As letras que escrevi a você. •Killugon•

Quando o verei novamente?

 
"Ou é certo, ou errado, nunca as duas opções."

02/01/** Tokyo/Kantō 14:20

  E lá estava ele, ainda com o pijama, não querendo sair da cama por absolutamente nada. A noite foi cansativa, depois que teve a conversa com seu "novo amigo" o barulho alto da música não o deixou em paz, e Killua se sentia da mesma forma. Ficaram conversando até tarde para fora do salão de festas, e então, depois disso, a única coisa recordada, foi que Gon pegou no sono quando chegou em sua casa.

  Ainda estava na cama, sua intenção era ficar o dia inteiro enterrado em meio ao cobertor, e dormir. Mas, quando percebeu, seus pensamentos foram tomados por um par de olhos azuis, e cabeleira branca. O esverdeado estava com seus pensamentos naquele momento, em que teve uma conversa gentil com Killua Zoldyck.
  Seu coração palpitar um pouco mais rápido do que o normal, e logo, seu rosto avermelhou, ao seu lembrar do sorriso encantador do outro. Derrepente, a porta foi aberta, revelando um certo loiro que gritou:
-Boa tarde!
Gon saiu de seus pensamentos, e olhou para a porta, vendo o irmão a fechar:
-Já é tarde?
-Você dormiu o dia inteiro! Levanta.
-Não quero.
Respondeu com a voz manhosa, e se virou para dormir novamente, no caso, pensar em qualquer coisa para cair no sono. E aquela "qualquer coisa" seria: Killua.:
-Sabe o que eu percebi -Falou Kurapika começando a irritar seu irmão -, que você e o Killua estavam bem próximos!
-Digo o mesmo de você e o Leorio.
Respondeu rapidamente, e dessa vez, foi o Koruta que ficou vermelho.

  Depois de um tempo, ele saiu do quarto:
-Não digo nada.
Gon suspirou, e quando ouviu a porta fechar, se levantou. Ele encarava o celular, por que estava com o pensamento em algo que para ele não era importante? O Freecss remecheu a cabeça e olhou para o lado:
-Será... Que ele está lá?
Se perguntou, e então deu de ombros voltando a deitar. Gon não queria saber daquele albino, ao menos, era o que ele achava.

...

- Killua! Eu vou sair, não me espere para o café!
Gritou a morena, mesmo sabendo que seu irmão não ouvira, fez questão de dizer.
  Zoldyck estava no quarto, surpreendentemente, escrevendo sobre o ocorrido da noite passada. Estava querendo recordar, Gon tinha se tornado uma pessoa meiga e maravilhosa aos olhos azuis safiras. Era belo, e se despertou tão lindamente aos olhos curiosos de Killua, que seus pensamentos estavam naquilo.
 
  Já haviam se passado duas horas, e ele acabará de escrever, agora, encarando o violão amarronzado na parede.:
-Seria certo... -Repensou- Eu tocar novamente?
Se perguntou, por mais que estivesse perdido, se sentiu culpado por estar quebrando uma promessa feita para não se machucar novamente. Suspirou, e colocou o violão em uma capa escura, escolheu uma roupa rápida, e foi tomar um banho.
  Quando saiu do cômodo, vestiu a roupa escolhida; Uma regata preta, moletom azul, e uma calça cargo, com tênis branco. Colocou a alça da capa nas costas, pegou sua carteira, chave, e celular, logo após, saindo de casa.

  Andava calmamente, ansioso por algum motivo, e seu corpo palpitava mais forte quando estava proximo de determinado local. Aquele campo, era onde almejava encontrar os olhos caramelos.
  Nem mesmo Killua sabia o motivo daquilo, ele só seguia o ritmo em que estava na sua cabeça. Cifras e canções, vinham inesperadamente, todas que continham um pedaço daquele momento de ontem. Aquele momento especial.
  Quando chegou ao local, foi como a realidade; Ele não encontrou as jóias preciosas que se hipnotizou. Foi totalmente diferente do que queria que fosse.
Mas, essa foi a realidade.

  Ele queria encontrar alguém que poderia estar em qualquer lugar. Achar esse alguém, que uma vez, o compreendeu. Killua, por algum motivo, não queria perder aquele garoto, por mais que já tivesse perdido milhares de pessoas; ele, Gon Freecss, não seria esquecido pelo guitarrista que voltará com a melodia da vida, apenas para descobrir mais sobre aqueles olhos caramelos tão lindos que um dia Killua se perdeu e continuou admirando-os de longe. Poderia ser, igual a um conto, onde os dois surpreendentemente se encontram no mesmo lugar. Mas a diferença, é que isso só acontece em ficção, e onde ele estava, era a realidade dolorosa e sem noção.
Até quando seu coração vai palpitar ansioso por aquele moreno?

02/05/24