Capitulo Final - Eu também!

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''...Eu sei que vou sofrer

A eterna desventura de viver

A espera de viver ao lado teu

Por toda minha vida...'' - Eu Sei Que Vou te Amar, Vinicius de Moraes


Algum tempo antes


— O que eu sou pra você, Spencer? O que somos? — solto, sentindo um lapso de ansiedade percorrer minhas costas, espalhando um intenso calorão para minha espinha. Quem é a covarde agora, em?

Reid, por sua vez, afasta as mãos de mim e percorre seus fios, com uma rusga se formando na testa.

— Somos...— molha os lábios e cerra os olhos —...somos o que você quiser, Marie — acaricia meu braço e me encara sério. Pisco os olhos rapidamente e nego com a cabeça, as palavras dele deviam me causar conforto, mas apenas me sinto mais frustrada.

— Você não estará jogando a responsabilidade dessa relação pra cima de mim, não...Eu sou péssima nisso, Spencer — manho, jogando a cabeça para trás em protesto. Esse homem tem a intenção de me deixar biruta, só pode.

— Certo, então o que você acha que somos? — coça a garganta, volto minha atenção a ele e dou de ombros, insatisfeita — Marie...— repreende, fazendo com que revire os olhos e cruze os braços.

— Eu gosto de você e você é safado — resmungo, me jogando no encosto do sofá, evitando olhá-lo.

— Eu sou safado? — eu me declarando lindamente ele não percebe, engraçado.

— Você largou a loirinha lá, porque era mais fácil dar uma fodinha comigo pós trabalho do que com ela — nem eu acredito no que digo, é impressionante.

— É isso que você pensa que eu sou? É assim que pensa sobre nós? — sua voz soa entristecida, o que me faz encará-lo. Seu olhar se mantém baixo, como se estivesse digerindo minhas palavras.

— Não ou sim, eu já tentei pensar assim como consolo, mas você não é assim na minha cabeça — solto um suspiro, fazendo com que ele me olhe. Spencer me observa, parecendo tentar entender meu raciocínio e eu busco em seu rosto algo que me diga que estou louca.

— Red...— aperta os lábios e cruza os dedos, me encarando mais sério do que qualquer coisa, então franze a testa e ergue a mão, tocando minha face —...eu, esse tempo todo estive a deriva, esperando que em algum momento você tivesse coragem de admitir que gosta de mim, não bêbada ou pelas minhas costas e me contentei em aceitar o que você estava disposta a dar — eu sou uma otária, mesmo — por isso, eu estou disposto a nós sermos o que você quiser — acaricia minha bochecha.

— Acho que eu complico as coisas demais, as vezes — abaixo o olhar, em um misto de surpresa e cansaço, de mim.

— Você deveria pensar menos com a cabeça e ouvir mais seu coração — aconselha baixo, me olhando compreensivo.

— Acho que trocaram sua alma com a de outra pessoa — arregalo os olhos e mordo o lábio, então quer dizer que esse pitelzinho é meu?

— Ou a nossa convivência me tornou mais lúcido — ergue as sobrancelhas, em dúvida sobre sua mudança. Nego com a cabeça, de imediato.

— Ficou foi mais biruta, do jeito que o diabo gosta — resmungo, coço a garganta e encaro seus olhos brilhantes, sorrio. Ajeito melhor no sofá, aproximando meu rosto do dele — A gente pode casar semana que vem, por mim — lhe encaro meiga, recebendo um selinho em respostas.

Sam To Molly • Criminal MindsOnde histórias criam vida. Descubra agora