CAP 1 - letter

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CONTINUAÇÃO

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CONTINUAÇÃO.

— Pai? — bati a porta de seu escritório, sorrindo e entrando em seguida, meu pai tirou os óculos e soltou os papéis, me olhando com um sorriso doce.

— Sim querida? — ele murmurou — precisa de alguma coisa?

— Eu gostaria de...falar com você, Tem um tempinho? — fecho a porta e entro, ele apenas assente e aponta para a cadeira a sua frente, me sento e o encaro em silêncio.

— E então? — ele cruza os braços e ajeita a postura, me encarando enquanto estreita os olhos

—pai temos um problema...lembra que me avisou a algumas semanas sobre conseguir um bom par para o jantar e o casamento? — sussurro e desvio o olhar

—sim.. você tinha dito que já tinha alguém em mente. — ele me observa com desconfiança.

puta merda..eu havia me esquecido completamente disso..

— eu...é..sim eu..eu tenho! — coço a nuca — é só que, talvez você não vá gostar de quem seja, e talvez eu tenha que mudar de par — invento a primeira desculpa que me vem a mente,eu sabia exatamente o nome de quem dizer para ele negar.

— E quem seria esse rapaz que eu não aprovaria? — ele entrelaça as mãos sobre a mesa,atento a minha resposta,o que me fez estremecer

— karmavik... Dominic karmavik.— digo com uma falsa confiança..o nome do filho do maior inimigo do meu pai, seria impossível ele aceitar e então eu teria a desculpa perfeita para escolher uma pessoa encima da hora. — eu achei que seria legal convidar ele e sua família, estabelecer conexões. Mas eu entendo completamente que o senhor não.. — mas ele me interrompe com um sorriso sinistramente..acolhedor?!

— que ótima ideia! — ele diz, meu coração trava no mesmo instante e o encaro, completamente sem chão, como assim ótima idéia?! — eu estava mesmo pensando em melhorar as relações entre a frança e a Itália,sem contar que ele tem filiação russa,seria um ótimo investimento, trazê-lo.. não sei como conseguiu convencer aquele homem filha, mas estou muito orgulhoso. —ele elogia com um sorriso doce, e eu forço outro em resposta.

Eu estava definitivamente fodida..tinha menos de 19 horas para convencer aquele homem..a vir a casa de um dos seus maiores inimigos,ao lado da mulher que ele mais odeia...

Perfeito. Agora...como eu convenceria ele a vir?

Minha mente me impede de pensar em algo imediatamente, meu corpo implorando pela minha cama, pelo meu sono..porra eu estou fodida pra valer

  Mas como a vida não é só uma brincadeira boba eu obviamente precisaria dar um jeito nisso e nos demais problemas em que me meti..eu teria que mentir para o meu próprio pai pela segunda vez...
Imediatamente corri até meu quarto, quase desesperada e joguei papéis sobre a escrivaninha, se havia algo em que eu era boa...era manipular.

Me sentei na escrivaninha e encarei os papéis em branco sem a mínima ideia de como começar... até que uma ideia surgiu,o que melhor que convencer um homem se não usando uma mulher?

E então a caneta deslizou pelas folhas, eu escrevia como uma fera, minhas mãos doíam a cada palavra mais, mas eu precisava ser convincente e deixar claro as razões para isso. Contei na carta sobre o baile e sobre a enrascada em que me meti, eu precisava daquilo, ou eu estaria ferrada.

E se eu não levasse ninguém ao casamento meu pai pensaria que sou uma irresponsável— e ele estaria certo, diga-se de passagem — e não me passaria o comando..
Comecei a escrever cada vez mais, quando suspirei e terminei...haviam duas...duas páginas, duas porras de folhas escritas.

— nem fodendo,ele não vai ler isso — luto comigo mesma, me recusando a enviar a carta..apesar de que a necessidade era extremamente grande.

O desespero me vence quando me levanto da cadeira e observo o envelope acima da mesa, onde eu rapidamente enfio as folhas... Ou ele daria um jeito de me ouvir e ajudar, ou eu o obrigaria a isso.

No entanto, como eu o faria vir da França até aqui em menos de 18 horas?!

Impossível

Foi o que pensei ao entregar a carta ao meu Consulente para que ele conseguisse encaminhar as folhas com segurança... Eu só não esperava que enquanto organizava meu vestido em menos de duas horas, um bilhete chegassem ate mim pelas mãos do mesmo consulente.

As batidas na porta ecoaram pelo interior arejado do escritório,os tons muito bem combinados, escuros e amarelados, a estante de livros ao lado da porta davam aquele charme chamativo ao local.

— sim? — minha voz saiu confusa,eu não esperava visita alguma,estava organizando algumas outras coisas distraidamente

— senhorita Kavik, perdão interrompe-la mas sua carta foi respondida. — o consulente murmurou, imediatamente meu corpo travou e eu encarei a porta perplexa

Como? Ele nem... Mas isso... Meu deus!

E então eu soltei o vestido empacotado e recém recebido Encima da mesinha e disparei em desespero até a porta, abrindo-a ofegante e quase arrancando o envelope de suas mãos.

— valeu jeff! — gritei antes de fechar a porta, deixando-o parado ali como se não entendesse nada do que estava havendo e corri até minha mesa

Caralho, e se ele tiver negado? Pior..aceitado?!

Encaro o envelope com uma caligrafia bela e suspiro e fecho os olhos. Deslizando o selo para fora do papel meus olhos se fixaram, tentando sentir algum volume de carta,mas... Não havia nada ali, absolutamente nada.

Só pode estar de brincadeira!

  Rasguei as dobraduras do pequeno envelope e o abri,e surpreendentemente haviam pequenas letras escritas no próprio envelope, uma caligrafia elegante, despejando sarcasmo assim que li

Maldito, vai esperar dormindo com uma arma no pescoço então!

Grunhi ao lê-las.

  

" Um jantar? Se me queria tanto assim era só ligar bebe"

Foram as únicas malditas palavras, como assim?! Isso era um sim, um não ou um " nunca mais fale comigo estrupicio"???

DROGA,EU COM CERTEZA ODEIO ESSE FILHO DA PUTA.

† DESTRUINDO-SE † - KAVIK¹Onde histórias criam vida. Descubra agora