldito queria vender você. Nossa mãe agiu mais rápido e arrumou um emprego aqui deste fim de mundo esquecido por Deus. Foi a forma que ela encontrou de proteger você daquele monstro. - a cada palavra que ela falava sentia minhas pernas tremerem, minha barrinha revirar, minha cabeça girar. Kevinho vendo meu estado pegou uma cadeira para eu sentar. - O infeliz me vendeu para o demônio do nosso tio. E se eu não tivesse arrumado um jeito de sair daquela situação não sei nem oque teria acontecido comigo. Tive que esperar aquele animal maldito dormir com o infeliz do filho dele para pegar a arma dele. Jogar gasolina e pólvora. Precisei de somente um tiro para que tudo pegasse fogo. Quando voltei para casa com medo, encontrei nossa mãe quase desfalecida no chão de tanto apanhar por tentar ir me pegar de volta. Estava com a arma que tinha tirado do defunto na mão. Não pensei. Um tiro na perna. Outro no braço e o último na cabeça.
A dona Ermelinda tava passado na hora e me viu com a arma na mão.
Saiu gritado como uma filha matava o próprio pai pela rua. Pedido que chamasse a polícia.
Peguei nossa mãe e tentei ir para o mais longe que pude. - uma lágrima escorre pelo rosto dela, e ela respira fundo antes de continuar - fomos parar daquela cabana do lado do rio. Cuidei dos ferimentos da nossa mãe. Um dia acordei e ela não estava lá deitada. Fiquei preocupada, mas logo vi ela voltar com uma bolsa com roupas. Todas as economias que ela tinha juntado a vida toda. Minha certidão de nascimento. Me mandou seguir a estrada e ir para o mais longe possível que ela garantiria que a polícia nunca me pegaria. É eu fui.

ETERNOS - KELMIROOnde histórias criam vida. Descubra agora