''...Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda minha vida...'' - Eu Sei Que Vou te Amar, Vinicius de Moraes
Algum tempo antes
— O que eu sou pra você, Spencer? O que somos? — solto, sentindo um lapso de ansiedade percorrer minhas costas, espalhando um intenso calorão para minha espinha. Quem é a covarde agora, em?
Reid, por sua vez, afasta as mãos de mim e percorre seus fios, com uma rusga se formando na testa.
— Somos...— molha os lábios e cerra os olhos —...somos o que você quiser, Marie — acaricia meu braço e me encara sério. Pisco os olhos rapidamente e nego com a cabeça, as palavras dele deviam me causar conforto, mas apenas me sinto mais frustrada.
— Você não estará jogando a responsabilidade dessa relação pra cima de mim, não...Eu sou péssima nisso, Spencer — manho, jogando a cabeça para trás em protesto. Esse homem tem a intenção de me deixar biruta, só pode.
— Certo, então o que você acha que somos? — coça a garganta, volto minha atenção a ele e dou de ombros, insatisfeita — Marie...— repreende, fazendo com que revire os olhos e cruze os braços.
— Eu gosto de você e você é safado — resmungo, me jogando no encosto do sofá, evitando olhá-lo.
— Eu sou safado? — eu me declarando lindamente ele não percebe, engraçado.
— Você largou a loirinha lá, porque era mais fácil dar uma fodinha comigo pós trabalho do que com ela — nem eu acredito no que digo, é impressionante.
— É isso que você pensa que eu sou? É assim que pensa sobre nós? — sua voz soa entristecida, o que me faz encará-lo. Seu olhar se mantém baixo, como se estivesse digerindo minhas palavras.
— Não ou sim, eu já tentei pensar assim como consolo, mas você não é assim na minha cabeça — solto um suspiro, fazendo com que ele me olhe. Spencer me observa, parecendo tentar entender meu raciocínio e eu busco em seu rosto algo que me diga que estou louca.
— Red...— aperta os lábios e cruza os dedos, me encarando mais sério do que qualquer coisa, então franze a testa e ergue a mão, tocando minha face —...eu, esse tempo todo estive a deriva, esperando que em algum momento você tivesse coragem de admitir que gosta de mim, não bêbada ou pelas minhas costas e me contentei em aceitar o que você estava disposta a dar — eu sou uma otária, mesmo — por isso, eu estou disposto a nós sermos o que você quiser — acaricia minha bochecha.
— Acho que eu complico as coisas demais, as vezes — abaixo o olhar, em um misto de surpresa e cansaço, de mim.
— Você deveria pensar menos com a cabeça e ouvir mais seu coração — aconselha baixo, me olhando compreensivo.
— Acho que trocaram sua alma com a de outra pessoa — arregalo os olhos e mordo o lábio, então quer dizer que esse pitelzinho é meu?
— Ou a nossa convivência me tornou mais lúcido — ergue as sobrancelhas, em dúvida sobre sua mudança. Nego com a cabeça, de imediato.
— Ficou foi mais biruta, do jeito que o diabo gosta — resmungo, coço a garganta e encaro seus olhos brilhantes, sorrio. Ajeito melhor no sofá, aproximando meu rosto do dele — A gente pode casar semana que vem, por mim — lhe encaro meiga, recebendo um selinho em respostas.
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Sam To Molly • Criminal Minds
FanfictionE se, de repente, você tivesse a capacidade de enxergar coisas que não deveria? Não coisas exatamente, mas pessoas! Pessoas que não deveriam estar onde elas estavam no exato momento que você decidiu olhar para elas, entretanto no meu caso não são pe...