|CAPÍTULO VII - Virou o homem aranha?|

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    Quase tendo uma parada cardíaca quando os policiais entraram em sua residência e conduziram-se por todo seu cômodo de forma mal educada, Elizabeth sentou-se no sofá apreensiva, passando os dedos por entre os fios de seus cabelos, notando-os sa...

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    Quase tendo uma parada cardíaca quando os policiais entraram em sua residência e conduziram-se por todo seu cômodo de forma mal educada, Elizabeth sentou-se no sofá apreensiva, passando os dedos por entre os fios de seus cabelos, notando-os sair de seu quarto correu seus olhos para o quarto de seu irmão, no qual estava hospedado o sul-coreano. Sentindo seu coração sendo esmagado, como se uma mão o pegasse e o apertasse excruciantemente devagar ao ponto de lhe deixar numa aflição terrível, o ar começou lhe faltar quando a maçaneta fora girada, o suor desceu sobre sua testa gélida quando a porta fora empurrado e para seu alívio e abrupto pulo do sofá que deixou os policiais intrigados, o quarto estava vazio, sem a presença do recente dono.

Não obstante, ao mesmo tempo do alívio que percorreu todo seu corpo, o questionamento logo martelou ruidosamente: “Onde ele estava?”.

Franzindo o cenho diante desta presente situação, em passos lentos põe-se a sentar-se novamente no sofá aconchegante, atraindo a atenção dos policiais que foram lhe sondar.

— Senhorita, Elizabeth.

Elevando os olhos vazios em sua direção, esperou que continuasse.

— Quem mora com você?

— Moro sozinha, meu irmão e minha amiga que estão passando tempo comigo.

Buscando manter-se firme, sem permitir titubear, os guardas notaram a sinceridade de suas palavras, porém, algo dizia que ela ainda estava mentindo. Nisto, quando se retiraram decidiram manter rondas nessa área da cidade por alguns dias, como também visitas inesperadas à sua casa.

— Faça a gentileza de preencher este formulário – entregou em sua mão uma prancheta onde residia o formulário, sem demora o concluiu e os despediu de sua casa, logo trancando a porta atrás de si e correndo para conferir o quarto de seu irmão.

E realmente, não havia sinais nem de suas roupas. Lágrimas embaçaram seus olhos, Liz não entendia o porquê, como ele ousava ir embora sem ao menos lhe consultar? Oras, ela teve a humildade de hospedá-lo em sua casa. Estava chateada por não ter tomado as medidas requeridas depois do k-drama Vincenzo.

Achando ser culpada pela fuga do moreno, Elizabeth limpou o ousado líquido salgado que descera em sua face e girou nos calcanhares, dando de cara com o rapaz.

Seus olhos arregalaram ao extremo, não era possível, ele havia virado o homem aranha? Questionava-se fitando-o.

Percebendo que a moça estava desesperada em sua procura, sentiu-se tomado por uma felicidade estranha que o impulsionou aproximar rapidamente e ficar o mais próximo que podia apreciando seus olhos redondinho brilhando devido às lágrimas por ele causado. Inclinando seu rosto na altura do da moça, olhando-a com intensidade capaz de mudar o clima. Induziu suas mãos ao seu delicado rosto e antes que a tomasse outro ósculo, proferiu: — Como teve o atrevimento de pensar que eu sumiria assim?

Ainda que fosse em coreano, sabia que havia sido sério pela entonação profundamente carregada de firmeza que voou como vento em seus ouvidos.

Envolvendo seu pescoço com os braços ao ter o toque de sua mão trazendo-a para perto, permitiu realizar sua vontade. Mesmo que não estendessem muito o que um fala para o outro, compreendiam por certas atitudes tomadas por ambos, estando está incluso.

Desde a noite anterior, o cantor de k-pop não conseguira tirar de sua cabeça o acontecimento e como tão facilmente havia deixado-se levar.

Era um fato e este fato estava visíveis em seus atos, mas não queria ceder tão facilmente aquele beijo, sabia que volta não haveria. Quando trancou-se no quarto, enquanto sentado na cama recostado na parede, fora inevitável não imaginar sentir novamente seus lábios a cada colherada do sorvete. Gguk queria desaparecer com aquelas lembranças que ardiam em seu peito, resistindo aos seus impulsos de retornar ao encontro da moça.

Acabando por ter permitido o sono lhe tomar, acordou com os pássaros cantando do lado de fora, sem relógio para saber o horário, sendo que logo ouvira passos e murmúrios sorrateiro de vozes feminina e masculino numa mistura sem encaixe. Percebendo ser Júlia – escandalosa – e o marmanjo irmão de Elizabeth, que neste momento voltou tomar seus pensamentos, balançando a cabeça em negação colocou os pés sobre o chão e os retirou rapidamente por estarem gelados, – fazendo careta – fitando o piso em busca de seu chinelo – de Tomas, na verdade – os encontrou ao recordar-se que correram para debaixo da cama.

Calçando-os, espreguiçou-se sentindo seus ossos estralarem, entendendo que precisava voltar aos ensaios e exercícios matinais, mas sua rotina estava uma bagunça. O gás das atividades só vinham nos horários por ele postou na Coreia que era completamente diferente do Brasil, quem em sã consciência iria treinar às 3 horas da madrugada? Não JK, este jamais trocava suas sonecas.

Quando por fim iria sair do quarto, ouviu vozes e entre-abriu à porta, sentindo sua visão rodar ao contemplar os policiais brasileiros na entrada, com calma fechou a mesma e buscou por uma alternativa andando dum lado a outro, sua mente estava completo desespero.

“Imagina se eles tivessem trazido cachorros treinados para me encontrar?”

O dia em que seria descobertos.

A desistência bateu forte contra o peito, contudo, logo avisou a janela do quarto de Tomas, não sabia onde iria dar, mas era sua única chance de salvação, visto que os passos dos guardas estavam sendo conduzidos ao quarto em que estava acomodado.

Usando de suas hábies pernas e mãos, se apoiou e antes que pudesse tocar o chão arenoso, sua bunda tocou primeiro ao ponto de colocar sua mão sobre a boca para não gritar.

Mancando – novamente –, lamentando-se pela sua falta de sorte, põe-se a examinar seu provisório dormitório, avistando os guardas na porta sendo despedido por Liz. Essa era sua oportunidade, lançou-se perspicazmente de forma segura que alcançou o piso com os pés, que por milagre não fizeram barulho. Passando de fininho para cozinha, bebeu rapidamente um copo d'água com as mãos assustadoramente trêmulas, dando o tempo suficiente para que Elizabeth ficasse preocupada.

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