FLORES E ESPINHOS

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Pov. Kelvin

Sempre imaginei como seria encontrar a minha sogra. Como ela reagiria em me ver com o filho dela. Pelo modo como rams sempre falou que ela era muito religiosa e conhecendo algumas pessoas também muito religiosas inclusive da minha própria família eu imaginava que ela poderia ter as piores reações possíveis ao nos ver juntos como maridos. Mas foi ao contrário.
Assim que me viu me puxou para um abraço tão forte e acolhedor.
Ficamos daquele abraço por alguns segundos.

— E um prazer finalmente conhecer a senhora Dona Rosa - digo sorrindo.

— O prazer é todo meu menino. -Ela diz pegado minha mão e segurado. - e senhora está no céu. Também não precisa me chamar dona. Me chama pelo nome ou sogra mesmo. Mariazinha já me explicou que ocês são cansados. Que se amam. Faço gosto deste casamento. A única coisa... - ela fala olhado para Ramiro largando minha mão e se esticado para pegar na orelha do rams e puxar - Ramiro ocê não teve a decência de levar o menino para conhecer eu é seus primos? Nem uma ligação, falado que estava namorando? Ainda pelo oque Mariazinha falou ocê enrolou pra ma de ano o menino-apontou para mim enquanto puxava a orelha do Ramiro com uma mão e voltou a outra para bater no peito dele - Oque os pais dele vai pensar? Que ocê não queria coisa séria com o filho deles? Pelo amor de meu padrinho Cícero Ramiro. Vão pensado que dava brincado com o filho deles Ramiro. Que ocê não e moço direito — A senhora continuava batendo em Ramiro que pela primeira vez resolveu falar alguma coisa.

— mar, mãezinha eu tava confuso das ideias na época, ficava pensado no que os outros iam achar, que os antigos peões da fazendo iam rir de eu, que num era certo.......-não conseguiu terminar, pois, a senhora o interrompeu.

— Ramiro macho que é macho assume oque sente mermo que os outro não ache certo. Era sobre ocê não sobre os outros. O certo é oque faz nois feliz menino. Amar nunca foi e nunca vai ser um erro.É uma das coisas mar importante desta vida. Então Ramiro não vem com essas histórias pra eu que tava com as ideia atravessada. Posso não ter conseguido ter feito muito por ocê meu fio mar sempre te falei que oque importava era oque o seu coração dizia Ramiro. - ela fala séria. E vejo Ramiro abraçar a mulher e chorar.

— Ta tudo bem fio. Agora se arruma menino. Olha seu marido ai. - ele se afasta da mulher e olha para mim, é sorri entre as lágrimas. Chego perto dele e pego a sua mão, apertado forte. -E eu sempre soube que ocê é diferente. Ocê sai deste bucho aqui menino - aponta para a própria barriga - Amo ocê do jeito que ocê é peço a Nossa senhora de Fátima todas as noites que abençoe o amor de ocês e que me dei netos. Quero netos-mulher fala dando risada. -Agora Ramiro ocê fez o menino casar com ocê dentro da prisão? Nem um casamento decente Ramiro?-ela fala dando um, tapa estalado no braço do rams. - ocê vai casar direito com o kevin. Ouviu Ramiro. Com uma festa decente. Aliança bonita. Vai pedir a mão dele para os pais dele. Vai fazer o certo menino. Entendeu? - ela diz séria, olhado nos dois. Fica em silêncio por uns segundos e continua - ocês são um casal muito bonito. Que Deus é minha nossa senhora de Fátima abençoe ocês dois-ela fala.

Ao escutar ela falando aquelas palavras para o rams não pude não pensar na minha mãe. Em como ela nunca me julgou, tentou sempre como pode me proteger mesmo com meu pai quebrado, dentes e costelas dela. Estava preso em meus pensamentos quando escuto Maria me chamado.

— Kelvin - sou tirado dos meus pensamentos-você está bem? - ela pergunta - aceita uma taça de vinho?  

— Sim - respondo para ela - estou bem e aceito uma taça de vinho. - digo arrumado a postura é sorrindo.

— Meu cunhado e dos meus não recusa um vinho nunca - ela fala dando risada e continua - Ramiro você pode me ajudar a pegar as taças enquanto escolho o vinho? - ela pediu olhado para Ramiro e estendendo a mão para que ele pegasse e assim Rams fez pegado a mão dela.

— Kelvin fica a vontade. Mi casa tu casa. Mãe vou aproveitar e trazer os remédios da pressão da senhora. - ela fala já andado para dentro da casa e puxado Ramiro pela mão. 

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Pov. Ramiro

— Maria, mar nos não ia buscar os copos chique e aquela bebida que eu não lembro o nome? - pergunto assim que entramos no escritório da casa. Era um lugar bonito por demais. Umas cadeiras de couro. Coisa boa que parceria ser dos estrangeiros.

— Já vamos maninho, mas antes precisamos ter uma conversa. Senta - ela fala com calma e começa a me preocupar. Toda vez que alguém fala que quer conversar com eu nunca acaba bem.

— Num carece senta não Maria que tenho o traseiro grande... - ela me interrompe. Mar que menina sem educação. Não deixa nem nós terminar. E minha irmã, mar e sem educação.

— Senta Ramiro - ela se sentado e apontado para a cadeira a frente dela. Me sento contra a minha vontade na cadeira. E minha nossa senhora que cadeira macia. Parece que abraçou meu traseiro.

— Ramiro vou logo ao que interessa. Preciso de um contador - ela fala se inclinado para o lado e pegado uma garrafa que imagino ser uísque porque o diabo do Dr. Antônio tinha uma igual na sala dele. Pega dois copos e serve. Indicado com o dedo para que eu pegasse um.

— conta oque Maria? - pergunto pegado o copo é vejo ela virado em uma colada só o uísque dela e servindo mais um pouco para ela.

— Contador Ramiro. E uma pessoa que cuida do dinheiro das outras. Que conta tudo e mantém tudo certo. - ela explica tomado com mais calma seu uísque agora e tomo um gole no meu também.

— mar, Maria para ser esse tal de contador não tem que ser doutor? - pergunto colocado meu copo na mesa - eu mal acabei de aprender a ler e escrever direito. Como que vou cuidar da sua dinheirama toda? - eu realmente tenho várias dúvidas na cabeça. Mar antes que eu possa fazer mais perguntas ela começa a falar.

— Ramiro sei que na prisão você teve aulas. Não foi muito mais fez você finalmente aprender a ler e escrever corretamente. Também sei que você só fez até a 1° série do primário. Hoje em dia existe uma prova que as pessoas fazem para pegar o certificado de conclusão escolar. Você pode fazer essa prova. Também pode fazer uma faculdade de administração. Só depende de você. - ela fala me olhando.

— mar, Maria a tal da faculdade deve custar caro... - sou interrompido de novo.

— Maninho quero te ajudar e também preciso de você. Então para de arrumar dificuldades. Aceita a minha proposta. Faz logo a prova do encceja. Se forma na escola. Começa logo a faculdade para você me ajudar por gentileza. - ela fala virando o copo todo de uma vez na boca novamente.

— Maria, mar porque eu? Ocê não tem outra pessoa já doutor para ajudar Ocê? É eu sempre quis fazer agronomia não esse troço aí que Ocê falou - falo vendo ela encher o copo de novo - Ocê não tá bebendo muito não Maria? - pergunto vendo ela fechar a garrafa e me olhar.

— Porque preciso de alguém que eu confie. Estamos falando de muito dinheiro Ramiro. 15 vezes mais do que o seu antigo padrão tinha. E você é meu irmão. Meu sangue. Confio em você. Quanto a você querer fazer agronomia pode fazer os dois. Faça agronomia que é a sua paixão e faça administração também. Antes que você me pergunte eu vou pagar tudo. Eenquanto você estuda eu coloco você a par dos negócios. E não eu não estou bebendo muito. Já bebi muito mais e estou aqui. Então Ramiro oque você me diz? - ela pergunta me olhado. Respiro fundo.

— Maria essa dinheirama toda não é fora das leis não né? Acabei de sair da prisão. Não quero vortar para aquele inferno de novo. E também não quero mais me envolver com nada de errado nessa vida. - falo olhado ela que está um sorriso para mim.

— Não acionei meus contatos para tirar você da prisão para mandar você novamente pra lá. Fica tranquilo você não vai voltar para a prisão. Não é nada de errado. Por riso quero que você faça a faculdade para entender melhor as coisas e ninguém passar você para trás. - ela fala virado o copo. Como que ela consegue beber tanto e não ta nem beba ainda? - vamos fazer assim vou chamar o Kelvin aqui vocês conversam e me dão uma resposta sobre pode ser? - faço com a cabeça que sim.

ETERNOS - KELMIROOnde histórias criam vida. Descubra agora