27

73 9 45
                                    

... poucos meses depois....

Enquanto o sol da tarde banhava a vila com sua luz dourada, Kakashi, o alfa robusto, estava do lado de fora da casa de madeira, cortando lenha para abastecer o fogão durante a semana, pois se depender de si Iruka nunca precisará usar o machado, ainda mais agora que carrega um bebê em seu ventre, sabe que o outro também é um homem e que seria capaz, se fosse preciso, mas era uma questão de zelo por seu ômega, não de descrença.

Estava sem camisa, seus músculos esculpidos brilhavam sob os raios do sol, gotas de suor escorriam por sua pele branca enquanto ele trabalhava com determinação e vigor. O som ritmado do machado batendo na madeira ecoava pela área, acompanhado de seus rosnados de esforço preenchendo o ar com uma sensação de força e vitalidade. A madeira já cortada era empilhada no carrinho e levada ao pequeno armazenamento de lenha, Kakashi já estava ali a algum tempo, mas ainda havia um montante a ser cortado.

Iruka, o ômega doce e sensível, observava a cena pela janela da cozinha, seu coração batendo um pouco mais rápido ao ver a exibição da força e virilidade de Kakashi. Seus pensamentos vagavam para lugares mais íntimos e calorosos e ele se encontrou imaginando coisas que fariam até mesmo suas bochechas corarem de vergonha. O cheiro doce e vulgar que emanava de sua pele não passou despercebido por Kakashi, que, apesar de concentrado em sua tarefa, percebeu a mudança sutil no ar ao seu redor.

Interrompendo seu trabalho por um momento, Kakashi ergueu a cabeça, captando o aroma sedutor que vazava pela janela aberta e flutuava pelo ar. Seus sentidos aguçados de um lúpus captaram imediatamente o cheiro do ômega, despertando uma resposta instintiva em seu corpo. Ele franziu o cenho levemente, surpreso pela intensidade do cheiro e pela sensação que provocava em si, sentiu uma fisgada em seu baixo ventre e seus sentidos ficarem mais aguçados.

Olhou para a janela, onde Iruka estava e cruzou seu olhar como dele, mas o ômega corado apenas abaixou a cabeça, quebrando o contato visual. Fazia um bom tempo que não faziam amor, quase dois meses na verdade, por conta da gravidez o ômega estava sexualmente indisposto, ele disse que eram os hormônios, mas aparentemente esses hormônios acabaram de mudar.

Enquanto isso, Iruka, consciente da tensão que se formava entre eles, decidiu intervir antes que a situação se tornasse ainda mais vergonhosa. Com um suspiro suave, ele se afastou da janela e se dirigiu à porta de trás, decidido a quebrar a tensão de forma discreta foi colher algumas frutas nas árvores que beiram o rio. Ele caminhou entre as fileiras de árvores frutíferas, colhendo acerolas suculentas e amoras doces.

O ar estava impregnado com o aroma fresco e adocicado das frutas, misturado aos seus próprios feromônios e o som dos pássaros cantando nos galhos das árvores preenchia o ar ao seu redor. De repente seus pensamentos criaram uma cena selvagem envolvendo Kakashi e ele sentiu seu corpo se aquecer por inteiro, mas apenas balançou a cabeça limpando seus pensamentos.

Quando tinha o suficiente, Iruka retornou à casa, carregando uma pequena cestas cheia de frutas frescas e vibrantes, rapidamente começou a preparar as frutas para fazer um delicioso suco para seu marido, estava calor e ele estava suando bastante, merecia algo gostoso para se refrescar. Enquanto preparava o suco era agraciado pela imagem de seu enorme alfa lá fora, com isso seu corpo começou a dar sinais bem claros de que o desejava muito.

Falando em alfa, este olhava para seu ômega com o mesmo olhar de antes, parecia que conseguia ler a mente de Iruka e saber de todas as safadezas que pensava a seu respeito, na verdade não conseguia ler, mas conseguia sentir pelo vínculo que tinham.

Iruka encontrou Kakashi no quintal, enquanto ele empilhava os pedaços de lenha que havia cortado. Ele sorriu gentilmente para seu alfa, sua presença irradiando a luxúria em sua mente, estendeu a mão para tocar seu braço musculoso.

𝕾𝖚𝖗𝖙𝖔 𝖉𝖊 𝖆𝖒𝖔𝖗 - 𝕶𝖆𝖐𝖆𝖎𝖗𝖚Onde histórias criam vida. Descubra agora