Two

254 14 3
                                    

                            

[Vanessa]                                                               Eduarda Dias

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

[Vanessa]
                                 
                             Eduarda Dias

Continuo a concentrar-me no meu quarto, finalizando os ajustes necessários. Em seguida, escolho uma regata simples e um short de moletom para vestir, adentro o banheiro e deixo a água fria escorregar sobre minha pele. Sem dúvida, essa é uma das sensações mais revigorantes que já experimentei.

Assim que termino meu banho, visto-me rapidamente; minha mãe já havia me chamado para o jantar e minha fome era avassaladora.

•••

Desço as escadas em um passo ligeiro e sigo em direção à sala de jantar, onde a mesa já se encontra elegantemente posta. Sento-me ao lado de minha mãe, ansiosa para saborear a refeição.

— Sinta-se à vontade, Eduarda — diz Robert, com um sorriso largo que ilumina seu rosto.

Meus olhos percorrem os pratos dispostos à minha frente, quando de repente ouço a voz fina e incisiva que já havia captado no final da tarde. Passos se aproximam, cada vez mais audíveis.

— Pai, estou indo e não sei que horas voltarei — declara a jovem, distraindo-se com o celular. Num piscar de olhos, sua atenção se dirige para o pai e, por fim, recai sobre mim.

Ela me observa com intensidade, e eu, na ousadia do momento, mantenho meu olhar firme sobre ela. Convenhamos, a filha de Robert é indubitavelmente atraente! Seus olhos são grandes e amendoados, sua silhueta é acentuada pelo vestido preto justo que realça suas curvas de forma hipnotizante. Mordo os lábios involuntariamente, torcendo para que ninguém tenha percebido minha apreciação. Mas é claro, a beleza frequentemente vem acompanhada de uma dose de arrogância. Já estive rodeada de garotas encantadoras que se mostraram insuportáveis.

— Filha, esta é Eduarda, filha da Vanessa. Por favor, seja gentil — Robert solicita, com um tom que sugere a necessidade de harmonia.

— Prazer, sou Isa — ela diz, oferecendo um sorriso que, na minha interpretação, possui um toque de deboches. Instantaneamente, sinto uma antipatia crescente por ela.

— Igualmente — respondo, deixando transparecer meu desdém, enquanto minha mãe me dá um chute sutil sob a mesa. Olho para ela, meus olhos semicerrados em um aviso silencioso.

— Enfim, tchau, pai! Tchau, Vanessa! — Isa se despede apressadamente, partindo sem sequer lançar um olhar de despedida em minha direção. Que falta de educação!

Volto minha atenção para a refeição à minha frente, sirvo-me e, sem demorar, termino minha comida. Levanto-me da mesa em silêncio, subo rapidamente para o meu quarto e me jogo na cama.

— Que tédio! — resmungo, até que um som de batidas na porta interrompe minha solidão.

— Filha, posso entrar?

— Ah, claro, pode sim — digo, abrindo espaço para que ela passe.

Ela entra e se senta ao meu lado na cama.

— Então, eu entendo que vai levar tempo para você se adaptar ao novo lar e, especialmente, à Isa. Por isso, peço que não crie confusões ou brigas desnecessárias.

Levanto uma sobrancelha em ceticismo.
— Eu? Caçar briga com ela? Jamais, mãe — penso, sorrindo por dentro.

— Duda! Eu realmente te conheço. Estou falando sério.

— Tá bom, mãe! Prometo que não farei nenhuma travessura. Sou inofensiva — digo, jogando-me novamente na cama.

— Não irei repetir! boa noite, filha! — Ela me dá um beijo suave na testa e deixa o quarto.

Imediatamente fecho a porta atrás dela, e não demora muito para que o sono me envolva, levando-me para um mundo de sonhos...

•••

Desperto com um leve movimento, sentando-me na beirada da cama. A sede toma conta de mim. Levanto-me, cambaleando um pouco, e me dirijo à cozinha. Ao chegar à geladeira, abro-a e pego uma garrafa de água, servindo-me generosamente em um copo.

Após saciar minha sede, coloco o copo na pia e, ao me virar, levo um susto monumental.

— Puta que pariu, garota! — é Isa, que agora ri ao me ver. — Você só sabe rir também, viu? — digo, tentando me afastar dela, mas sinto seu braço sendo puxado.

— Só para deixar as coisas claras: o fato de sua mãe e meu pai estarem juntos não implica que somos irmãs. E quem manda aqui sou eu.

As palavras dela me fazem soltar uma gargalhada genuína. Olho em seus olhos, divertindo-me com a audácia da situação.

— Manda tanto assim que pediu para o papai sair? E, cá entre nós, não ficaria nada feliz em tê-la como irmã. Mas como vamos ter que dividir o mesmo teto, nos vemos por aí, maninha — digo, oferecendo-lhe um sorriso irônico antes de me afastar.

É o que sempre digo: o que tem de beleza, tem de loucura!

Minha Meia Irmã [ Sáfico ] [ Dark Romance ]Onde histórias criam vida. Descubra agora